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‘Parque do Terror’: uma experiência que vale a pena se causar medo só em você

Uma experiência imersiva por filmes de terror da Warner Brothers com sustos durante todo o percurso, mas cuidado para esses sustos não aterrorizarem o seu bolso

Com o Halloween se aproximando cada vez mais, a necessidade dos cinéfilos de plantão por filmes de terror aumenta na mesma proporção. Afinal de contas, qual a melhor forma de comemorar uma data tão especial para o oculto do que com uma dose de sustos causados por palhaços assassinos e bonecas possuídas?

Provando que a Jornalismo Júnior também valoriza esse feriado tão importante para a cultura pop, ela aproveitou para comemorar o Dia das Bruxas com uma experiência imersiva totalmente dedicada ao terror: o Parque do Terror. Localizado no segundo andar do Shopping Villa Lobos entre os dias 09 de setembro a 04 de dezembro, ela é uma excelente oportunidade para qualquer pessoa que goste de filmes de terror e queira curtir o Halloween de uma forma diferente.


Invocando o terror

Antes do público entrar na chamada experiência imersiva, ele passa brevemente por uma sala de recepção e um museu para ir se acostumando aos poucos com a ideia do medo. O primeiro contato com o terror ocorre na sala de recepção, em que o público descobre um pouco mais sobre a origem do gênero na literatura e acompanha a evolução dele no cinema, passando desde o terror no cinema mudo até filmes atuais. O problema é que a equipe responsável pelo evento acredita que não seja importante para o público aprender informações novas, ou eles deixariam um tempo maior para conseguir ler o que está escrito nas paredes.

Ao longo do Museu do Terror, pode-se ver diversas curiosidades sobre os filmes de terror, uma pena que não haja tempo para ler. [Imagem: Reprodução/Felipe Velames]

Em seguida, entramos em uma espécie de museu do terror dedicada para as quatro sagas que serão exploradas na experiência imersiva: Invocação do Mal (The Conjuring) — incluindo Annabelle (2014) e A Freira (The Nun, 2018) —; O Exorcista (The Exorcist); Doutor Sono (Doctor Sleep, 2019) e It:A Coisa. Totalmente voltado para o Instagram, o museu do terror possui uma série de objetos para que o público possa interagir e tirar quantas fotos quiser, como uma réplica da cama de O Exorcista. Além disso, o museu também conta com alguns objetos que foram utilizados nas gravações originais dos filmes expostos em cúpulas de vidro, como a boneca Annabelle ou as roupas da freira Valak e do palhaço It.

Novamente, o problema dessa parte é o tempo disponível para você tirar fotos e interagir com os objetos, apenas 15 minutos. Isso faz com que o público não tenha tempo para ler os diversos tablets com informações e curiosidades sobre os filmes expostos no cenário, como o fato de O Exorcista ter sido o primeiro filme de terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. 


“Você vai flutuar também” de tanto susto

Finalmente, depois do público ter se familiarizado um pouco mais com a história do terror e ter começado a embarcar na trama dos filmes presentes, chegou a hora de entrar na experiência imersiva. Infelizmente, não era permitido filmar ou tirar fotos dentro da experiência imersiva, justamente para não quebrar o clima de terror e divulgar informações para fora. Então, para preservar os spoilers, basta saber que a experiência conta com uma recriação de cenários das franquias mencionadas, como o Hotel Overlook de O Iluminado (The Shining, 1980); a casa de O Exorcista; os esgotos de It e a mansão do casal Warren de Invocação do Mal, tudo isso com bastante sustos, gritarias e correrias.

Toda a sequência envolvendo o universo de Invocação do Mal é a parte que dá mais medo na experiência imersiva, principalmente a presença da freira Valak. [Imagem: Reprodução/Felipe Velames]

Para conseguir esse clima de terror buscado o tempo todo, não bastava apenas desligar os celulares, o papel dos atores é muito importante e o Parque do Terror conseguiu entregar isso com maestria. Os atores que interpretam os guias de cada sessão, como o protagonista de Doutor Sono, conseguem transmitir o medo e o terror deles através dos seus olhares, respirações ofegantes e frases de impacto, sempre interagindo com o público, o que deixa a experiência bem mais divertida. Além disso, o trabalho da sonoplastia é muito interessante nessa atração, já que você consegue escutar gritos e barulhos no fundo por toda experiência, sempre ficando em estado de alerta e com medo.

Por falar em medo, os atores que interpretam os personagens de terror e que são responsáveis pelos maiores sustos da experiência, como o palhaço Pennywise e a freira Valak, também merecem destaque, sobretudo, pela proximidade com o público. Sempre chegando perto das pessoas presentes, eles até mesmo encostam no público mais para o final da atração, deixando o medo cada vez maior. O problema é que essa interação com o público só foi possível pelo grupo pequeno que a Jornalismo Júnior embarcou na jornada (menos de 20 pessoas), afinal de contas, com menos pessoas dentro de um espaço, fica mais fácil para os personagens assustarem todo mundo e transmitir esse medo para todos de maneira igualitária.


O machado do Johnny não vai assombrar somente na experiência 

A quantidade de pessoas por sessão é o grande problema do Parque do Terror. Como a Jornalismo Júnior visitou a atração em um horário à tarde de um dia da semana (quinta-feira às 15h), o público de cada grupo era menor e assim mais fácil aproveitar a atração e conseguir embarcar nos sustos. No entanto, um horário de final de semana pode acarretar em sessões superlotadas que prejudiquem a experiência como um todo, seja pelas filas que se formariam para tirar fotos no museu ou mesmo na quantidade de pessoas que não conseguiriam interagir ou sequer enxergar alguma coisa na experiência imersiva.

Toda a experiência do parque do terror é favorecida por um público menor, como os objetos do Museu que são melhores fotografados com um cenário vazio. [Imagem: Reprodução/Felipe Velames]

Além da pouca quantidade de pessoas ter ajudado a aproveitar a experiência imersiva, o preço mais barato na semana (R$34 – meia / R$68 – inteira) também auxilia a aproveitar mais a experiência. Afinal de contas, por um preço promocional de 25 reais (durante o mês de Outubro, os ingressos custam mais barato na semana, passando a ser 25 para meia e 50 para inteira), o público acaba relativizando certos problemas de baixo orçamento, como uma maquiagem mal feita ou uma tecnologia ultrapassada. O problema é que nos finais de semana o parque cobra um valor de mais de 100 reais para inteira e o produto oferecido não corresponde com qualquer investimento que ultrapasse 50 reais, já que você pagará um valor de uma Hora do Horror do Hopi Hari por uma atração lotada e inferior.

Resumidamente, o Parque do Terror vale muito a pena ser visitado se você conseguir ir em um horário à tarde num dia da semana, já que a pouca quantidade de público e o preço baixo agrada mais. O problema é você ir em uma sessão no final de semana, já que você pagará quase o dobro por um dia lotado, deixando os sustos não apenas para os atores, mas para o seu bolso pedindo socorro. 

*Foto da capa: [Imagem: Divulgação/Parque do Terror]

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