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Campus Party repensa a sociedade em nova fase

CPBR9 – Campus Party Brasil nona edição. Com foco na educação e na diversidade, a CPBR fechou o terceiro dia seguindo uma linha mais social e com a participação de muitos palestrantes ilustres, além de ter ocorrido uma manifestação nerd causada pela rápida falta de energia no Pavilhão de Exposições Anhembi. Educação do futuro O …

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CPBR9 – Campus Party Brasil nona edição. Com foco na educação e na diversidade, a CPBR fechou o terceiro dia seguindo uma linha mais social e com a participação de muitos palestrantes ilustres, além de ter ocorrido uma manifestação nerd causada pela rápida falta de energia no Pavilhão de Exposições Anhembi.

Educação do futuro

O pesquisador brasileiro Vanderlei Martinianos deu início as programações do palco principal propondo que a educação se adapte ao mercado. Apostando nas grandes transformações do futuro, ele afirma que “a educação será o próximo passo para uma revolução social sem precedentes […] com o uso massivo de tecnologia, facilitando o aprendizado”. Outro entusiasta dessa integração é o CEO da Matific, projeto voltado para o ensino de matemática, Guy Vardi, que criticou o tratamento ainda atual da sabedoria como commodity, como se fosse algo que pudesse ser transferido de um lugar para o outro.

Para que haja um aprendizado real, é necessário entrar em ação, adaptando o conhecimento escolar ao dia-a-dia das pessoas, e é aí que a tecnologia entra na história. Além de demonstrar seus aplicativos, Vardi exemplificou o uso tecnológico na educação através de pesquisas que apontam que a atividade cerebral é muito pouco estimulada durante uma palestra/aula oral e apresentou o sucesso de uma atividade desenvolvida na Inglaterra que desafiava os alunos a reescrever Shakespeare no twitter, o que requer que o estudante realmente conheça os sentimentos das personagens e a narrativa. Além disso, falhar em um jogo é bem mais construtivo do que falhar em uma prova, porque você sempre tem uma chance de reiniciar.

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Guy Vardi desaprova o atual tratamento da educação “sabedoria não é commodity como a tecnologia” (Foto: Catarina Ferreira)

Falando em educação, as famílias nerds também tiveram espaço para debater as fortunas e conflitos na criação de seus filhos. Coincidência ou não, quando os palestrantes chegaram no tópico ateísmo, a energia do Anhembi acabou. “Peça desculpa pra Deus”, a plateia brincou. Os campuseiros imediatamente se organizaram levantando cadeiras e se sentaram na frente da central da Telebras, responsável pela divina internet de 40GB deste ano, reivindicando pizza gratuita. Tal incidente reuniu até o diretor-geral da Campus Party na sala e o serviço foi restabelecido rapidamente.

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“LIBERA A PIZZA. PIZZA! PIZZA! PIZZA” (Foto: Larissa Lopes)

O geek de hoje é o chefe de amanhã

Direto do tempo em que “a internet era coisa de universitário e não ia dar certo”, Renato Degiovani, o primeiro desenvolvedor de jogos brasileiro, contou sobre sua carreira e as mazelas da economia nacional nas décadas de 80 e 90 para os jovens que estão entrando na área da informática agora. Defensor ferrenho do fomento ao mercado interno, Renato, enquanto era editor, não dava vez para quem pirateasse os produtos nacionais e “ditava” as vendas de computadores, já que os seus programas eram muito requisitados e faziam parte do produto. Na sua época, não era possível construir seu próprio projeto sem o apoio de uma empresa, hoje, ele aconselha a quem desenvolve programas e jogos independentemente que trabalhe com o que ama, mas com foco.

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Pioneiros da informática trocam experiências com jovens da CPBR (Foto: Catarina Ferreira)

Mesmo rumo tomou o Omelete, que teve duas palestras simultâneas nesta tarde. Nathalia Bridi e Thiago Romariz dividiram os caminhos pessoais até conquistar o emprego dos sonhos.

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Jornalistas do Omelete contam como lidam com o deslumbramento e o comprometimento (Foto: Larissa Lopes)

Entretenimento

“Quebrando esteriótipos: aprenda a criar personagens para games” foi o primeiro workshop do dia, ministrado pelas empreendedoras Rebeca Puig e Alice Mattosinho, que tiveram a companhia de um público muito aberto e disposto a explorar novas características das personagens que liderarão suas histórias e enriqueceram a palestra com exemplos a todo o momento. “Na hora de criar um personagem, a gente tem que se questionar: por que nós trabalhamos sempre um único tipo, mesmo tendo tanta diversidade?”, pergunta Alice. Dentre as dicas para caracterizar bem uma personagem, sem ferir uma minoria ou cair na zona de conforto dos biotipos que vendem, as artistas aconselham que pessoas que façam parte da minoria escolhida sejam consultadas, para que a vivência seja integrada com a aparência e torne a história mais factível.

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Mulheres guiam workshop sobre diversidade para um público majoritariamente masculino (Foto: Catarina Ferreira)

De volta ao palco principal, o uruguaio Agustín Ferrando, revelação latina do Cartoon Network, contou sobre a breve trajetória que teve até chegar na multinacional. Apaixonado por filmagens desde criança, Agustín e sua namorada decidiram criar o canal no youtube Tiranos Temblad, motivados por um vídeo de um senhor flagrando uma mulher roubando flores de um canteiro. O propósito é contar pequenas histórias que formam o dia-a-dia do Uruguai, como um garoto que veste a camiseta pulando ou uma mulher que entra uma toca bem profunda pra salvar três cachorrinhos. A Cartoon disse que, com esse canal, conseguiu entender a função da internet e decidiu desenvolver um tipo de entretenimento que pudesse ser consumido tanto online como na TV, parte da tendência mundial da trasição do analógico para o digital.

Outra novidade da TV é a programação da Syfy turbinada com a longeva série britânica Doctor Who, cuja a nona temporada deve estrear dia 4 de março no canal. Não se sabe se a emissora pretende lançar as outras temporadas.

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Doctor Who estreia dia 4 de março na Syfy (Foto: Larissa Lopes)

Por Larissa Lopes

larissaflopesjor@gmail.com

 

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