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Life – Um Retrato de James Dean e da fotografia

por Mariana Rudzinski marianarudzinski71@gmail.com Em outubro de 1955, os Estúdios Warner lançavam, nos Estados Unidos, Juventude Transviada (Rebel Without a Cause), um mês após a morte prematura de seu protagonista, James Dean. O filme, que foi o segundo de sua carreira, o elevou ao status de ícone do cinema, mas, antes disso, Dean era apenas mais …

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por Mariana Rudzinski
marianarudzinski71@gmail.com

Em outubro de 1955, os Estúdios Warner lançavam, nos Estados Unidos, Juventude Transviada (Rebel Without a Cause), um mês após a morte prematura de seu protagonista, James Dean. O filme, que foi o segundo de sua carreira, o elevou ao status de ícone do cinema, mas, antes disso, Dean era apenas mais um em busca de bons trabalhos e reconhecimento. Seu primeiro longa, Vidas Amargas (East of Eden, 1955) estrearia em breve e era necessário muita divulgação e exposição na mídia para que fosse bem-sucedido e que resultasse em propostas de outros papéis para o ator, que, ainda não estava confortável com a ideia da fama. Nesta época, Dennis Stock, um fotógrafo freelancer que vendia alguns trabalhos para a revista Life, conheceu James Dean e resolveu apostar no jovem praticamente desconhecido para tema de seu próximo ensaio fotográfico.

É sobre esse período que trata Life – Um Retrato de James Dean (Life, 2016). Stock, interpretado por Robert Pattinson, acredita que as fotos de Dean seriam o que alavancaria sua carreira e mostraria quem ele era como artista. Jimmy (Dane DeHaan), no entanto, ainda que intrigado pelo interesse do fotógrafo, era avesso a compromissos de trabalho e estava pouco disposto a fazer as fotos, mas acaba aceitando. O filme mostra a relação por vezes conturbada entre os dois enquanto Dennis busca tirar as fotos perfeitas para a revista e James tenta lidar com a exposição da mídia, relacionamentos com sua família, amigos e interesses amorosos e dúvidas em relação a seu trabalho.

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Life, dirigido pelo também fotógrafo holandês Anton Corbjin, que já havia trabalhado com histórias reais anteriormente no filme Control (Control, 2007), biografia de Ian Curtis, vocalista da banda Joy Division, acerta ao dar enfoque aos bastidores da indústria cinematográfica da Hollywood dos anos 50 e na pressão sofrida pelos artistas por parte dos grandes estúdios. Outro ponto positivo do filme é a fotografia impecável, com tomadas tão harmônicas que poderiam muito bem ser imagens capturadas por um bom fotógrafo.

As atuações dos personagens principais também chamam a atenção. Dane DeHaan interpreta um Dean blasé, porém charmoso, sempre imerso em seu próprio universo, mas que por muitas vezes se assemelha mais a um jovem hipster do século XXI, com sua fala propositalmente lenta e gestos pretenciosamente despretenciosos. Pattinson, que alcançou fama internacional como o vampiro da saga Crepúsculo, parece tentar se afastar o máximo possível do personagem que o fez conhecido e entrega uma das melhores atuações de sua carreira como o tenso e ambicioso fotógrafo Dennis Stock e, de fato, rouba a cena e acaba se tornando mais protagonista que o próprio DeHaan.

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Contudo, são as fotografias, e não a biografia dos artistas, que estão no centro do longa. As imagens capturadas por Stock, que acabaram por imortalizar James Dean, são exibidas durante os créditos, e é muito interessante descobrir a história por trás das fotos icônicas e, através delas, mergulhar no cenário artístico da época, provando o caráter perene e a importância da fotografia na construção da história e das memórias, algo que é reforçado também por uma das falas de Dennis em uma conversa com Jimmy: “a fotografia é uma maneira de dizer: eu estive aqui, você esteve aqui”.

Life – Um Retrato de James Dean estreia nos cinemas dia 21 de julho. Confira o trailer:

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