Grupo B
PORTUGAL
Palpite: Toca no Cristiano Ronaldo que é gol! Dá trabalho, mas só sonha com as quartas
Após cair ainda na fase de grupos em 2014, o atual campeão da Eurocopa chega como cabeça de chave e promete um bom desempenho na Rússia. Nas eliminatórias, fez uma campanha quase perfeita, vencendo 9 dos 10 confrontos, perdendo apenas para a Suíça (2 a 0). Apesar dos bons resultados, o técnico Fernando Santos, à frente da seleção desde 2014, com passagens pelo Porto e Benfica, e pela seleção Grega (2011-2013), não aposta em uma vitória lusitana. Santos não vê a seleção como favorita, mas afirma buscar bons resultados no mundial.
Dos 23 nomes convocados, parte é conhecida de longa data. No gol, Rui Patrício, ídolo do Sporting, é titular absoluto. Os zagueiros Pepe, ex-Real Madrid e agora no Besiktas, e Bruno Alves, do Rangers, jogam a terceira copa pela seleção aos 35 e 36 anos, respectivamente, contando também com José Fonte, do Dalian Yifang. O envelhecimento e a falta de novos talentos defensivos é o maior problema da seleção portuguesa. Cédric Soares, do Southampton, e Raphael Guerreiro, do Borussia Dortmund, são os mais cotados para assumir as laterais direita e esquerda.
A segunda linha de quatro traz a experiência de João Moutinho, bicampeão francês pelo Monaco, e o jovem talento William Carvalho, pelo centro. Bernardo Silva, do Manchester City aparece pela direita, enquanto João Mário, atualmente por empréstimo no West Ham, surge na esquerda, completando um meio de campo ofensivo de profundidade e de rápido contra-ataque pelos lados.
O atual melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, é o homem de decisão e compõe o ataque junto à joia André Silva, do Milan, que traz inovação. Outra opção de dupla para Ronaldo é o experiente Ricardo Quaresma.
A copa de 2018 será a quinta consecutiva disputada pela seleção portuguesa, que teve a sua melhor campanha em 1966, na Inglaterra, quando foi eliminada nas semifinais pela anfitriã e ficou com o terceiro lugar.
O Craque
Cristiano Ronaldo é sem dúvidas a estrela da seleção portuguesa. Cinco vezes eleito melhor do mundo pela FIFA (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017) e jogador do Real Madrid desde 2009, o português é disparado o maior marcador da história do clube de Madri: foram 451 gols em nove temporadas. Para fins de comparação, Raúl González, o segundo na lista, tem 323 gols em 16 temporadas. Pelo Real, conquistou 16 títulos, incluindo quatro Champions League e três Mundiais de Clubes da FIFA.
Por Portugal, o atacante se sagrou campeão europeu em 2016 e também detém recordes: marcou 81 vezes, sendo o maior artilheiro da história da seleção e o terceiro maior entre todas as seleções, ficando atrás do iraniano Ali Daei (109 gols), e do húngaro Ferenc Puskás (84 gols). É também o que mais entrou em campo: foram 150 jogos até o momento. Nas eliminatórias, foi autor de 15 gols, um a menos que o artilheiro Lewandowski. Ronaldo é um fenômeno decisivo.
Convocados
ESPANHA
Palpite: Com uma crise interna a horas da estreia, não tem como dar certo
Campeã do mundo em 2010, a Espanha surpreendeu negativamente ao ser eliminada ainda na fase de grupos em 2014, na Copa do Mundo no Brasil. Dessa vez, após uma campanha de destaque com nove vitórias, incluindo goleadas, e um empate contra a Itália (1×1), La Fúria volta como uma das favoritas e vai à Rússia brigando pelo título.
Em relação à Copa passada, apesar dos maus resultados, 11 nomes se mantiveram: De Gea, Reina, Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Busquets, Iniesta, Koke, David Silva e Diego Costa. Morata, que atuou como titular em diversos jogos, não apareceu na lista dos convocados, dando espaço para o atacante brasileiro naturalizado espanhol Rodrigo Moreno, que atua no Valencia e Iago Aspas, do Celta de Vigo.
