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LOUD conquista terceiro título nacional e avança para o Mundial

A equipe segue com embalo de três vitórias seguidas no país e tem a chance de representar o Brasil no campeonato internacional

No sábado (9), a equipe de League of Legends da LOUD venceu o Campeonato Brasileiro, o CBLOL, em uma série quase perfeita, sagrando-se tricampeã em sequência. Na vitória de 3 a 1 contra a paiN Gaming, a LLL ganhou com uma folga de uma partida restante para o fim da série, atuando com dominância por grande parte da final.

As partidas da série foram exibidas ao vivo pelos canais oficiais na Twitch e no Youtube. Essa transmissão superou em quase 50% a liga estadunidense, com picos de 329 mil espectadores simultâneos. 

O evento

A final aconteceu no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, em Recife (PE). Com capacidade para 15.000 espectadores, o espaço ficou pequeno para a população recifense. Na porta, as torcidas recepcionaram os jogadores com sinalizadores, bandeiras e fumaça. Há relatos de que houve uma discussão no lado de fora do ginásio, que rapidamente viralizou no X (antigo Twitter).

Além do público presencial, milhares de pessoas acompanharam a final de outros lugares, seja em casa, no transporte ou numa watchparty, como foi o caso de Gabriel Tavares, estudante de publicidade e propaganda, que acompanhou a transmissão do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), onde a IME Wolves hospedava o encontro. “Estava torcendo para o Tinowns. Qualquer resultado estava ótimo para mim, desde que ele jogasse bem”. O fã chegou a aparecer na fancam da transmissão, após enviar uma foto vestindo peças de ambos os times. 

Momento em que Gabriel aparece no canto inferior esquerdo da transmissão. (Vídeo: YouTube/CBLOL/Riot Games)

Mantendo o costume, o CBLOL planejou um show de abertura magistral. O campeonato é conhecido por convidar artistas de peso para o evento, como nos casos de Emicida, na edição de 2018, Vintage Culture + Pedro Qualy, em 2020, e dessa vez, Marcelo D2 e Yung Buda, que abriram o evento do último final de semana. No show do intervalo, a apresentação manteve o nível: Matuê tocou Conexões de Máfia, É Sal e 777-666, as suas músicas recentes mais ouvidas.

Essa organização artística é tradição do CBLOL, que desde a primeira edição traz o toque artístico da música popular para o mundo gamer. Mesmo fora do cenário brasileiro, a própria Riot Games — empresa por trás do LoL — tem um projeto de integração da música ao videogame: só o número de bandas fictícias — ou seja, que fazem parte da lore (história do jogo) — chega a três, entre outros inúmeros personagens cuja identidade é a música. 

O jogo

Em um primeiro momento, a série teve seu início bem equilibrado. O toplaner verdinho não jogou tão bem nesse início, uma chance que poderia ter sido melhor aproveitada pelo jungler para enfraquecer a rota superior. Com isso, a rota inferior da paiN aparentou ganhar vantagem, até que a LOUD conseguiu roubar o Dragão do Oceano na rota inferior em uma teamfight avassaladora para os Tradicionais, o que reverteu o cenário até então dominado pela paiN Gaming. Dali em diante, a primeira vitória dessa final tomou o verde como identidade. 

A jogada escolhida como top 1 da final aconteceu no fim dessa partida, quando Robo invadiu a base inimiga enquanto todos os outros 8 jogadores contestavam o Barão Na’Shor – o principal bônus do jogo. O 1 contra 2 foi ovacionado pelos fãs verde neon, enquanto Robo levantou da sua cadeira e puxou a responsabilidade para si, batendo no peito, e proferiu “eu sou pai de coreano!”. 

Jogadores com microfone esbravejam a cada conquista no jogo. (Vídeo: YouTube/CBLOL/Riot Games)

O segundo jogo parecia anunciar o rolo compressor dirigido por beellzY — técnico da LOUD — preparando uma vitória de lavada em cima dos adversários veteranos. O Nexus foi destruído em menos de 30 minutos de jogo, numa vitória claramente fácil para os esmeraldinos. 

A situação mudou no terceiro jogo, quando a paiN ganhou uma sobrevida na série. Após derrotar o Barão Na’Shor aos 24 minutos de jogo, a LOUD contestou o objetivo e deu início a uma teamfight. Porém perdeu logo em seguida, por estar em desvantagem de poderio contra o buff de poder bônus do Barão, entregando a partida para a paiN.

Os corações aceleraram na quarta e última partida da série, que carimbou o troféu com as letras L, O, U e D. Robo sacou seu clássico Renekton e fez Wizer, seu adversário, perder a luta duas vezes em menos de 5 minutos, o que contribuiu para a defasagem do time. Com velocidade, a LOUD conseguiu fechar a série em 3-1 em incríveis 23 minutos, uma partida super rápida e definitiva para o campeão do Campeonato Brasileiro de League of Legends.

Lara Soares, estudante de jornalismo e espectadora, também acredita que a LOUD seguiu o favoritismo, apesar de ter começado mal no campeonato. 

“Era impossível essas duas equipes se enfrentarem e sair uma vitória da paiN. A LOUD foi muito superior por compreender muito bem a tática da paiN e saber responder a altura, o que a outra equipe não soube fazer”.

Em coletiva após o jogo, Tinowns (LOUD) avaliou como será a atuação do time nessa próxima fase que lhes aguarda: “Nosso foco sempre foi fazer resultado lá fora, mas temos que melhorar nossa preparação para melhorar nossas chances.”

Freguesia

O embate entre os Verdes e os Tradicionais já se tornou um clássico desde os últimos splits. É a terceira vez que a paiN Gaming perde o título para a LOUD, consolidando a posição de vice pela sétima vez no campeonato. 

Desde a saída de brTT da paiN Gaming, com sua pausa como jogador em 2021 e a saída completa em janeiro de 2023, o time aponta o fim de uma era de dominância na liga. Apesar de ser o maior campeão, confirmado pela popularidade como craque da galera dentre os seus 7 prêmios CBLOL e seus 6 títulos nacionais, o seu peso como legado da equipe coincide com a decadência do time. Em entrevista coletiva ao ge, Robo (LOUD) também comentou sobre igualar o número de 6 títulos de carreira com brTT: “É bem difícil essa comparação. São épocas diferentes, estilos de jogos diferentes”. Para ele, o time faz parte da velha guarda do Campeonato Brasileiro, junto com a lendária INTZ, que Robo comparou com a LOUD: “Sem dúvida nenhuma, esse (a LOUD) é o melhor time da história”.

Do outro lado, a rápida ascensão da atual campeã, que leva todos os prêmios desde 2019, consolida uma época com novos times que progressivamente ganham espaço na liga brasileira. Quem lidera essa nova geração é a LOUD — fundada em 2019 —, justamente por conta da sua excelência trazida pela junção de jogadores revelação e de veteranos em uma mesma equipe. “A LOUD tem seus dinossauros como o Tinowns e o Robo. Mas ela também traz novos nomes muito interessantes, como o Roster e o Brance que foi até o MSI (mundial). A LOUD tem a capacidade de encontrar talentos que não tiveram oportunidade ou são desconhecidos” afirma o torcedor Gabriel. 

O mundial

O campeonato mundial de League of Legends – o Worlds 2023 – acontecerá na Coreia do Sul e contará com 22 equipes. A LOUD já tem grupo definido em sorteio no domingo (10) para representar o Brasil, que jogará as play-ins de 10 a 15 de outubro, em Seoul.

Grupo A

  • LOUD x GAM Esports
  • PSG Talon x Movistar R7

Grupo B

  • Vencedora Série de Classificação x Team Whales
  • CTBC Flying Oyster x DetonatioN FocusMe

O evento ocorrerá entre 10 de outubro e 19 de novembro, em um novo formato. Atualmente, a torcida se encontra super confiante, pois, segundo Tinowns, o formato favorece a equipe quanto à distribuição dos treinos, o que pode contribuir para a melhora no desempenho.

*Foto de capa: [Imagem/ Divulgação/ Riot Games]

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