Jornalismo Júnior

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Dia 05 | BGS 2024: encerramento da convenção traz feedback do público à tona

O último dia de Brasil Game Show permitiu que os visitantes experienciassem jogos e cosplays e recebeu críticas daqueles que a frequentam há anos
Por Leticia Yamakami (leticiayamakami@usp.br) e Regina Lemmi (regina_lemmi@usp.br)

No último dia 13, a 15ª edição da Brasil Game Show teve seu encerramento na Expo Center Norte, casa de eventos localizada na zona norte da capital paulistana. Em cinco dias de exposições, lojas, jogos e serviços, a BGS reuniu milhares de jogadores, influenciadores, cosplayers, músicos, e idealizadores dos videogames. Nesta cobertura da Jornalismo Júnior, confira desde as experiências dos repórteres até as impressões do público geral.

Missão diária: Cyberpunk 2077

No encerramento, estandes, jogos, lojas, fliperamas, e até restaurantes foram visitados pela última vez neste ano. Apesar disso, o fim do evento não deixou de render novos momentos, locais descobertos e recordações em forma de brindes ou compras.

Além de outros jogos eletrônicos, uma gameplay de 20 minutos de Cyberpunk 2077: Ultimate Edition esteve em exibição. A expansão do jogo original, lançada em 2023, apresenta a missão de salvar a presidente do Novo Estados Unidos da América, Rosalind Myers, do avião destruído em Dogtown. Quanto à sua jogabilidade, a nova versão apresenta um tiroteio suave e aparenta ser de média dificuldade.

Cyberpunk 2077 é um jogo eletrônico de RPG de ação projetado pela CD Projekt Red. O universo fictício do videogame situa-se em Night City, cidade na qual o jogador, em perspectiva de primeira pessoa, controla um mercenário personalizado, conhecido como V. 

As artes do videogame também estiveram disponíveis aos visitantes em uma loja de pôster, entre as demais lojas de artigos de videogame. Vendia-se funko pops, cartas de colecionador, livros, adesivos, action figures, bichos de pelúcia, produtos japoneses exportados e até katanas.

Uma pausa na partida

No horário de almoço, a Jornalismo Júnior provou nachos e burrito de um food truck mexicano. Os preços variaram entre R$35,00 e R$50,00. Outros restaurantes ao alcance do público foram: Cabana Burger, MC Donald’s e Bob’s, onde as repórteres se serviram do milkshake de sabor crocante.

Milkshakes.
Havia a opção sabor crocante nos tamanhos de 300 mL e 500 mL, R$18 e R$20 cada [Imagem: Leticia Yamakami/Arquivo Pessoal]

Perto da área de alimentação, havia fliperamas para toda a família curtir: de jogos de corrida até cestas de basquete e futebol. Além de experiências em realidade virtual, as máquinas de bichos de pelúcia formaram filas. 

Nos estandes das empresas de jogos e patrocinadores, os visitantes conseguiram vários brindes, em especial ecobags. Com o QR Code da conta da Nintendo em mãos, os frequentadores puderam ganhar uma sacola especial de Super Mario Bros

A voz do público avaliou: grandes marcas fazem falta!

A Jornalismo Júnior, além de experimentar os jogos, estandes, fliperamas e restaurantes pela última vez, ouviu as considerações finais do público geral acerca da 15ª edição da BGS. A maior parte dos cosplayers apontam a redução no número de grandes empresas patrocinadoras da feira de games neste ano.

“Parece que [o evento] está falindo. Não que esteja, mas dá essa impressão”, afirma o cosplayer Naru junto a seus colegas Lis, Nati e Cass. O grupo esteve presente em três dos cinco dias da BGS — quarta, sábado e domingo — e opinou que, em comparação a anos anteriores, a edição de 2024 estava mais vazia e continha menos estandes.

Segundo Naru, Lis, Nati e Cass, a ausência de companhias importantes que fomentavam financeiramente a convenção levou os níveis de sua estrutura a decaírem. Eles exemplificam esse fato pela própria credencial, que antes era segurada por um cordão de boa qualidade e estampado com os logos dos patrocinadores e, neste ano, por uma corda barata que se desestruturava facilmente.

A Twitch, principal serviço de streaming do mundo dos videogames, não compareceu ao 15º ano da feira. A Sony/Playstation e a Microsoft/Xbox, gigantes do setor, também não deram as caras. As companhias não marcam presença desde edições anteriores, sem justificativa precisa, e continuaram fazendo falta. A Playstation não comparece ao Brasil desde 2023 e a Xbox se ausentou da Brasil Game Show pela terceira vez consecutiva, mas virá à CCXP em dezembro.

Visitantes em frente ao estande da empresa "Sega".
Sem as principais concorrentes, a Sega e a Nintendo emplacaram como os maiores estandes do festival, oferecendo, juntos, mais de oito jogos [Imagem: Reprodução/Instagram/@brasilgameshow]

“A área cosplay perdeu patrocinadores e isso fez uma diferença enorme, tanto nos prêmios do concurso como na organização do camarim”, acrescenta Nati. Em 2023, o responsável por esse setor era a Bauducco, com espaço de 600 metros quadrados reservados na Expo Center Norte. O ganhador do BGS Cosplay Bauducco recebeu uma cadeira gamer criada pela XT Racer, além de biscoitos da marca. Em 2024, os prêmios foram menores e oferecidos por parceiros do evento.

Mesmo com os desfalques em relação às últimas edições, os visitantes que compareceram à feira de games pela primeira vez pretendem voltar nos próximos anos. “Como eu não tenho experiência de outras [edições da BGS], está sendo maravilhoso para mim”, comenta Thainy, também cosplayer, que estava acompanhada de suas amigas Luana e Kelly pelo terceiro dia consecutivo no evento.

As demais jovens do trio marcaram presença pela décima vez na convenção. Embora acreditem que alguns aspectos podem melhorar em relação à infraestrutura, estavam animadas em relação às novidades como um todo. “Apesar da estrutura e da falta de estandes importantes, tudo está melhorando: o evento em si e o público”, afirma Kelly. Luana reforça que os aspectos negativos citados pelas colegas precisam melhorar, mas que se divertiu e aproveitou um pouco de tudo que foi ofertado pelos três dias da edição de 2024. 

Para o próximo ano, resta a expectativa dos visitantes da volta dos estandes da Playstation e da Xbox – mesmo que a negociação entre elas e a BGS seja burocrática –, a presença de mais patrocinadores e seus investimentos financeiros e a permanência de um público engajado e apaixonada pelo universo geek: o que já está em constante crescimento.

Cosplayers posam ao lado de visitante na BGS.
Os cosplayers tiraram centenas de fotos com o público, que mostrou enorme apreço e entusiasmo pelos personagens que representavam por meio de seus figurinos [Imagem: Regina Lemmi/Acervo Pessoal]

*Imagem de capa: Regina Lemmi/Arquivo Pessoal

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