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BUM, BUM, BUM, CASTELO RÁ TIM BUM

No dia 16 começou a tão esperada exposição do Castelo Rá-Tim-Bum no MIS. Reunindo parte dos figurinos, cenários e bonecos que fizeram parte do programa, a exposição deu vida aos sonhos de várias gerações: entrar no Castelo Rá-Tim-Bum. Nós fomos conferir já na inauguração o que o MIS tinha preparado pros fãs do castelo e …

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No dia 16 começou a tão esperada exposição do Castelo Rá-Tim-Bum no MIS. Reunindo parte dos figurinos, cenários e bonecos que fizeram parte do programa, a exposição deu vida aos sonhos de várias gerações: entrar no Castelo Rá-Tim-Bum. Nós fomos conferir já na inauguração o que o MIS tinha preparado pros fãs do castelo e contamos aqui a emoção que envolveu essa visita. Descubra aqui por que você não pode perder essa exposição!

Foto: Isabel Lima.

A Construção da Exposição
A exposição abrira há no máximo dez minutos, mas a fila quilométrica já passava a entrada do MIS e se estendia pela Av. Europa. Pessoas de todas as idades, de bebês de colo a avós, ansiavam por serem recebidas pelo porteiro. “Klift Kloft Still, a porta se abriu!”.

Ao passar pela porta, o som de várias TV’s repetem a música de abertura tão conhecida e se tem contato com os primeiros registros do processo criativo por trás desse programa de tanto sucesso: a primeira sinopse, pedaços do roteiro, a planta do castelo, entre outros. Me debruçando sobre o roteiro, senti uma quebra em relação às impressões da infância, o Castelo não era fruto de um passe de mágica, mas, sim, de muito trabalho e pensamento humano que criaram cada elemento daquele mundo.

Ao passar pelas cortinas pretas que separam os aposentos do castelo, como a biblioteca e a sala de música, o encantamento é sempre renovado já que cada ambiente busca espelhar o original, fazendo com que o visitante se sinta de fato dentro do Castelo. É possível deitar nas espreguiçadeiras de Lana e Lara, puxar as gavetas da cozinha, xeretar a escrivaninha do Dr. Victor.

A interatividade marca a exposição e faz com que todos queiram participar e, como não podia ser diferente, registrar: celulares a postos! Grupos de amigos se revezavam constantemente a cada novo ambiente para tirar novas fotos com suas personagens prediletas. Essa alegria de finalmente poder vivenciar o Castelo como se sonhou na infância acaba por ofuscar outros detalhes da exposição, como as pequenas plaquinhas com informações e curiosidades onde se leem fatos interessantes sobre o processo de criação. Por exemplo, como o Dr. Victor foi inspirado no Victor Von Frankenstein, criador do monstro na obra de Mary Shelley, e seu bigode veio do de Salvador Dalí.

Foto: Virgínia Queiroz.

As plaquinhas, fotos do set de filmagem, croquis dos figurinos, entre outros, revelam a oscilação que a exposição faz entre fazer com que o visitante se sinta parte do Castelo e, simultaneamente, mostrar todo o processo criativo por trás do programa. Ao mesmo tempo que se pode tocar a pianola e ficar cara a cara com o Gato, também se pode descobrir todo o raciocínio por trás de cada personagem e objeto com as fotos dos estudos de caracterização, as plantas do Castelo, o projeto de design do Lustre e assim vai.

Foto: Isabel Lima.

Ao lado da famosa jornalista Penélope, o visitante pode sentar-se na frente de telas e escutar os depoimentos fantásticos de diversos nomes da produção do Castelo e por eles conhecer todo o trabalho realizado para tornar a idéia de um programa lúdico, que tratasse a criança não como idiota, mas que apostasse em sua inteligência, em algo real. Descobre-se como cada elemento foi extremamente pensado, desde as músicas ao último fio de cabelo do Nino.

Helio Ziskind, um dos responsáveis pela trilha sonora, conta como ele queria que a música do banho do Ratinho fosse uma “canção-brinquedo” para que a criança a levasse com ela na hora de tomar banho. Já Carlos Alberto Gardín, figurinista, revela onde ele buscou referências para o visual de cada personagem e como o look do Nino foi o que gerou mais dúvida – foram necessários vários testes para chegar na figura com uma mecha de cabelo levantado que todos conhecemos.

