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Tóquio 2020 | Brasil ganha dos Estados Unidos e alcança segunda posição no grupo da morte

Com a vitória contra os nortes americanos, seleção brasileira garante vaga nas oitavas de finais

O Brasil venceu os Estados Unidos em um jogo olímpico pela primeira vez em 17 anos na madrugada do dia 29 para o dia 30 de Julho. O jogo ocorreu na Ariake Arena e foi marcado por repetitividade, tensão e uma trilha musical brasileira. O jogo encerrou com 3 sets a 1 para o Brasil com parciais de 32 a 30 para o EUA e 25 a 23, 25 a 21 e 25 a 20 para a equipe brasileira.

Depois da derrota para o Comitê Russo, a partida contra os Estados Unidos foi muito importante para a Seleção pois garantiu a vaga nas oitavas de finais. Porém, vencer a França na próxima partida seria muito interessante para que o Brasil competisse com o time de pior campanha do outro grupo (A).

Conquistar essa posição não foi simples. Os EUA foram fortes durante o jogo todo, especialmente Sanders e DeFalco, e as vibrações que exalavam no começo os ajudaram muito. Mas Lucarelli, Leal, Wallace e Lucão impediram o avanço dos adversários. Assim, o Brasil fica na segunda posição do grupo B, que possui fortes postulantes ao ouro.

Primeiro Set: tensão com trilha musical

Brasil Wallace
Wallace foi destaque na partida. [Imagem:Twitter/@TimeBrasil]
Durante sua jornada nas olimpíadas até o momento, o time brasileiro tem tido péssimos inícios de jogos, e nessa partida não foi diferente. Com erros no saque, na recepção e na defesa, o placar começou com 4 a 0 para o Estados Unidos. O pedido de tempo técnico no início do jogo comprova essa mediocridade. Diante da tensão, o time decidiu voltar para a quadra com um sentimento de “recomeço”.

A volta para o jogo se caracterizou por ataques fortes do Brasil que ganharam categoria e estratégia gradualmente, mas o que permitiu o equilíbrio do placar foram os erros dos EUA.

O DJ parecia estar animado com as músicas brasileiras e tocou Ela Só Quer Paz do Projota enquanto o placar empatava com 6 a 6. O time brasileiro estava mais animado, com auto estima mais alta e mais agressivo quando o jogo encaixou. Pontos de ataques e saques fortes de Lucarelli, Wallace e Leal ao som de Que Tiro Foi Esse de Jojo Toddynho, foram essenciais. Bloqueios lindos de Bruno e Lucas, quando se acostumaram aos degraus dos estadunidenses e reagiram a bolas divididas, mantiveram o placar avantajado com 15 a 12 para o Brasil.

Porém, com alguns erros toscos da seleção — o primeiro no saque —, desafios jogados fora e cortes brilhantes do estadunidense Taylor Sanders, os norte-americanos rapidamente ultrapassaram os brasileiros e o placar ficou 20 a 18. A equipe de Sanders vibrou muito em cada ponto, mais do que em outras partidas, visando à auto estima. Bará Berê de Michel Teló pode ser escutado.

Com ataques agressivos e defesas mal posicionadas, o Brasil finalmente chega ao seu set point, com 24 a 23. Uma música do Calypso toca. Porém, os estadunidenses tiraram a possibilidade de vitória explorando o bloqueio brasileiro duas vezes. O time verde e amarelo começou a usar armadilhas similares e se esforçou para não deixar a bola cair no chão, principalmente Bruninho, que tentou salvar a bola do líbero brasileiro Thales — que deixa a desejar—, e o placar empata: 30 a 30.

Com 44 minutos, o set termina com 32 a 30 para os Estados Unidos, sendo o último ponto um erro de recepção do Leal, e O que Pensa que Eu Sou, da Banda Djavú inicia.

Segundo e Terceiro Set: o fogo nos olhos do Brasil e ações norte-americanas

Brasil Lucarelli
Saques de Lucarelli foram um dos pontos altos do jogo. [Imagem:Twitter/@TimeBrasil]
Com início extremamente acirrado e um time na cola do outro, os pontos de bloqueio triplo, corte na paralela de Wallace e ace do Leal foram destaque e acarretaram em um placar de 13 a 9.

