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Halsey (e Lauren) emocionam o público paulista

Foto: Paola Papini Foi na saída do metrô Palmeiras/Barra-Funda que a mobilização para o show da Halsey, que aconteceu no dia 6 de junho de 2018 no Espaço das Américas, começou. Os vendedores típicos da portaria desse tipo de evento já podiam ser vistos assim que se passava a catraca. Dentre os produtos ofertados, as bandeiras …

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Foto: Paola Papini

Foi na saída do metrô Palmeiras/Barra-Funda que a mobilização para o show da Halsey, que aconteceu no dia 6 de junho de 2018 no Espaço das Américas, começou. Os vendedores típicos da portaria desse tipo de evento já podiam ser vistos assim que se passava a catraca. Dentre os produtos ofertados, as bandeiras coloridas que representam o grupo LGBT+ eram os mais presentes e chamativos. Porém, broches e camisetas também estavam à venda.

Na fila, que se estendia por grande parte do quarteirão, o público, em sua maioria, feminino, esperava a abertura do portão. Às 19 horas  em ponto, a entrada das fãs começou e, considerando a grande quantidade de pessoas presentes, foi bem rápida. Dentro do espaço, o público se dividia entre os que se dedicavam a ocupar seus lugares e os que se encontravam na fila do guichê ou bar.

Outra questão que dividia os ali presentes era sua intenção primordial. O show principal era parte da Hopeless Foutain Kingtom Tour, da artista americana Halsey. Porém, a cantora que performaria a abertura, Lauren Jauregui, ex-participante da girlband Fifth Harmony, também atraiu muitos fãs, inclusive com a promessa de cantar músicas inéditas. Laura e Greize são um exemplo dessas. As duas foram unicamente por causa da artista de abertura, conhecendo pouco da artista principal. Para elas, o show da Lauren foi “maravilhoso”. Elas ressaltaram a confiança e presença de palco da artista, naquela que seria sua primeira performance solo.

Lauren Jauregui começou sua participação alguns minutos antes do previsto, cerca de 20h30. A artista cantou 8 músicas, entre elas, Imagine, dos Beatles, e Expectations, uma música própria e que foi performada pela primeira vez naquela apresentação. A performer foi muito simpática com os fãs e admitiu estar um pouco nervosa. Além disso, disse ter ficado emocionada quando os presentes, ao final da música inédita, começaram a acompanhar e cantar, junto com ela, partes da letra.

Com o fim do show de abertura, aproximadamente 21 horas, a espera pela Halsey se tornou ainda mais intensa. Assim como existiam fãs que somente haviam ido ao evento por conta da primeira apresentação, existiam também aqueles que apenas conheciam a cantora principal. Este é o caso de Beatriz Toledo, que viajou de Recife até São Paulo para o evento, levando também sua irmã. Para Beatriz, a música mais esperada era Is There Somewhere, canção que é parte de um EP lançado pela artista antes mesmo de seu primeiro álbum.

Outras fãs que vieram de longe apenas para fazer parte daquele momento são Júlia, Ana Catarina e Ana Beatriz. Elas vieram de Tocantins, na ocasião especial de comemorar o aniversário de uma delas. Júlia ressaltou que as músicas que mais esperava eram Strangers e Drive.

Nikolas, que veio de Jundiaí, interior de São Paulo, também estava esperando muito daquele show. Ele, que foi no show da Halsey no Lollapalooza, disse que gostaria de retornar porque saberia que o show valeria a pena. As músicas mais esperadas pelo fã eram Alone e Bad at Love, as duas do álbum novo da cantora.

Assim como a Lauren, a Halsey também começou sua apresentação antes do esperado. Vestido uma calça transparente e um cropped, os dois brancos e brilhosos, a cantora iniciou com a música Eyes Closed. Em determinado momento, ela relembrou sua vinda ao Brasil no Lolla de 2015, afirmando que foi uma experiência memorável e única. Depois, perguntou se alguém ali havia estado presente naquela apresentação. Foram muitos os fãs que gritaram e levantaram suas mãos. A plateia estava imersa.

Foto: Paola Papini

Uma parte interessante do show foi a introdução da música Closer. Halsey, sentada no meio do palco, cantou uma versão lenta de sua parceria com The Chainsmokers. Além disso, a cantora afirmou que aquela foi sua primeira música que estourou no rádio. De maneira brincalhona, a artista confessou que, depois de um tempo, nem mesmo ela aguentava mais aquela canção. Os fãs riram.

Outro quesito que vale a pena ser ressaltado foi a diversidade das músicas presentes. Mesmo a turnê sendo nomeada a partir do segundo álbum da cantora, seu primeiro disco, Badlands, não foi injustiçado. Além disso, até mesmo o EP produzido pela artista, antes de seu sucesso, teve lugar garantido.

No que diz respeito a aspectos cenográficos e de coreografia, porém, o show foi pobre. O cenário era quase inexistente, sendo composto por apenas uma grande e larga escada no meio do palco. A cantora esteve, quase sempre, sozinha, sendo acompanhada apenas por uma dançarina em algumas canções. Na música Strangers, parceria de Halsey e Lauren, a cantora de abertura voltou ao palco. Este foi um dos momentos mais emocionantes do evento.  

O final da performance também foi empolgante. A última música, Hurricane, foi, de acordo com a cantora, para lembrar aos presentes que eles não pertenciam a ninguém. A canção, que conta com versos como “I’m wanderess, I’m a one night stand, don’t belong to no city, don’t belong to no man”, fechou o espetáculo com chave de ouro. Os efeitos especiais, como a fumaça vermelha e confetes coloridos, também contribuíram, colorindo o chão e o público com cores tão vibrantes quanto as das muitas bandeiras presentes.

Giovana, em entrevista após o final do show, disse que o evento havia superado todas as suas expectativas. Ela estava ansiosa pelas músicas Colors e Now Or Never, do primeiro e segundo álbum respectivamente. Além disso, ela afirmou gostar do lugar onde os shows aconteceram, o Espaço das Américas, pelo fato de ser um ambiente pequeno e sem muita ‘muvuca’.

Entretanto, não foram poucos os fãs que reclamaram do local. Em especial aqueles que ficaram no mezanino. Entre os entrevistados desta categoria, a maioria citou as pilastras como um dos motivos pelos quais não estavam satisfeitos com o ambiente. Para Rafael, por exemplo, a pista parecia ter melhor visibilidade do que aquele local. Outras fãs entrevistadas também reclamaram do lugar. Katarina, que já conhecia o Espaço das Américas e gostava bastante, disse que não gostou do mezanino justamente por causa das colunas, que atrapalhavam e reduziam a vista.

Entretanto, mesmo com algumas falhas técnicas, os dois shows foram eletrizantes. Lauren Jauregui estreou sua carreira solo já rodeada de elogios, com uma voz potente e que preenchia todo aquele local. Já Halsey, cantora experiente em sua prática, conquistou com a simpatia e diálogo com os fãs, além de belíssimas músicas e, certamente, voz. O evento foi uma experiência incrível, como também disseram muitas fãs entrevistadas.

 

Por Laura Scofield
lauradscofield@yahoo.com.br

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