Grupo D
ARGENTINA
Palpite: Enquanto o time não encaixar, não é nada favorita
Decepção nas eliminatórias, a vice-campeã do mundo, promete, como sempre, chegar para ganhar. O ataque albiceleste pode não ter sido tão eficiente durante a campanha até a Rússia mas, mesmo assim, tem o potencial de levar, novamente, os hermanos ao topo do mundo.
O time de Jorge Sampaoli, treinador desde 2016, tem um desbalanceamento bem claro entre a parte ofensiva e defensiva. Enquanto o ataque pode ser considerado o melhor do mundo, a defesa é cheia de dúvidas. No gol, Willy Caballero, Armani e Guzmán brigam pela posição. Romero, que foi titular no último jogo das eliminatórias, acabou cortado por lesão.
Na zaga, Nicolás Otamendi é o principal nome. Ex-zagueiro de Valencia e Atlético Mineiro, hoje joga no campeão inglês Manchester City e dá segurança para a zaga de Pep Guardiola. No meio, Mascherano, do Hebei Fortune da China, aparece como principal volante defensivo enquanto Dí Maria, do Paris Saint-Germain, é uma das mentes criativas.
No ataque, o talento é tanto que até fora da convocação se pode ver jogadores de nível internacional. Mauro Icardi, artilheiro do Campeonato Italiano com 29 gols, foi um dos não convocados por Sampaoli. Dos que foram, Sergio Aguero, do Manchester City, Paulo Dybala e Gonzalo Higuaín, ambos da Juventus, são três atletas do mais alto nível do futebol mundial. O outro é simplesmente um dos melhores de todos os tempos: Lionel Messi.
O Craque
Não só candidato a melhor da Argentina como também melhor da Copa e do mundo. Lionel Messi dispensa apresentações. Na seleção, em diversos momentos teve de praticamente resolver o jogo sozinho. Na última rodada das eliminatórias, com a seleção precisando imprescindivelmente da vitória, Messi fez três gols contra Equador, fora de casa, e garantiu a Argentina na Rússia.
Vencedor de praticamente todos os campeonatos que disputa, muitos afirmam que a última conquista faltante é justamente uma Copa do Mundo. Mais uma vez, chega em alto nível e pode fazer a diferença. Camisa 10, capitão e maior símbolo da atual geração, Messi depende de boas atuações de seus companheiros para conseguir, quem sabe, alcançar o maior título de seleções – o que não aconteceu na última Copa.
Sendo eleito o melhor jogador do mundial de 2014, no Brasil, a Argentina pecou em alguns momentos cruciais com Gonzalo Higuaín e Rodrigo Palacio, o que não aconteceu do outro lado com a Alemanha. Diferente dos outros dois, Mario Gotze guardou quando teve a oportunidade e Messi teve de amargar o vice.
Obs.: Manuel Lanzini lesionou-se gravemente durante os treinamentos da seleção argentina para a Copa do Mundo. Sem ter como se recuperar a tempo da competição, Sampaoli chamou Enzo Pérez, do River Plate, para o seu lugar.
CROÁCIA
Palpite: A toalha de mesa pode beliscar a 1ª posição no grupo
Vários jogadores muito qualificados, mas falta tradição e um coletivo forte. A Croácia chega para passar da fase de grupos e dificultar nas eliminatórias. Diversos jogadores, até do banco de reservas, são figuras relevantes do futebol mundial, mas seu desempenho nas eliminatórias talvez tenha deixado um pouco a desejar.
Segunda do grupo, atrás da sensação Islândia, a seleção croata conseguiu a classificação com algumas turbulências. Com a troca de técnicos entre a fase de grupos e a repescagem, Zlatko Dalić assumiu a bronca e conseguiu levar a seleção a vencer a Grécia e levar uma das melhores safras da Croácia para a Copa.
Os bons nomes vem desde o gol até a outra ponta do campo. O goleiro Danijel Subasic, do Mônaco; Sime Vrsaljko, lateral-direito do Atlético de Madrid e Dejan Lovren, do finalista da Champions League, Liverpool, são nomes que contribuem para qualidade defensiva.
No meio-campo, sobra talentos: Ivan Rakitic, do Barcelona, Mateo Kovacic, do Real Madrid, Marcelo Brozovic, da Internazionale, e sua principal estrela, Luka Modric, mais um do time madrilenho. Pelas pontas, conta com Ivan Perisic, também da Inter de Milão.
No ataque, há três nomes pesados para a tarefa de marcar gols: Nikola Kalinic, do Milan, Andrej Kramaric, do Hoffenheim, e a grande estrela Mario Mandzukic, da Juventus. Bons nomes não faltam, a Croácia tem material humano para chegar bem longe em uma Copa, o que falta mesmo é que esses bons jogadores repitam as boas exibições de seus clubes na seleção.
O Craque
Não podia ser outro. O tetra campeão da Champions League, Luka Modric tem uma qualidade ímpar. Camisa 10 do maior vencedor do mundo na última década, já provou seu valor quanto jogador, mas ainda busca levar alguma glória a sua seleção. Sua maestria no meio-campo é essencial para um bom desempenho da Croácia na Copa do Mundo e certamente é um nome para todos os fãs de futebol ficarem de olho durante o mundial. Modric promete, e muito, jogadas mágicas na Rússia.
