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A América Latina se une pela música

A série Clubversão, que já conta com duas temporadas, propõe-se a reunir artistas que nunca colaboraram presencialmente antes para gravar, em um único dia, uma releitura de algum clássico da música. No dia 2 de setembro, estreia o Clubversão Latina no canal Cinemax. O novo programa tem mais cara de spin-off do que de uma …

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A série Clubversão, que já conta com duas temporadas, propõe-se a reunir artistas que nunca colaboraram presencialmente antes para gravar, em um único dia, uma releitura de algum clássico da música. No dia 2 de setembro, estreia o Clubversão Latina no canal Cinemax. O novo programa tem mais cara de spin-off do que de uma continuação linear: a proposta continua, mas focada em cantores e instrumentistas latinos. 

A série mostra o processo criativo pelo qual os artistas passam até a gravação da música. Eles são buscados por uma vã da produção, descobrem qual música irão gravar e vão até um estúdio no Bom Retiro, em São Paulo-SP. Chegando lá, fazem um brainstorm e sobem as escadas da casa do avô do produtor musical da série, que foi transformada em um estúdio moderno.

Tudo precisa estar pronto em um dia. Isso dá ao programa um certo ar de reality: o espectador fica o tempo todo curioso para saber como ficará a música. Isso prende a atenção até o momento em que ela é tocada no final, e o resultado compensa a espera. O que se tem é uma versão moderna e revigorada de músicas que todo mundo conhece nem que seja somente o refrão, consagradas nas rádios e na boca das pessoas.

Em conversa com jornalistas, a produtora da série, Renata Galvão, falou que o acompanhamento do processo criativo é como “espiar pelo buraco da fechadura.” Não é comum saber o que se passa dentro das portas dos estúdios de gravação, já que apenas  o resultado final , a música, chega ao público. O processo, no entanto, pode parecer um tanto complicado para aqueles que não entendem muito do mundo musical, já que os artistas envolvidos estão falando em “abaixar um tom” ou “subir uma nota”.

Mas esses comentários mais técnicos de maneira nenhuma excluem o fato de ser muito interessante acompanhar a criação de músicas da maneira intimista que Clubversão Latina propõe. Quem assiste à série pode sentir-se privilegiado por conseguir ver cantores renomados em seus processos criativos. É divertido ver como essas pessoas trabalham e têm ideias para melhorar uma música em menos de 24 horas. 

Segundo Renata, a proposta de se fazer uma versão Latina para série está justamente em perguntar o porquê da falta de intercâmbio cultural que existe entre latino-americanos. “A gente fica segmentado por conta da língua, mas isso não deveria ser uma barreira, porque estamos todos territorialmente muito próximos.” A iniciativa surge em um contexto em que o problema histórico de falta de alinhamento na América Latina não foi superado e muitos imigrantes dessa região vêm ao Brasil. 

A série parece questionar se não está na hora de haver uma maior integração no sub-continente. Já se escuta muito o pop brasileiro nos países vizinhos, e Clubversão Latina busca de maneira muito válida subverter essa lógica ao apresentar diversos instrumentistas e cantores latinos ao público do Brasil. E a parte mais bonita está não apenas em apresentar, mas também em fazê-los dialogar com os artistas brasileiros por meio da música. 

 A cantora mexicana Julieta Venegas, que participou do primeiro episódio, chamou o portuñol – mistura entre o português brasileiro e o espanhol – de “língua do futuro”. Ela e o rapper Emicida tiveram que criar uma nova versão de Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa. A combinação é certamente inusitada, mas, ao final, o que se tem é uma bela versão do samba de 1951. Nesse sentido, o objetivo do programa é cumprido muito bem: unir artistas que poderiam gerar um resultado inesperado e que as pessoas não imaginariam. 

Sobre as combinações inusitadas, o público ainda pode esperar, para o restante da temporada, a junção de artistas como Gilberto Gil e Zeca Pagodinho; Pitty, Tim Bernardes e Flor Amargo; e Daniela Mercury, Assucena Assucena e Raquel Virginia. A terceira temporada contará com 13 episódios e poderá ser assistida às 18h das segundas-feiras, a partir do dia 2 de setembro, no Cinemax. 

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