Grupo G
BÉLGICA
Palpite: A “geração belga” tem direito de sonhar com as semifinais
Considerada por muitos como a geração mais forte da história da Bélgica, a seleção vai à Rússia com a promessa de fazer uma excelente campanha. Sob o comando do técnico Roberto Martinez, os Demônios Vermelhos (Red Devils), como são conhecidos, chegam com um time maduro e repleto de talentos, e são os favoritos ao lado da Inglaterra a ficarem com as duas vagas do mata-mata do Grupo G.
Na Copa de 2014, a Bélgica teve um bom desempenho, chegando às quartas de final e caindo para a Argentina, que viria a ser a vice campeã daquela edição. Nas eliminatórias para a Rússia, com 43 gols marcados e apenas seis sofridos, venceram nove de dez jogos, e empataram um, classificando-se de forma invicta.
Os 23 nomes de Martinez trazem experiência e segurança, com um elenco que atua em peso nos grandes clubes do futebol inglês. No gol, Thibaut Courtois, do Chelsea, é titular absoluto. Na zaga, Vincent Kompany, do Manchester City, vem pelo centro, seguido de Toby Alderweireld, pela direita, e Jan Vertonghen pela esquerda, ambos jogadores do Tottenham, que completam uma linha de três forte e eficiente.
Apostando em um 3-5-2, com variações para o 3-4-3, a Bélgica traz um meio-campo recheado. Kevin De Bruyne, mais adiantado, e Axel Witsel, um dos únicos que atua fora da Europa, são favoritos para preencher a faixa central. Nas pontas, o meia Yannick Carrasco, do Dalian Yifang-CHI, e o defensor Thomas Meunier, do PSG, são os mais cotados. O meio de campo belga é habilidoso na criação de jogadas, fazendo a ponte para o ataque por meio de infiltrações e passes precisos.
No ataque, Eden Hazard, campeão inglês pelo Chelsea na temporada 2016/17, cobre o lado direito com técnica e uma ofensividade forte e certeira, enquanto que Romelu Lukaku, atacante do Manchester United, traz força física para o posto de camisa 9.
O Craque
Kevin De Bruyne atua no Manchester City. Pelo time inglês, o meia conquistou o campeonato nacional na temporada 2017/18, sendo uma das estrelas do time de Guardiola. O técnico do City chegou a comparar De Bruyne a Messi, afirmando que os dois são os melhores jogadores já treinados por ele.
Considerado o 4º melhor jogador de 2017 pelo jornal The Guardian, o meia é a cabeça da seleção belga, na qual atua desde 2013. Foi um dos principais responsáveis pela classificação da Bélgica para a Copa de 2014, depois de 12 anos sem participação nos mundiais, e pela campanha favorável naquele mesmo ano. Em um momento de ouro no Manchester City, De Bruyne foi também o astro das eliminatórias da Copa, e promete brilhar na Rússia.
Convocação
INGLATERRA
Palpite: Oitavas é obrigação, mas não deve ir além disso
Campeã do mundo em casa em 1966, a Inglaterra não fez grandes campanhas nas últimas competições. Em 2014, na Copa do Mundo, a seleção foi eliminada ainda na fase de grupos, tendo conquistado apenas um ponto. Em 2016, na Eurocopa, caiu nas oitavas de final, ao enfrentar a Islândia.
Sob o comando de Gareth Southgate, a seleção passou por um processo de mudanças, uma reformulação quase total da equipe. O técnico novato, ainda em início de carreira, teve um desempenho favorável nas eliminatórias para a Rússia: venceu oito partidas e empatou duas das dez que disputou, dando certa esperança aos ingleses. A equipe marcou 18 gols e sofreu apenas três, mostrando coesão no sistema defensivo.
A principal característica do time de Southgate é a juventude de seus jogadores. O mais provável é que o técnico invista em um sistema 3-3-3-1, com Harry Kane, centroavante e astro do Tottenham, à frente do ataque. Na defesa, Kyle Walker e John Stones, ambos do Manchester City, e Harry Maguire, do Leicester City, formam a primeira linha de três. O meio de campo tem opções como Eric Dier e Jordan Henderson, e Danny Rose e Kieran Trippier jogando nas alas.
No ataque, além da estrela Harry Kane, Raheem Sterling, do Manchester City, traz uma postura ofensiva para o time com habilidade e rapidez.
A seleção inglesa é favorita, ao lado da Bélgica, a avançar para as oitavas de final. O time jovem pode surpreender, mas, ao que tudo indica, não briga pelo título. A seleção Inglesa chega com o objetivo de fazer uma campanha melhor do que as edições anteriores, recuperando um pouco o brilho da antiga campeã mundial não vista a muito tempo.
O Craque
O camisa 10 do Tottenham vive um momento de ouro em sua carreira. O protagonismo no clube inglês alçou o jogador para a elite do futebol mundial, sendo considerado um dos melhores centroavantes da atualidade. Kane foi artilheiro da Premier League duas vezes consecutivas (2015/16 e 2016/17), detendo o recorde de maior goleador inglês em um ano com 39 gols marcados.
