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Muito além do ballet – danças alternativas

Ballet, jazz, sapateado. Provavelmente você já viu alguma apresentação dessas danças na sua vida – ou quem sabe praticou alguma delas. Muito populares no Brasil, as modalidades mais tradicionais têm perdido espaço para uma gama enorme de estilos, que agradam aos mais diversos públicos. Conheça um pouco sobre dois deles. Direto das Índias Uma das …

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Ballet, jazz, sapateado. Provavelmente você já viu alguma apresentação dessas danças na sua vida – ou quem sabe praticou alguma delas. Muito populares no Brasil, as modalidades mais tradicionais têm perdido espaço para uma gama enorme de estilos, que agradam aos mais diversos públicos. Conheça um pouco sobre dois deles.

Direto das Índias

Uma das danças que tem feito sucesso entre o público brasileiro é a indiana. Iara Ananda Romano, professora no Centro Cultural da Índia e na Casa Jaya, diz que a modalidade está no Brasil há mais de 20 anos. Segundo ela, produções televisivas, como “Caminho das Índias”, fizeram com que o interesse pela dança crescesse. No entanto, Iara faz uma ressalva: “A novela popularizou o Bollywood Dance (as coreografias dos filmes indianos), e não a vertente clássica”.

A professora explica que, de acordo com o Natya Shstra, o antigo tratado sobre dança indiana, existem sete estilos considerados clássicos. “A base de todas é a mesma, mas cada um tem o sotaque do lugar onde nasceu”, explica. Diferem, ainda, vestimentas, ornamento e maquiagem.

Iara Ananda Romano e Naira de Almeida Prado em ação. Freewebs.com

As vertentes tradicionais ensaiadas em aula contam histórias da mitologia da Índia e são boas oportunidades para se aprender mais sobre a cultura hindu. Uma aula de dança indiana é composta por exercícios que trabalham coordenação motora, ritmo e condicionamento físico. “Estudamos ainda os movimentos de olho e cabeça e as Nava Rasas, que são as nove expressões do rosto”, conta Iara.

A dança indiana traz muitos benefícios para o dançarino, pois trabalha o corpo, a concentração e a conciência corporal. Iara diz que não há restrição de idade para participar das aulas, mas ressalta: “dançar exige bastante esforço, disciplina e dedicação”.

Inauguracao do “Festival Gastronomico y Cultural de la India” em Quito no Equador. Freewebs.com

 

Uma dança diferente

Sem platéia e sem o caráter de espetáculo, os participantes ficam em círculo, voltados para um centro comum, com as mãos dadas. Mão esquerda voltada para cima, palma da direita para baixo. Embalada por uma música, a roda gira através de uma sequência de passos, ensinada pelo focalizador. Essa é a dinâmica da dança circular, uma modalidade que trabalha o autoconhecimento, a confraternização e o despertar da sensibilidade.

Paula Costa de Andrada, psicóloga e focalizadora desde 1990, explica que o professor e bailarino alemão Bernard Wosien estudou as antigas danças de roda e viu nelas o potencial para se trabalhar em grupo. “Por serem coopertativas e trabalharem com aspectos socioafetivos, as danças circulares são usadas em contextos espirituais, educativos e terapêuticos”, explica.

Início do processo. dançacircular.com.br

A focalizadora acredita que a dança tornou-se mais conhecida no país devido ao seu caráter envolvente, à facilidade e aos sentimentos envolvidos ao praticá-la. Segundo ela, “é fácil se contagiar pelo prazer e leveza das rodas”.

As danças circulares são fáceis de serem executadas e os movimentos, simplificados. Paula explica: “as coreografias têm simbolismos que despertam alguns sentimentos, como alegria, brincadeira, amizade, silêncio”. As músicas utilizadas passam desde as tradicionais melodias até composições atuais ritmadas, que permitem o desenvolvimento dos passos.

Grupo se envolvendo na dança. jornalluzdocaminho.com

De acordo com Paula, quem procura essa modalidade geralmente busca o autoconhecimento e outras possibilidades de expressões do corpo, baseadas na leveza e na confraternização. “Participar da roda provoca no dançarino uma vivência de aspectos subjetivos, criativos, meditativos e integrativos”, diz.

 

por Camila Berto Tescarollo
berto.camila@gmail.com

 

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