Com Piqué, Sérgio Ramos, Jordi Alba e Carvajal, a defesa espanhola é um misto equilibrado de Barcelona e Real Madrid. Piqué e Ramos se posicionam no meio e dão solidez à zaga, enquanto Alba atua como lateral esquerdo com passes precisos e Carvajal vai pela direita com a propriedade de um dos melhores laterais-direitos do mundo. O jogador merengue, entretanto, está em processo de recuperação de lesão muscular na coxa, e ainda corre o risco de não estrear contra Portugal. Para ocupar seu lugar, o técnico Fernando Hierro, recém integrado ao cargo, tem como opção Nacho Fernández, também do Real Madrid, embora tecnicamente limitado se comparado ao companheiro de equipe, ou o jovem Odriozola, do Real Sociedad.
O meio de campo Espanhol, tradicionalmente conhecido por suas infiltrações e passes precisos, tem Busquets, do Barcelona, no meio ditando o ritmo do jogo, com o habilidoso Iniesta à sua direita. À esquerda, a disputa fica entre Koke, do Atlético de Madri, e Thiago Alcântara, do Bayern de Munique.
No ataque, o mais provável é que Diego Costa fique à frente, fazendo papel decisivo. Recuados, Isco, do Real Madrid, e David Silva, do Manchester City, assumem papel de criação mais próxima da área e jogam nos lados esquerdo e direito, respectivamente. Asensio, do Real Madrid, é uma opção de velocidade, favorecendo contra-ataques explosivos.
Prestes a começar a Copa, a Espanha ainda viu mudanças no seu setor técnico. Assumindo o Real Madrid, Julen Lopetegui foi demitido do comando da seleção, e Fernando Hierro, ex-diretor esportivo, ficou com o cargo. A demissão foi resultado do descontentamento da Federação Espanhola de Futebol com a ida de Lopetegui ao time madrilenho. O órgão afirmou, ainda, que a negociação inviabilizava que o ex-técnico seguisse no controle da seleção.
O Craque
Andrés Iniesta passou a maior parte de sua carreira – e vida – no Barcelona. Pelo clube espanhol, o meia coleciona títulos: foram nove campeonatos nacionais, quatro Champions League, três Mundiais de Clubes da FIFA, dentre outros. Individualmente, o jogador possui 35 títulos, sendo o futebolista espanhol mais premiado da história. Já ficou em segundo e terceiro lugar, em 2010 e 2012, na premiação de melhor jogador do mundo da FIFA.
Pela seleção, Iniesta atua desde 2006. O meia, considerado um dos melhores da história, vai à Rússia para a sua quarta Copa. Em 2010, foi campeão do mundo, sendo o autor do gol que deu a vitória a Espanha na prorrogação contra a Holanda. Iniesta tem 126 jogos pela Fúria, com 13 gols marcados. Teve grande importância também nas duas conquistas espanholas nas Eurocopas de 2008 e 2012.
Após 22 anos no Barcelona, Iniesta deixou o clube e partiu para o Japão, onde atua no Vissel Kobe desde o final de maio deste ano, disputando a J-League, primeira divisão do futebol japonês.
Convocados
MARROCOS
Palpite: Potencial zebra do grupo, pode incomodar e beliscar uma vaga
Uma das cinco seleções africanas a disputar o mundial, o Marrocos volta ao campeonato 20 anos após a sua última participação, na França em 1998, quando foi eliminado ainda na fase de grupos.
Sob o comando de Hervé Renard, técnico francês famoso por comandar clubes africanos, o Marrocos passou pela fase classificatória sem levar nenhum gol, e se classificou em um confronto direto com a Costa do Marfim. A equipe Marroquina é essencialmente defensiva, e tem um bom meio de campo com El Ahmadi, Belhanda e Boussoufa, mas é difícil encontrar grandes qualidades técnicas nas outras posições, sendo dependente do coletivo entrosado e das improvisações de alguns talentos. Dois jogadores se destacam individualmente dos demais: Hakim Ziyech, melhor jogador do Ajax na temporada 2017/18, e Medhi Benatia, titular na zaga da Juventus, heptacampeã italiana.
