Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Corgi: Top Dog – um filme que pode divertir, mas não ultrapassa essa barreira

Corgi: Top Dog (The Queen’s Corgi, 2019) conta a história de Rex (Jack Whitehall), um cachorro da raça Corgi que é o cão favorito de Elizabeth II (Julie Walters). Ele é apresentado já na primeira cena do filme, que mostra a sua chegada ao Palácio de Buckingham e como conquistou a rainha do Reino Unido, …

Corgi: Top Dog – um filme que pode divertir, mas não ultrapassa essa barreira Leia mais »

Corgi: Top Dog (The Queen’s Corgi, 2019) conta a história de Rex (Jack Whitehall), um cachorro da raça Corgi que é o cão favorito de Elizabeth II (Julie Walters). Ele é apresentado já na primeira cena do filme, que mostra a sua chegada ao Palácio de Buckingham e como conquistou a rainha do Reino Unido, alcançando o posto de “top dog”.

A partir dessa premissa, o enredo se desenvolve depois que Rex entra  em uma confusão e morde o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visitava o Palácio Real. Isso faz com que Rex, incentivado por um dos outros cães, fuja de sua residência. Mas esse suposto amigo do “top dog” o engana, impedindo seu retorno. O protagonista acaba sendo levado a um canil, e se vê em necessidade de retornar ao lar em que era tão amado.

Desde o instante inicial do filme, é notável o destaque dado a Rex e o caráter secundário dado aos humanos na trama. A rainha Elizabeth II, o Duque de Edimburgo e todos os serviçais da realeza são personagens secundários, abordados sem profundidade, enquanto os cachorros assumem o protagonismo. Mais do que protagonismo, os cães são abordados de maneira humana. Isso dá profundidade aos personagens, que possuem vaidades, desejos e sentimentos.

O respeito aos predicados de cada personagem é elogiável. Rex nunca deixa de seguir seu propósito inicial: retornar ao Palácio de Buckingham e receber o carinho da Rainha Elizabeth II. E os coadjuvantes, sejam eles amigos ou inimigos do protagonista, permanecem agindo conforme suas particularidades, impedindo quaisquer reviravoltas sem sentido na trama.

Apesar dos cachorros serem abordados com certa profundidade, a sensação predominante é que falta algo em Corgi: Top Dog. A trama do filme diverte, mas não a ponto de gerar emoções intensas. Rex é interessante, mas o seu lado mimado e acostumado a regalias impede a criação de um vínculo maior.

O protagonista Rex, um cão mimado por todos ao seu redor [Foto: Imagem Filmes]

Outra questão que pode ser criticada na animação é o número de piadas e situações voltadas para o público adulto. Há referências implícitas a atos sexuais, por exemplo, que não condizem com o público-alvo do filme. E, mesmo que se relacionasse, não são situações complexas ou que gerem o riso inevitável.

Tratando de aspectos técnicos, o filme possui uma bela animação, que é capaz de transmitir a beleza do Palácio de Buckingham e de retratar com cuidado outras paisagens. E a dublagem para o português possui vozes que não geram estranhamento, cumprindo seu papel. Embora, por duas vezes, os personagens realizem performances musicais que não foram adaptadas para o português e nem possuem legendas, prejudicando o entendimento da cena.

O trabalho realizado em Corgi: Top Dog tem aspectos positivos, mas não ultrapassa a barreira do comum. É um filme que tem seus méritos, como o protagonismo aprofundado dos cães, capaz de entreter o espectador durante os 90 minutos de filme. Mas é notável a ausência de algo a mais, que seja capaz de fazer rir, chorar ou exprimir outra grande sensação.

A animação tem estreia prevista para 5 de setembro nos cinemas nacionais e é classificada como livre para todos os públicos. Confira o trailer:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima