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A Política e O Vagabundo

Bruno Benevides No final do século 19 nasceu na periferia de Londres um dos principais nomes da história do cinema. Filho de uma atriz, Charles Spencer Chaplin estreou nos palcos com apenas cinco anos, para substituir a mãe que havia passado mal. A partir de então construiu uma ascendente carreira, primeiramente em musicais londrinos, depois …

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Bruno Benevides

No final do século 19 nasceu na periferia de Londres um dos principais nomes da história do cinema. Filho de uma atriz, Charles Spencer Chaplin estreou nos palcos com apenas cinco anos, para substituir a mãe que havia passado mal. A partir de então construiu uma ascendente carreira, primeiramente em musicais londrinos, depois como comediante nos EUA. Foi lá que encontrou o cinema e fez história.

Filho das classes baixas britânicas que emigrou para os EUA no início do século, Chaplin começou a se destacar na tela grande ao criar o personagem “Carlitos, o vagabundo” (“Tramp” no original) em 1914, para sua estréia nas telas no curta Making a Living. Logo depois passaria também a escrever, dirigir e produzir seus filmes, em geral utilizando o humor baseado em Carlitos.

Chaplin estreou na direção de longas com O Garoto, de 1921. A partir daí fez clássicos como Em busca do Ouro e O Circo, com os quais passou a ser reconhecido como um grande autor, sempre utilizando o famoso vagabundo. Com isso passou a integrar o grupo pioneiro que chegou ao cinema enquanto este se consolidava como arte, participando da construção da linguagem cinematográfica.

Muitas vezes, porém, as comédias de Chaplin, possuíam, além da incrível capacidade de fazer rir, críticas que vão muito além do simples humor. Foi assim com Tempos Modernos, seu clássico de 1936 que criticava a alienação e a exploração do operário frente ao capitalismo industrial do início do século 20.

Foi a partir daí que começou a ser investigado por autoridades americanas, acusado se der comunista. Para piorar sua situação ele ainda enfrentava problemas com executivos dos estúdios, que desde 1927 o pressionavam a utilizar o som em seus filmes, coisa que Chaplin se recusava a fazer.

Apenas em 1940 o inglês deu o braço a torcer. O resultado foi a comédia O Grande Ditador, o primeiro filme a denunciar as atividades da Alemanha nazista, com direito a um histórico monólogo final, um discurso em defesa dos direitos humanos feito em plena segunda guerra.

Cheio de problemas com o Comitê de Atividades Antiamericanas, o órgão do governo dos EUA que perseguia comunistas, o trabalho de Chaplin passou a rarear. Fez apenas mais dois filmes antes de fugir dos EUA para evitar problemas com o governo, alem de mais dois depois de sua chegada a Europa. O cinema, porém, já tinha ganhado seu punhado de clássicos. Chaplin não precisava fazer mais nada.

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