Para mostrar que não se deve mexer com os animais, seja lá qual for o tamanho deles, surge mais uma comédia educativa. Apoiada na trama da preservação da natureza, “Deu a Louca nos Bichos” (Furry Vengeance) estréia na próxima sexta (21/05). Um filme que merece adjetivos carinhosos, no diminutivo, por diversos motivos.
Primeira e obviamente por ser um filme voltado ao público infantil. A abertura é uma animação semelhante a desenhos animados das décadas de 80 e 90, o que é por si só gracioso. O problema é que essa técnica provavelmente não atrai o público-alvo, hoje mal acostumado por técnicas muito mais modernas e trabalhadas.
Após essa possível dispersão inicial, a produção ganha alguns pontos pela atuação bem humorada de Brendan Fraser. O ator já havia sido treinado para divertir crianças e adolescentes em títulos como “Looney Tunes – de Volta à Ação” e “Viagem ao Centro da Terra”.
A história se passa em torno de uma família comum vinda da cidade grande. Mãe, pai e filho se mudam para uma floresta onde deve ser construído um conjunto residencial supostamente sustentável, projeto no qual o patriarca trabalha. Quando começam as obras, os animais da área, liderados por um guaxinim raivoso (e bonitinho), resolvem aprontar travessuras com o protagonista. Mas eles têm um bom motivo: abrir os olhos de todos os envolvidos para a destruição da mata e protestar contra a chegada da modernidade no local. É justamente esse o sentido do filme.
A rebeldia engajada dos animais e a mudança da visão dos protagonistas, principalmente do mais jovem, servem para tentar conscientizar a nova geração, ou pelo menos construir nela certa simpatia pela natureza. Não deixa de ser um filme clichê: o tema está muito na moda ultimamente e já existem inúmeros outros com trapalhadas e animais. Apesar disso, pode ser uma boa pedida. As crianças conseguem se divertir e talvez tirar uma possível lição sobre sérios problemas atuais, que merecem mesmo ser amplamente debatidos.
Por Paula Zogbi