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John Wick 3 – Parabellum confirma o inevitável: a saga é a melhor trilogia de ação da década

Por Anderson M. Lima anderson.marques.lima@usp.br “Se vis pacem, parabellum”, ou traduzindo, “se você quer paz, prepare-se para a guerra”. E não por acaso, o que vemos em John Wick 3: Parabellum (John Wick: Chapter 3 – Parabellum, 2019), é exatamente a preparação para a maior batalha que o protagonista John Wick (Keanu Reeves) já enfrentou, …

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Por Anderson M. Lima
anderson.marques.lima@usp.br

Se vis pacem, parabellum”, ou traduzindo, “se você quer paz, prepare-se para a guerra”. E não por acaso, o que vemos em John Wick 3: Parabellum (John Wick: Chapter 3 – Parabellum, 2019), é exatamente a preparação para a maior batalha que o protagonista John Wick (Keanu Reeves) já enfrentou, pois, além de seus inimigos, ele deve enfrentar a si mesmo e suas convicções.

O filme começa exatamente na parte em que o segundo longa é finalizado: John correndo sem destino certo, e sua vida valendo uma recompensa de US$ 14 milhões. Olhando essa premissa, é possível prever que todo tipo de assassino estará à procura de Wick, e é exatamente isso o que ocorre.

Não há tempo para respirar; se em outros filmes geralmente temos um início mais determinado à construção de personagens e da narrativa, no caso de Parabellum, o clímax já ocorre em sua abertura, e temos sequências de ação inspiradíssimas. Seja pelo seguimento no antiquário, onde ocorre uma batalha de facas e outros instrumentos antigos, seja pela sequência envolvendo motocicletas e um Wick cavalgando um cavalo pelas ruas de Nova York, as lutas têm tanta classe e estilo envolvidos, que mais parecem uma dança.

Além disso, é interessante notar como qualquer item vira uma arma nas mãos habilidosas do protagonista; se os espectadores gostaram da sequência envolvendo canetas nos filmes anteriores, prepare-se, pois até mesmo um mero livro pode virar uma arma letal quando estamos falando de um assassino com a estirpe de John Wick.

Quem assiste consegue sentir o impacto de cada golpe aplicado, e o som ajuda nesse quesito, pois ele pode parar de repente e retornar só quando o próximo ataque for feito. Isso acontece de forma exemplar nas lutas envolvendo chuva, já que o barulho (ou sua ausência) do aguaceiro se junta ao som habitual de cada pancada aplicada pelos personagens.

É perceptível a dedicação empregada pelos atores, especialmente nas partes envolvendo confrontos, o que reforça a credibilidade do que estamos vendo. A cena em Marrocos, quando Wick e Sofia (Halle Berry) precisam escapar de um ambiente hostil mostra esse realismo envolvendo as lutas, e olha que temos cachorros envolvidos. Em entrevista ao Extra, Halle Berry conta como foi o treinamento para chegar a esse realismo: “Eu quebrei três costelas enquanto treinava para John Wick. É como um distintivo de honra para mim, nós não sabemos como aconteceu… trabalhei um pouco com elas naquele estado, até não aguentar mais. Foram horas e horas, e com uma grande variedade. Tivemos treinos com armas, cachorros. Além, é claro, de ter que seguir uma nova dieta e pegar pesado na academia.”

O longa também amplia a mitologia envolvendo a origem da Alta Cúpula, e principalmente a origem de Wick. A saga alcança um contexto global, seja pelas cenas nos Estados Unidos, Marrocos ou pelo envolvimento de personagens oriundos do Leste Europeu. Entretanto, o roteiro não passa disso, sendo bem simples e prático, lembrando clássicos de ação como Duro de Matar (Die Hard, 1988), Rambo: Programado para Matar (Rambo: First Blood, 1982) ou Máquina Mortífera (Lethal Weapon, 1987).

A fixação que a saga John Wick tem por cachorros só aumenta nesse novo longa, e com isso, temos ótimas sequências entre humanos e cães [Imagem: Copyright 2019 Concorde Filmverleih GmbH]

Há toda uma questão envolvendo consequências e regras, algo que Wick tem que encarar cada vez mais, já que seus atos repercutem desde o primeiro filme da saga. Se formos analisar, ocorre um lapso de tempo de aproximadamente duas semanas entre a primeira parte e essa terceira, mostrando que Wick não tem oportunidades para se recuperar ou mesmo tentar consertar algo de errado que havia feito anteriormente.

John e a morte sempre foram próximos, mas dessa vez ele tem que escolher entre morrer ou continuar vivo, lembrando de quem ele ama através da morte. O contraste envolvendo os assassinos e suas filosofias de vida é algo demonstrado no decorrer do longa: alguns assassinos preferem matar aquilo que amam a cada dia, outros decidem morrer como “reis”, alguns assassinos no papel de pai ou mãe escolhem nem ver seus filhos, sendo essa a única forma deles sobreviverem.

Como já mencionado, o filme trata de consequências das escolhas feitas em vida, e no final o que diferencia cada um dos matadores é se você prefere seguir sua ideologia ou ser liderado por um grupo que você não concorda. O que John Wick prefere? Confira o longa e veja por você mesmo, no entanto, o que sabemos é que não sobrarão muitas pessoas para contar histórias.

Há um sentimento de que a saga poderia ter se encerrado como uma trilogia, mas isso vai na contramão do que o ator Keanu Reeves e o diretor Chad Stahelski pensam: “Eu gosto de fazer esses filmes porque não há limite. Criamos nossa própria mitologia e temos um estúdio que fica fora de nosso caminho e nos apoia nas decisões malucas”, revelou o diretor em entrevista ao Entertainment Weekly.

Não temos como saber qual caminho a saga vai tomar, mas já podemos prever que veremos um John Wick querendo vingança e pronto para derrotar qualquer oponente que aparecer na sua frente, afinal, o personagem precisa lembrar de quem ama fazendo o que sabe fazer de melhor: matar.

O longa tem estreia prevista para o dia 16 de maio no Brasil. Confira o trailer:

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