Victor Caputo
Quando pensamos em suspense no cinema logo nos vem o nome de Stanley Kubrick. Quando o assunto é terror na literatura temos Stephen King. A pergunta é: o que acontece se Kubrick filmar um livro de King? A resposta é “O Iluminado” de 1980.
Um dos maiores filmes de terror da história do cinema. Kubrick não precisa de grandes efeitos especiais para nos deixar rígidos e aflitos enquanto assistimos ao filme. Coloque duas meninas vestidas de forma igual de pé em um corredor, corta para as duas mesmas meninas mortas e sangue por todo lado. Com certeza é mais do que o suficiente para provocar calafrios.
Jack Nicholson parece perfeito para o papel de escritor perturbado que toma conta de um hotel, apenas com a mulher e filho, isolados de todo resto do mundo. Com a sua peculiar cara de louco, principalmente lá para os finalmentes do filmes quando sua paranóia e loucura já estão bem afloradas. Impossível esquecer a expresão de maníaco com a cabeça enfiada entre os pedaços da porta despedaçada por um machado enquanto ele persegue a mulher e o filho.
Algumas mudanças leves foram feitas na adapatação às telas, algumas delas uma pena na minha opinião. Uma das cenas mais assustadoras e aflitivas do livro foi cortada e o final também foi alterado.
Entre rabiscos de RedruM, grandes volumes de sangue vindo em câmera lenta pelos corredores do hotel, quartos proibidos, muita neve e um labirinto, “O Iluminado” é ainda hoje um dos filmes mais assustadores de todos os tempos.