ISLÂNDIA
Palpite: Vai ser bonito e especial, mas não deve passar
O país, de pouco mais de 300 mil habitantes, chega para sua primeira Copa do Mundo como queridinho do mundo todo e a menor nação em termos numéricos a disputar o mundial. Mesmo não tendo tantas opções em termos de material humano, a seleção conseguiu bravamente se classificar em primeiro de seu grupo das eliminatórias, mas mais impressionante que isso foi sua campanha na Eurocopa de 2016.
A pequena ilha conseguiu chegar nas quartas de finais, logo na sua estreia na competição da UEFA, passando pela tradicional seleção da Inglaterra, e fez uma campanha histórica. Novamente, na sua primeira Copa do Mundo, os Islandeses buscam marcar seus nomes novamente e já sabem com quem contar.
A seleção, mesmo praticamente desconhecida no Brasil, tem diversos jogadores que atuam no cenário europeu. Entre eles, dois se destacam: Alfred Finnbogason, centroavante que atua na primeira divisão da Alemanha, marcou 12 gols nesta temporada pelo Augsburg, em 22 jogos, ajudando seu time a escapar do rebaixamento. O outro nome, mais conhecido, é realmente um jogador acima da média: Glyfi Sigurdsson .
O Craque
Conhecido dos que acompanham o futebol inglês, o meia islandês se destacou bastante na temporada 2016/17 pelo seu desempenho individual, no Swansea City, time Galês que atua no Campeonato Inglês, auxiliando o time a escapar do rebaixamento. Sua boas exibições o levaram a ser cogitado em grandes times do cenário europeu, mas acabou contratado pelo Everton, na cifra recorde de 49 milhões de euros, cerca de 213 milhões de reais, o valor mais caro pago por um jogador islandês.
Sua técnica refinada junto a um porte físico invejável (1,89 m) contribuem para o excelente jogador que é. Especialista em bolas paradas e chutes de média distância, Sigurdsson é certamente uma das peças essenciais para um desempenho bom da seleção da Islândia. Olho nele.
NIGÉRIA
Palpite: Time renovado e cascudo, pode complicar
A única seleção africana, das cinco classificadas, que esteve presente na última Copa, a Nigéria chega para tentar avançar de fase. Nas eliminatórias, o plano saiu praticamente perfeito: quatro vitórias e dois empates, construindo uma campanha invicta. Por mais que não tenha uma safra recheada de craques, o elenco conta com alguns jogadores renomados.
Gernot Rohr, treinador alemão que conduz o time desde 2016, não surpreendeu convocou jogadores já esperados para a competição. O que mais chama atenção é o meio-campo , com diversos jogadores do futebol europeu: Joel Obi, do Torino, Wilfred Ndidi, do Leicester City, Ogenyi Onazi, profissionalizado na Lazio e agora no Trabzonspor, e seu principal nome, John Obi-Mikel, ex-Chelsea e atualmente Tianjin TEDA, da China.
O ataque também não fica atrás: Victor Moses, mesmo jogando praticamente de lateral-direito no Chelsea, vem como uma das esperanças ofensivas. O jovem Kelechi Iheanacho, do Leicester City, Alex Iwobi, do Arsenal, Ahmed Musa, do CSKA Moscou, e Odion Ighalo, ex-Watford e atualmente no Changchun Yatai, da China, são os destaques ofensivos.
O Craque
Como as outras três seleções do grupo, o craque da Nigéria também era um tanto quanto previsível. Obi Mikel, camisa 10 e capitão, é o principal jogador da Nigéria há algum tempo. Campeão da Champions League com o Chelsea, Mikel ainda ajudou sua seleção a conquistar a inédita Copa das Nações Africanas, em 2013.
Apesar de não estar tão em alta quanto na Copa de 2014, ainda pode se esperar boas exibições do meio-campista. Apesar de jogar em funções mais recuadas no seu auge, Mikel consegue contribuir tecnicamente para criação de jogadas e é uma das esperanças da nação nigeriana.
Convocados:
Goleiros: Daniel Akpeyi (Chippa United), Ikechukwu Ezenwa (Enyimba), Francis Uzoho (Deportivo Fabril)
Defensores: Chidozie Awaziem (Nantes), Leon Balogun (Brighton & Hove Albion), Tyronne Ebuehi (ADO Den Haag), Elderson Echiejiole (Cercle Brugge), Brian Idowu (Amkar Perm), Kenneth Omeruo (Kasimpasa), Abdullahi Shehu e William Ekong Troost (ambos do Bursaspor)
Meio-campistas: Oghenekaro Etebo (Las Palmas), John Obi Mikel (Tianjin Teda), Wilfred Ndidi (Leicester City), Joel Obi (Torino), John Ogu (Hapoel Be’er Sheva), Ogenyi Onazi (Trabzonspor)
Atacantes: Odion Ighalo (Changchun Yatai), Kelechi Iheanacho (Leicester City), Alex Iwobi (Arsenal), Victor Moses (Chelsea), Ahmed Musa (CSKA Moscou), Simeon Nwankwo (Crotone)