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Viva, Chape!

Por Diogo Magri e Marina Caporrino Ontem, o céu amanheceu cinza, de luto. Seja na Arena Condá, na Colômbia, em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Inglaterra, Itália, França ou Dinamarca. Não importa. Se você viu, logo cedo, a notícia de que o avião que levava o time da Chapecoense para disputar a final …

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Por Diogo Magri e Marina Caporrino

Ontem, o céu amanheceu cinza, de luto. Seja na Arena Condá, na Colômbia, em São Paulo, no Rio de Janeiro, na Inglaterra, Itália, França ou Dinamarca. Não importa. Se você viu, logo cedo, a notícia de que o avião que levava o time da Chapecoense para disputar a final da Copa Sul-Americana, em Medellín, havia caído, deixando 71 mortos de 77 passageiros, você saiu de casa triste.

Nós, particularmente, optamos por esperar mais de 24 horas após o acidente para escrever algo na esperança de que o choque e a tristeza pudessem passar. Não passaram. Acho que nunca passarão. A dimensão da tragédia de ontem foi histórica. Ficará marcada na vida do esporte, na vida do futebol e, especialmente, nas nossas vidas.

O contexto esportivo que a Chape vivia era um dos momentos mais incríveis do futebol brasileiro. Subiu da Série D para a C em 2009, da C para a B em 2012 e da B para a A em 2013, onde está até hoje, sem sequer ser ameaçada pelo rebaixamento. Há dois anos, os catarinenses eram candidatos ao descenso. Há um, evoluíram, mas ninguém imaginava-os tendo sucesso em qualquer competição nacional, quiçá internacional. Ontem, eles estavam indo conquistar o continente. Estavam indo jogar contra o melhor time da América do Sul. Estavam.

No voo, vários jogadores conhecidos. Cleber Santana, Ananias, Kempes, Bruno Rangel, Sergio Manoel, Thiego, Josimar. Vários jovens, promissores, sondados pelos maiores clubes do país. Thiaguinho, Dener, Caramelo, Arthur Maia, Matheus Biteco. E tinha Danilo. Goleiro, ele foi herói das classificações e ídolo da torcida enquanto defendeu o time. Informações desencontradas só confirmaram sua morte tardiamente, depois de todos, prolongando a esperança e a angústia de quem torcia por ele. Toda a comissão técnica – entre eles, Caio Júnior, o treinador – também se foi. Além deles, sete membros da diretoria. E 20 outros da imprensa; nunca tantos jornalistas morreram juntos. O narrador Deva Pascovicci, o repórter Victorino Chermont, o comentarista Paulo Júlio Clement. Ainda, o ex-craque e treinador, Mário Sérgio, que também era comentarista.

O Arquibancada e a Jornalismo Júnior se solidarizam com todos os parentes e amigos das vítimas do acidente. E deseja muita força aos sobreviventes.

O céu amanheceu cinza, mas anoiteceu verde. De vários lugares vieram (e virão) homenagens, apoios e ajudas ao clube. Virão da reunião dos clubes brasileiros, que querem emprestar atletas gratuitamente e proteger o time de Chapecó do rebaixamento nos próximos anos, no minuto de silêncio emocionante no jogo do Liverpool, no tributo que será feito em Barcelona x Real Madrid e nas cores do clube que pintaram estádios de futebol pelo mundo inteiro, da Arena do Grêmio até Wembley, em Londres.

Se o Futebol – essa entidade que predomina na vida de tantos – quiser, a Chape vai continuar. Vai viver. Ele há de querer.

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