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‘Notre Dame’: apenas mais uma comédia romântica esquecível

O filme Notre Dame (2019) acompanha a trajetória da arquiteta Maud Crayon (Valérie Donzelli), após ela conquistar, graças a um mal-entendido, o grande concurso promovido pela prefeitura de Paris para reformar o pátio diante da catedral de Notre-Dame. Nessa nova jornada, Maud tem que lidar com o retorno inesperado de um antigo amor e com …

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O filme Notre Dame (2019) acompanha a trajetória da arquiteta Maud Crayon (Valérie Donzelli), após ela conquistar, graças a um mal-entendido, o grande concurso promovido pela prefeitura de Paris para reformar o pátio diante da catedral de Notre-Dame. Nessa nova jornada, Maud tem que lidar com o retorno inesperado de um antigo amor e com o ex-marido e pai de seus filhos, o qual ainda não colocou um verdadeiro ponto final na relação. 

Notre Dame é mais uma comédia romântica a se juntar ao rol dos clichês esquecíveis. Uma das razões é que o longa não agrega quase nada de novo ao gênero. A ambientação da produção em uma Paris real, com problemas e não romantizada, é um dos poucos pontos positivos e um diferencial de Notre Dame em relação aos outros filmes do gênero que se passam na Cidade Luz. Essa ambientação em uma Paris real provavelmente se deve ao fato de a película ser uma produção francesa-belga.

Em relação aos pontos negativos, a produção apresenta vários, começando pela direção de Valérie Donzelli, que também protagoniza o longa. A direção do filme tenta inovar criando cenas para homenagear clássicos da sétima arte, porém, a maioria dessas cenas não apresenta importância para o desenvolvimento da história e não combinam com o tom do restante da trama, assim, acarretam em uma quebra na imersão dos espectadores. Além de que muitas dessas cenas são cafonas e geram constrangimento.

A direção também erra por escolher colocar um narrador. Quase todas as informações distribuídas pelo ele já estão subentendidas na trama e não precisam ser explicadas com palavras. Enquanto que as informações novas trazidas por ele poderiam ser facilmente incorporadas no roteiro sem a ajuda da narração.

 

Maud sendo entrevistada na prefeitura de Paris.
Maud sendo entrevistada na prefeitura de Paris. [Imagem: Divulgação/Califórnia Filmes]
Para uma comédia romântica, Notre Dame possui muitos problemas no quesito cômico. A maioria das partes que deveriam ser engraçadas no longa, não tiram nenhuma risada do espectador e, para piorar, ainda causam bastante vergonha alheia. Isso ocorre principalmente nas cenas de Martial (Thomas Scimeca), ex-marido de Maud, que provavelmente foi criado para ser um personagem cômico, o que não funcionou.

Alguns fatores responsáveis por Notre Dame ser esquecível são o pouco carisma de seus personagens e a falta de química entre Maud e seus pretendentes. As atuações também são responsáveis pelos problemas do filme, os atores fazem apenas o básico e nenhuma das atuações é bem feita e inspirada, além de que  muitos desses atores atuam mal na película, como Thomas Scimeca.

Outro erro está nos personagens secundários. Todos eles são mal desenvolvidos e a maioria dos personagens são apenas estereótipos — principalmente o chefe e a advogada de Maud —  e não possuem nenhum tipo de subtrama própria. Já no caso dos personagens que possuem uma subtrama, essa parte da história é somente jogada na produção sem nenhum intuito de ser explicada ou trabalhada.

 

Maud e seu traje repetido inúmeras vezes ao longo de Notre Dame
Maud e seu traje repetido inúmeras vezes. [Imagem: Divulgação/Califórnia Filmes]
Notre Dame, infelizmente, foge do clichê de que todas as produções cinematográficas ambientadas em Paris contam com personagens vestindo figurinos belíssimos e de alta-costura. O filme possui pouquíssimos trajes, os quais não têm nada de especial, muito menos de alta-costura. A protagonista Maud repete o mesmo figurino, composto por um vestido xadrez e uma bota vermelha, em quase todo o longa. Isso é algo chocante, principalmente na cena que mostra, de forma condensada, o que ocorreu em certo período de tempo, o que dá a impressão de que Maud passou dias sem trocar de roupa. Em relação aos coadjuvantes, a certeza é de que a maioria deles só têm um figurino.

É um filme com muito mais erros do que acertos. A produção só vale a pena ser assistida para o espectador desanuviar a sua mente depois de um dia bem cheio, especialmente se o cansaço o impedir de prestar atenção nos vários problemas do longa. Sendo que. após alguns dias, o espectador nem lembrará mais da película, visto o quão previsível e esquecível é Notre Dame.

O longa está previsto para estrear nos cinemas brasileiros em 11 de fevereiro. Confira o trailer legendado:

*Imagem da capa: Divulgação/Califórnia Filmes

1 comentário em “‘Notre Dame’: apenas mais uma comédia romântica esquecível”

  1. Pingback: Crítica: Notre Dame (2019) – Jornalismo Júnior | Notre-Dame de Paris

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