O time brasileiro manteve sua vantagem por um bom tempo, porém os estadunidenses recuperaram sua confiança com as vibrações a cada ponto e conquistaram um empate de 15 a 15. Contudo, os bloqueios incríveis de Lucão e os cortes monstruosos de Lucarelli ajudaram o time brasileiro avançar e conquistar 21 a 18.

Assim como no outro set, os EUA, próximo ao final, conseguiram alcançar o Brasil, principalmente com bolas que ultrapassaram os limites da quadra. Com o renascimento de DeFalco, que estava com baixo desempenho neste set, e Sanders, o placar ficou de 22 a 22.

Isac e Alan entraram no lugar de Maurício e Wallace, respectivamente, e, com um rally improvisado com pouca estratégia do Brasil no set point marcado por uma pancada do Isac, Alan fez um corte no meio que garantiu a vitória por 25 a 23.

Já no terceiro set, DeFalco, como visto no final do outro, havia recuperado sua força e destaque. Contudo, não conseguiu evitar o ótimo ataque de Wallace depois de um longo rally. O Brasil marcou 5 a 4 no início.

A má recepção de Leal afetou o placar e os Estados Unidos conseguiram avançar. Lucarelli, que não teve nenhum erro de saque até aquele momento, marcou dois aces após um ataque bem sucedido e o time brasileiro conseguiu uma vantagem de 3 pontos. Sua participação no saque é encerrada por uma recepção magnífica dos estadunidenses e uma armadilha de Taylor Sanders.

O time estadunidense fica tenso, suas vibrações contagiantes em cada ponto já não existem mais. Wallace explora o bloqueio adversário e dá fortes ataques — quando um desses acerta o líbero dos EUA, Que Tiro Foi Esse volta a tocar na arena. Com isso, o Brasil conseguiu um placar de 15 a 11.

Todavia, as péssimas recepções de Leal voltaram a impedir o avanço do time brasileiro e DeFalco e Sanders se aproveitam disso com cortes na diagonal. Depois de um bloqueio do Lucão, Leal voltou para o ataque e marcou com Wallace. O placar ficou 19 a 16.

Próximo ao final, como nos outros sets, Estados Unidos volta a avançar, mas os pontos de Lucarelli e de Lucão fazem o placar encerrar com 25 a 21.

Último Set: cansativo e repetitivo

Bruno comemorando pontos. [Imagem:Twitter/@TimeBrasil]
Para finalizar, os Estados Unidos iniciaram na frente com 7 a 4, apesar da exploração do bloqueio adversário feito por Lucarelli e cortes poderosos de Wallace que atingiram os estadunidenses. Leal conseguiu melhorar ainda mais o seu nível e o empate ocorreu com 8 a 8.

Lucarelli chega ao saque mais uma vez e, graças a erros de recepção dos estadunidenses, o time brasileiro marcou 3 pontos seguidos e os ultrapassou.

Bloqueios e ataques de Leal, junto ao ace de Wallace, garantiram o avanço do time brasileiro e o placar ficou 15 a 11. Lucarelli fez uma ótima recepção de saques adversários com velocidade de 120 km/h que, junto ao desafio ganho pelo Brasil e outro perdido pelo EUA, abre uma vantagem de 5 pontos.

Contudo, Sanders marcou um ace e DeFalco fez um ponto e, novamente próximo o final, os EUA começaram a alcançar o Brasil. Esse caráter repetitivo do jogo o deixou cansativo de assistir.

Os ótimos saques seguidos do estadunidense Anderson, que acarretou em um placar com 21 a 20 para o Brasil, foram interrompidos por um que caiu fora, do qual EUA pediu desafio e perdeu. Com isso, pontos de exploração do bloqueio são executados pelo time brasileiro e o match point é feito com uma largada de Leal. O Brasil fez 25 a 20 pontos no set final e venceu os Estados Unidos nas olimpíadas pela primeira vez em 17 anos por 3 sets a 1.

 

*Imagem de capa: Twitter/@TimeBrasil

 

Tóquio 2020 vôlei

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