Barrabás (Barabbas/Varavva, 2019) é um épico bíblico com direção de Evgeniy Emelin. Pôncio Pilatos (Konstantin Samoukov), pressionado pela população que exigia a crucificação de Jesus Cristo, tenta um último recurso: valendo-se de uma tradição judaica, manda trazer um prisioneiro condenado por assassinato, chamado Barrabás (Pavel Kraynov), e concede ao povo o direito de escolher qual condenado à morte deveria ser solto na páscoa. Dessa forma, o filme é contado na perspectiva do assassino absolvido.
A abordagem do roteiro é emocional e intelectualmente sincera. A capacidade narrativa garante a imersão do espectador durante os 115 minutos de trama. Jesus Cristo só existe como uma imagem simbólica e a história baseada em dogmas bíblicos é ficção. Barrabás é uma versão cinematográfica do livro Barrabás de Marie Corelli, não da Sagrada Escritura.
A cinematografia está repleta de atmosfera, apesar das vicissitudes da angústia interior do protagonista, a obra proporciona um lado artístico belo. Em diversas cenas, a fotografia é resplandecente, o que sublinha a ideia principal do enredo: a possibilidade de iluminação e repensar.
A obra cinematográfica é encenada com seriedade pelo elenco. Destaque para a interpretação Regina Khakimova, a qual conquista simpatia, apesar das atrocidades inomináveis que vão sendo cometidas pela sua personagem. Judith (Regina Khakimova) é o arquétipo da femme fatale: mulher que seduz e engana o herói e outros homens para obter algo que eles não dariam livremente. Entretanto, a personagem é complexa em sua personalidade e exatidão.
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Além disso, pela primeira vez na Rússia, um longa-metragem é baseado na história bíblica de crucificação e ressurreição do Messias.
O longa estreou no Brasil dia 12 de dezembro. Confira o trailer:
Adorei o filme, apesar de não retratar a realidade, foi extraordinário o seu enredo demonstrou seriedade e capacidade de compreensão, muito bonito mesmo, Parabéns aos atores e diretores.