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Games que parecem filmes – Quando é você que escolhe o próximo passo da história

Você já brigou mentalmente com algum personagem de um filme por ele ter feito uma decisão ruim? Já ficou indignado com o final, pensando em várias alternativas melhores? Se você pudesse assistir a um filme novamente e mudar vários pequenos detalhes, consequentemente alterando o resultado da história, você o faria? Com o desenvolvimento de novas …

Games que parecem filmes – Quando é você que escolhe o próximo passo da história Leia mais »

Você já brigou mentalmente com algum personagem de um filme por ele ter feito uma decisão ruim? Já ficou indignado com o final, pensando em várias alternativas melhores? Se você pudesse assistir a um filme novamente e mudar vários pequenos detalhes, consequentemente alterando o resultado da história, você o faria?

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, os gráficos de videogames evoluíram um bocado nas últimas décadas, embelezando a experiência dos jogadores e se aproximando cada vez mais da vida real. Dentre essas novas técnicas, uma que se popularizou entre os produtores é a captura de movimentos e expressões de atores reais com a finalidade de transmitir verossimilhança às ações e emoções dos personagens. O sucesso obtido foi tão grande que acabou trazendo o reconhecimento de uma tendência inovadora ao universo dos videogames.

Os games por vezes chamados de “filmes interativos” (não confundir com o Cinema Interativo!) são jogos em que a importância da história é tão grande quanto a do gameplay, trazendo ao jogador mais do que a adrenalina do jogo de terror ou ao espectador mais do que o suspense do filme policial. A fusão bem-equilibrada de um enredo envolvente com o domínio de controle sobre os personagens já rendeu excelentes títulos na área.

Em The Last of Us, o jogador encarna Joel, um homem que já vive há 20 anos em um mundo dominado por zumbis e endureceu diante de várias perdas. Ele então conhece Ellie, uma jovem que parece ser a esperança da humanidade e também dos sentimentos de Joel. O jogo conta com cenários dignos das telonas e uma forte entonação na sensibilidade dos temas tratados, e ganhou inúmeros prêmios e indicações nos anos de 2013 e 2014, dentre os quais o de Jogo do Ano, Melhor Enredo e Estúdio do Ano.

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Joel e Ellie percorrem uma de várias cidades abandonadas já há 20 anos. Fonte: Reprodução.

O uso de atores famosos e aclamados também virou fator de atração, aos moldes do que acontece no lançamento dos próprios filmes. No jogo Beyond: Two Souls, por exemplo, estrelam Ellen Page e Willem Dafoe, que empregam todo o seu talento na tarefa de dar vida aos personagens Jodie Holmes e Nathan Dawkings.

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Os atores Ellen Page (esquerda) e Willem Dafoe (direita) no set de Beyond: Two Souls com os dispositivos de captura de movimentos. Fonte: Divulgação.

Outro aspecto contribuinte para o êxito dos games que parecem filmes é o final, ou melhor, os finais, de cada um. Em Heavy Rain, as escolhas que o jogador faz no decorrer da história podem levar a mais de 20 conclusões diferentes, algumas mais sombrias que outras. Por conta disso, jogar novamente o mesmo jogo não se tornará cansativo, pois é muito difícil que quem joga repita as mesmas ações e passe pelo mesmo desenvolvimento da trama. Ponto positivo para o game, que dificilmente ficará encostado na estante como um DVD ou mesmo um outro jogo qualquer.

Por enquanto citamos aqui apenas jogos com gráficos extremamente avançados, feitos para imitar pessoas e cenários reais, mas isso não quer dizer que o pré-requisito para o game ser comparável a um filme seja um visual realista de tirar o fôlego. Pelo contrário, existem outros estilos gráficos, cada um com um charme próprio pensado para combinar com a história contada neles. A franquia The Walking Dead, que já faz sucesso em duas mídias diferentes, possui um título de videogame que segue o formato dos quadrinhos, embora a história seja diferente e suscetível a mudanças de rumo feitas pelo jogador.

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Clementine, protagonista do jogo The Walking Dead, tentando escapar de um zumbi. Fonte: Reprodução.

O mesmo estilo é visto em The Wolf Among Us, porém, enquanto The Walking Dead categoriza-se como um jogo dramático de sobrevivência, este é um policial fantasioso, baseado em contos de fadas. A diferença entre os dois é um ótimo exemplo do quanto esses jogos podem ganhar um alcance maior do que o público alvo dos videogames em geral com seus gêneros diversificados e, principalmente, sua adaptabilidade a pessoas com as personalidades mais diferentes.

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O cenário de The Wolf Among Us, renderizado de forma a parecer uma página de quadrinhos, é repleto de pistas para o jogador, na pele de Bigby Wolf, solucionar o caso policial. Fonte: Reprodução.

E se você é fã de filmes de terror, mas às vezes acha as escolhas dos personagens estúpidas ou óbvias demais, está com sorte! O último grande lançamento na área é o jogo Until Dawn, disponível para compra desde o dia 25 de agosto desse ano. Nele, o jogador tem a chance de viver um thriller com direito à toda a emoção de um filme, inclusive a necessidade de fazer decisões. Portanto, pense bem nas suas escolhas – ao invés de evitar, você pode acabar causando a morte de alguém…

Por Laís Ribeiro

la.ribeiro97@gmail.com

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