Sempre fazendo com que o visitante entre em contato com o original e a réplica, com a qual é possível interagir, a exposição caminha pelo Castelo de suas bordas para o centro. Só depois de passar por vários aposentos e personagens chega-se no centro, o tão esperado saguão. Esse caminho parece guardar justamente o mais emocionante para o final e eu juro que é de arrepiar ver a árvore com a cobra Celeste e o tão familiar e colorido sofá redondo.

Vale a pena prestar atenção em cada detalhe, foto e plaquinha e não deixar a ansiedade de reviver todas as lembranças da infância tomar conta, por mais difícil que isso seja, já que, de fato, é emocionante vivenciar aquele mundo infantil tão de pertinho.

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Foto: Virgínia Queiroz.

 

A vivência da exposição
Entre os vários espaços especiais da exposição, um deles retratava bem o sentimento que pairava na maioria dos visitantes ali presentes: emolduradas em uma parede, cartas de fãs enviadas há anos para a sede da TV Cultura relatavam os sonhos de algumas crianças em conhecer o mágico Castelo Rá-Tim-Bum.

Foram 20 anos de crianças sendo envolvidas pelo fascínio do castelo e a ansiedade de vivenciar aquele tão querido sonho infantil refletiu-se nas expressões das pessoas nas filas. Os olhos brilhando, os sorrisos a postos e as mãos inquietas eram consequência direta da importância que teve o Castelo Rá-Tim-Bum na vida de todas essas gerações. A expectativa, não frustrada, deu a exposição o caráter de um reencontro dos mais velhos aos bons tempos de crianças.

Uma vez cruzada a porta de entrada, certa magia pareceu tomar conta do museu. Eram pais e filhos frenéticos a olhar cenários, bonecos e figurinos; casais que juntos cantavam “Lava uma, lava outra”; grupos de amigos que corriam em direção aos pontos interativos.

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Foto: Virgínia Queiroz.

Recém-conhecidos das filas compartilhavam entre si suas histórias de amor pelo programa infantil e, assim como faziam durante os recreios das escolas no passado, relembravam episódios, personagens e músicas do maior sucesso da TV Cultura. No encontro com seus personagens favoritos, algumas pessoas pulavam e dançavam ao som das canções que recheavam os ambientes. Vinham à tona as ingênuas lembranças da infância.

O fenômeno das selfies nunca esteve tão evidente. Afinal, quem não queria registrar seus abraços com o Mau, o Gato e a Adelaide? Já com a Celeste, que até hoje não ganhou do Dr. Vitor seus braços e, por isso, ainda não pode ser abraçada, as fotos representavam uma hora ímpar para o visitante: seu encontro não apenas com o charme da cobra mais querida da televisão brasileira, mas também com o saguão central, onde boa parte da trama se desenrolou. “Nooooossaaaa” era o que diria Celeste se fosse ela a reparar a fidelidade daquele espaço com o cenário real. Eram selfies para comprovar a realidade daquilo que por muito tempo existiu na imaginação daquelas pessoas.

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Foto: Virgínia Queiroz.

Ninguém parecia querer perder um instante sequer no saguão central, no quarto do Nino ou no lustre do castelo. Ninguém parecia também ter vergonha de estar envolvido daquela maneira à exposição. No fundo, a exposição contagiou a todos.
Os estudantes de cinema Bruno Maurício, 29, e Amanda Correia, 20, que estiveram presentes na inauguração da exposição, disseram que pretendem repetir a dose. “Na primeira vez que você vem, a ansiedade é muito grande, você quer tocar tudo, ver tudo, não consegue apreciar a exposição sério. Eu quero vir de novo, pra olhar tudo com mais calma. Eu me senti mesmo dentro do castelo”, disse Bruno. Ambos os estudantes, ao se deparar com o solo macio do lustre do castelo, pularam nele como em uma cama elástica. “Eu sempre quis entrar no lustre, era meu sonho. Hoje eu posso fazer tudo!”, disse Bruno.

Ao término da exposição viam-se visitantes com um imenso sorriso no rosto: o sonho podia ter acabado, mas que foi tão emocionante quanto o imaginado. Se você ainda não foi ao MIS e é fã do Castelo separe um dia, prepare o coração e vá.

A exposição ficará aberta até o dia 12 de Outubro, de terças à sextas, das 12 às 21 horas, nos sábados das 10 às 22 horas e aos domingos e feriados das 10 às 20 horas.

Por Isabel Lima e Jessica Bernardo

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