Pela seleção inglesa, o jogador atua desde 2015. Convocado 23 vezes, Kane marcou 12 gols pela Inglaterra, tendo papel decisivo na equipe de Southgate. Em 2018, fará a sua estreia em Copas do Mundo. Com uma técnica bem desenvolvida e muita habilidade, o atacante inglês é a arma ofensiva da nova equipe inglesa, e seu desempenho na Copa promete colocá-lo ainda mais em evidência.
Convocação
TUNÍSIA
Palpite: Ganha do Panamá e nada mais
Uma das cinco representantes da África na Copa, a Tunísia chega ao torneio pela quinta vez, depois de ficar ausente nas duas últimas edições. A seleção nunca conseguiu passar da fase de grupos, objetivo almejado para a Rússia, mas pouco provável com Bélgica e Inglaterra na disputa pelas vagas do grupo.
Nas eliminatórias, a equipe fez uma campanha favorável, com 6 vitórias e 2 empates de 8 jogos disputados. O técnico Nabil Maaloul assumiu a seleção no ano passado. Maaloul era assistente na última vez em que a equipe chegou a uma copa, em 2006 na Alemanha.
Com boa parte dos jogadores atuando na região, a equipe não tem muitos astros conhecidos. O foco na defesa e no coletivo são as apostas do técnico para levar a seleção à sua melhor campanha em copas. O goleiro Mouez Hassen atua no Chateauroux, na liga francesa e deve assumir a titularidade. A zaga conta com nomes como Ali Maaloul e Hamdi Nagguez, ambos atuando no Egito. O principal homem de ataque é Wahbi Khazri, do Rennes, time francês.
O Craque
Wahbi Khazri é um meia-atacante e homem de decisão da seleção da Tunísia. O jogador é nascido na França e iniciou sua carreira nas times categorias de base dos times de Ajaccio, sua cidade natal, atuando agora pelo Rennes. Já defendeu a seleção francesa sub-21, mas naturalizou-se tunisiano em 2012.
Pela seleção da Tunísia, Khazri jogou 27 partidas e marcou 12 gols no total. Representou o país no Campeonato Africano das Nações em 2017 e pode surpreender na Rússia com um estilo explosivo e técnico.
Convocação
Goleiros: Aymen Mathlouthi (Al-Batin-ARA), Farouk Ben Mustapha (Al Shabab-ARA) e Moez Hassan (Chateauroux-FRA).
Defensores: Hamdi Nagguez (Zamalek-EGI), Dylan Bronn (La Gontoise-BEL), Rami Bedoui (Etoile du Sahel), Yohan Ben Alouane (Leicester City-ING), Syam Ben Youssef (Kasimpasa-TUR), Yassine Meriah (CS Sfaxien), Oussama Haddadi (Dijon-FRA) e Ali Maaloul (Al Ahly-EGI)
Meio-campistas: Elyes Skhiri (Montpellier-FRA), Mohamed Amine Ben Amor (Al Ahly-ARA), Ghaylene Chaalali (Esperance of Tunis), Ahmed Khalil (Club Africain), Seifeddine Khaoui (Troyes- FRA) e Ferjani Sassi (Al-Nasr-ARA)
Atacantes: Fakhreddine Ben Youssef (Al-Ettifaq-ARA), Anice Badri (Esperance of Tunis), Bassem Srarfi (Nice-FRA), Wahbi Khazri (Rennes-FRA), Naim Sliti (Dijon-FRA) e Sabeur Khelifa (Club Africain).
PANAMÁ
Palpite: O importante é participar, não é mesmo?
Estreante na Copa do Mundo, o Panamá conquistou a vaga inédita na última rodada das eliminatórias da CONCACAF, ao bater a Costa Rica com um gol aos 43 minutos do segundo tempo e contar com a derrota dos Estados Unidos para Trinidad e Tobago. Conquistou 13 dos 30 pontos possíveis, com 9 gols marcados e 10 sofridos na competição.
A seleção panamenha, conhecida como “La Marea Roja”, chega sem expectativas para o Mundial. A classificação em si já é histórica, e a conquista de ao menos um ponto seria um cenário dos sonhos para o país caribenho.
Entre os 23 nomes convocados pelo técnico Hernán Darío Gomez, talvez os mais conhecidos sejam Felipe Baloy, volante que atuou no Brasil pelo Grêmio e Atlético-PR, e Roman Torres, autor do gol que levou a seleção à Copa. O técnico vêm apostando em um esquema 5-4-1, com Blas Peréz ou Gabriel Torres à frente do ataque. Sem muita qualidade técnica e nomes desconhecidos, a seleção aposta no coletivo e na determinação de seus jogadores em sua primeira participação no torneio.
O Craque
Ao 37 anos de idade, Blas Pérez é um atacante experiente que atua no Municipal, da Guatemala. Pela seleção panamenha, o jogador já foi convocado 114 vezes no total, sendo o autor de 40 gols em suas participações. Na Rússia, Pérez é o mais cotado pelo técnico Gomez para assumir o ataque do Panamá. O jogador atua na frente no esquema 5-4-1, tendo um papel decisivo nas finalizações.
Convocação