A equipe conta com 20 nomes que atuam no futebol europeu. Outros que chamam atenção são: o ponta Nabil Dirar, que foi lateral do Monaco e joga na mesma posição pela seleção; o espanhol naturalizado marroquino Achraf, que é lateral-direito do Real Madrid, e o já mencionado Younes Belhanda, campeão turco com o Galatasaray vestindo a camisa 10.
O Craque
Hakim Ziyech é um jogador holandês naturalizado marroquino que atua como meia-atacante. Jogando no Ajax, Ziyech marcou 9 vezes nesta temporada e foi responsável por 15 passes para gol, sendo assim líder de assistências no último campeonato holandês e eleito o melhor jogador dessa mesma competição. Também foi considerado o melhor jogador do clube na temporada 2017/18.
Desde 2015, quando começou a atuar pela seleção, o sistema tático marroquino gira em função da posição do meia, que costuma jogar como ponta direita no Marrocos, tendo liberdade de movimentação pelo campo.
Convocados
IRÃ
Palpite: Parece fraco, mas não é! Portugal e Espanha que se cuidem
Sob o comando do técnico português Carlos Queiroz desde 2011, o Irã é uma equipe tipicamente defensiva. A seleção chegou a atingir a marca de 12 jogos sem levar gol na fase classificatória da copa, e foi a primeira equipe asiática a garantir lugar na Rússia. Em 2014, foi eliminada na fase de grupos, tendo perdido para a Argentina (1 a 0) e Bósnia (3 a 1).
A equipe aposta em uma estratégia de futebol reativo, tirando proveito de uma zaga coesa e rápidos contra ataques. Disputando um lugar contra as favoritas Portugal e Espanha, o objetivo do Irã é tentar se garantir na defesa, embora seja tarefa difícil e a equipe conte com mais armas ofensivas do que na última Copa do Mundo. A seleção aposta em um sistema tático 4-1-4-1 com Ramin Rezaeian e Mohammadi nas laterais. Hosseini e Montazeri aparecem na zaga central, formando a primeira linha de quatro que dá cara ao time. O meio de campo tem Ezatolahi como principal desarmador, complementando a linha de defesa.
O ataque fica por conta do trio Alireza Jahanbakhsh, considerado a esperança do Irã, Taremi pelas laterais e Azmoun à frente no centro, o cara dos gols.
O Craque
Sardar Azmoun é um jogador iraniano que atua no Rubin Kazan, da Rússia, desde 2012. Passou um período (2014-2017) no Rostov, outra equipe russa, onde ganhou o prêmio de melhor jogador da temporada 2015-16. Na seleção iraniana, o atacante joga desde 2014. Com 23 gols, Kazan é o maior artilheiro da história do Irã, sendo conhecido por sua habilidade em jogos aéreos, criatividade e explosões de velocidade. Na Rússia, alguns o denominam como o “jovem Ibrahimović”.
Convocados
Goleiros: Alireza Beiranvand (Persepolis), Rashid Mazaheri (Zob Ahan) e Amir Abedzadeh (Marítimo)
Defensores: Majid Hosseini (Esteghlal Tehran), Pejman Montazeri (Esteghlal Tehran), Roozbeh Cheshmi (Esteghlal Tehran), Milad Mohammadi (Akhmat Grozny), Mohammad Khanzadeh (Padideh), Morteza Pouraliganji (Al Saad), Ramin Rezaeian (Ostende)
Meias: Ehsan Hajsafi (Olympiacos Piraeus FC), Karim Ansarifard (Olympiacos), Masoud Shojaei (AEK Atenas), Mehdi Torabi (Saipa), Omid Ebrahimi (Esteghlal) e Saeid Ezatolahi (Amkar Perm)
Atacantes: Alireza Jahanbakhsh (AZ Alkmaar), Ashkan Dejagah (Nottingham), Mehdi Taremi (Al-Gharafa), Reza Ghoochannejhad (Heerenveen), Saman Ghoddos (Ostersunds), Sardar Azmoun (Rubin Kazan) e Vahid Amiri (Persepolis)