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O Telejornal e as imagens óbvias

Já notou como tudo é igual nos telejornais? FOCO na Avenida Paulista. Pessoas atravessando a rua, ônibus passando atrás. Sempre destaque para seus rostos e feições preocupadas. CORTE. Pés caminhando. Carros em um congestionamento – tudo saído direto do arquivo da emissora. O uso das imagens óbvias está presente no telejornalismo diário. Até parece que …

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Ilustração: Sofia Calabria

Já notou como tudo é igual nos telejornais? FOCO na Avenida Paulista. Pessoas atravessando a rua, ônibus passando atrás. Sempre destaque para seus rostos e feições preocupadas. CORTE. Pés caminhando. Carros em um congestionamento – tudo saído direto do arquivo da emissora. O uso das imagens óbvias está presente no telejornalismo diário. Até parece que não há outro jeito de produzir. ‘O Telejornal’ mostra como o uso das imagens no telejornalismo busca preencher o espaço que existe entre o texto e o som:

 “O IBGE divulgou na última segunda-feira as Estatísticas do Registro Civil 2012.

Os resultados da pesquisa mostram um aumento de 2% no número de nascidos vivos em relação a 2010. Isso significa que 40 mil bebês a mais foram registrados em relação ao período anterior.

O número de casamentos entre solteiros também superou a marca de 2010. Em 2012, o registro de casais que oficializaram sua união superou em 320 mil a estatística de 2010, representando um crescimento de 4%.

Já o número de divórcios registrou uma queda de 5%, passando de 180 mil em 2010 para 171 mil no ano passado.

O sociólogo e antropólogo João da Silva diz que o crescimento do número de casamentos e de nascidos pode ter relação com a superstição de que o mundo acabaria em 2012.

– As pessoas temem o fim do mundo, isso é um fato. E como a nossa sociedade vive uma fase hedonista, ou seja, é uma sociedade que busca satisfazer todos os seus desejos, a crença na previsão do calendário maia pode ter influenciado nesses resultados. Quem pretendia casar ou ter filhos adiantou o processo.

Quanto à queda no registro de divórcios, da Silva explica que o medo do fim do mundo teve um efeito contrário.

– Todos sabem quanto uma separação pode ser dolorosa, não só para o casal mas também para os filhos e familiares.

O declínio no número de casais divorciados pode estar ligado, também, ao medo do mundo acabar. 

– Ninguém gostaria de viver seus últimos dias sofrendo ou tentando superar uma separação.”

Já a mesma notícia ficcional, se dada em um jornal impresso, mantém as mesmas características textuais por não necessitar das imagens. Seria então o uso de imagens no telejornalismo uma tentativa de pura ilustração daquilo que é dito? Como em um livro infantil que na procura de contar uma história se vê a necessidade de mostrar todos os detalhes ao leitor? Pois é isso que nos parece ao sintonizar os noticiários.

Por Gabriela Fachin
gabrieladfachin@gmail.com

 

 

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