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Mostra Internacional de Cinema busca equilíbrio em sua seleção

Por Victória Pimentel vic.pimentel.oliveira@gmail.com Os adoradores do cinema já estão ansiosos. E com razão. A 37ª Mostra Internacional de Cinema chega à São Paulo no dia 18 de Outubro e traz uma rica seleção de títulos dos mais diversos países. Serão exibidos em torno de 370 filmes, escolhidos de modo a fazer um resumo das …

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Por Victória Pimentel
vic.pimentel.oliveira@gmail.com

Os adoradores do cinema já estão ansiosos. E com razão. A 37ª Mostra Internacional de Cinema chega à São Paulo no dia 18 de Outubro e traz uma rica seleção de títulos dos mais diversos países. Serão exibidos em torno de 370 filmes, escolhidos de modo a fazer um resumo das tendências do cinema atual. É o mais novo longa dos irmãos Joel e Ethan Coen, Inside Llewyn Davis (Idem, 2013), Grande Prêmio do Júri em Cannes, que dá o pontapé inicial, abrindo as duas semanas de exibição dos filmes da Mostra.

Apesar de apresentar o que cinema internacional traz de novo, a mostra não deixa de dar o devido reconhecimento à nomes consagrados do cinema, como o diretor Stanley Kubrick, responsável por clássicos como 2001: Uma Odisseia No Espaço (2001: A Space Odissey, 1968), Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971) e O Iluminado (The Shining, 1980). A homenagem será feita, em especial, através de uma retrospectiva de seus filmes e de uma exposição, em parceria com o MIS – Museu da Imagem e do Som. Nela, os fãs poderão conferir um série de figurinos, objetos utilizados em cena, fotos oficiais, storyboards dos filmes e outros artefatos. O cartaz da Mostra, inclusive, é uma reprodução da obra ”Rehearsal in the rain” (Ensaio na chuva), aquarela feita pela viúva do diretor, Christiane Kubrick, durante as filmagens de Barry Lyndon (Idem, 1975) na Irlanda.

O brasileiro Eduardo Coutinho também possui seu lugar de destaque. Considerado um dos mais importantes documentaristas do país, tem sua carreira homenageada em uma retrospectiva, que traz além de seus documentários, curtas e obras ficcionais. ”Foi ele quem escolheu os títulos. O Eduardo Coutinho está fazendo 80 anos. Achamos que ele tinha todo o direito de escolher como queria a sua retrospectiva”, disse Renata de Almeida, diretora da Mostra em entrevista coletiva. Um dos pedidos do diretor, inclusive, foi que seu curta Porrada (Brasil, 2000) fosse passado antes de todos os filmes de sua homenagem.

O trabalho do cultuado diretor filipino, Lav Diaz também foi honrado. Conhecido em função da longa duração de seus filmes (alguns chegam a durar 9 horas), Diaz destaca um dos principais objetivos da Mostra: levar ao público produções pouco comerciais e que por isso não recebem o devido destaque. ”Essa é uma função da mostra: não ir só no caminho do consagrado. Tanto na seleção quanto na retrospectiva. A gente acha importante apresentar uma retrospectiva de um cineasta que faz um cinema mais radical, que não chega ao mercado normalmente”, disse Renata sobre a escolha de Diaz como terceiro nome a receber a homenagem.

O documentarista Eduardo Coutinho, um dos homenageados na Mostra

Falando de cinema asiático, a Mostra conta ainda com uma parceria com o governo da Coreia do Sul, com o objetivo de difundir a cinematografia do país. São mais de 15 títulos sul coreanos, entre eles obras de novos diretores e de diretores reconhecidos, como Park Chan-wook, de Oldboy (2003). Essa parceria ainda promove o encontro entre profissionais dos dois países – Brasil e Coreia do Sul. O cinema chinês também aparece em peso na seleção da Mostra, com nove filmes da recente produção do país.

Um dos últimos filmes da seleção é o longa Que Estranho Chamar-se FedericoScola Conta Fellini (Che Strano Chiamarsi Federico Scola Racconta Fellini, 2013), dirigido por Ettore Scola. O filme será exibido no dia 31 de outubro, dia da morte, há 20 anos, do diretor Federico Fellini. Nele, Scola faz um retrato de Fellini, mostrando como se conheceram e como as ligações entre os dois se transformaram em amizade. ”É um filme muito emocionante, muito bonito”, complementa Renata.

Um dos grandes diferencias da mostra são as sessões gratuitas ao ar livre. Elas ocorrerão no vão livre do MASP, no Parque do Ibirapuera e no Vale do Anhangabaú. No MASP, serão exibidos filmes que retratam e se relacionam com a cidade, como Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas (2008) e o inédito São Silvestre, de Lina Chamie (2013). No Ibirapuera, a sessão que ocorrerá na área externa do Auditório Ibirapuera, trará o clássico do cinema mudo alemão Nathan, o Sábio (Nathan der Weise, 1922) – dirigido por Manfred Noa – e será acompanhada pela Orquestra Petrobras Sinfônica.

O encerramento da Mostra fica por conta da exibição de O Circo (The Circus, 1928), de Charles Chaplin, no Vale do Anhangabaú no dia 1º de Novembro. A sessão será acompanhada pela Orquestra do Teatro Municipal. ”Essas sessões ao ar livre, com orquestra, mexem muito com a cidade. As pessoas levam vinho, sentam na grama. Acho que humaniza a cidade”, comentou Renata.

Para aqueles que são fãs – e para os que não são também – será uma ótima oportunidade para conhecer um pouco mais sobre o universo do cinema. Sejam novos ou velhos diretores, filmes clássicos ou contemporâneos, a Mostra deixa tudo isso e muito mais ao alcance da cidade de São Paulo. É só aproveitar.

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