Após anunciar nova fase na última edição, a Campus Party retorna com uma programação mais científica e empreendedora. No ano passado, o tema “Feel the Future” (Sinta o Futuro) foi definido como a nova identidade e visão do megaevento, que se preocupará ainda mais com o impacto e o potencial da tecnologia no futuro durante as próximas edições.
Apesar de ter deixado uma impressão mais social e inclusiva na nona edição, a CPBR10 acabou optando por dar enfoque na comemoração de 10 anos de evento no Brasil. Oficialmente, no entanto, o tema mundial do megaevento é “Women in Science” (Mulheres na Ciência), mas a programação do palco principal não inclui palestras sobre o assunto.
Outro tópico que surgiu ano passado é a Campus Fórum, o Fórum de Cidades Inteligentes e Humanas que discute e encoraja o desenvolvimento de smart cities. Ela aparece com frequência na programação, mas não com tanta força, pois não estão confirmados grandes nomes políticos para debater o assunto.
Em 2016, o ex-prefeito Fernando Haddad esteve presente no palco principal para discutir os desafios da cidade de São Paulo. Este ano, Buenos Aires é a cidade contemplada como modelo de smart city.
O Sala 33 esteve presente na coletiva de imprensa da Campus Party. Francesco Farruggia, fundador do evento, comenta a missão e a importância da CPBR.
Com a identidade mais amadurecida, o evento busca priorizar e proporcionar aos campuseiros a melhor experiência possível com o desenvolvimento tecnológico. Nesse aspecto, a Campus deste ano acertou em duas novas propostas: as hackathons e o palco Campuseiro Curador.
Hackathons são maratonas hacker que buscam desenvolver soluções para problemas sociais aproveitando o espírito inovador, tecnológico e empreendedor dos participantes.
Junto com os patrocinadores, a Campus organiza agora diversas hackathons e, entre elas, se destaca a The Big Hackathon, em parceria com a ONU. O desafio dura 100 horas e procura desenvolver soluções tecnológicas para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela organização.
Já o palco Campuseiro Curador é um espaço onde serão realizadas palestras sugeridas e realizadas pelos próprios campuseiros inscritos. Tentando manter o público próximo do evento, a Campus também lançou um aplicativo para os participantes interagirem entre si. Ele pode ser baixado na App Store e no Google Play.
Visita ao camping guiada por Tonico Novaes, diretor-geral do megaevento.
Além do espaço pago, onde as principais palestras ocorrem e está disponível a famigerada internet de 40GB, há também a Open Campus, espaço aberto e gratuito a todos. Na Open, estão presentes os stands e palcos dos patrocinadores do evento, que parecem ter caprichado na programação nesta edição de 10 anos: vai rolar muita batalha de robôs e o primeiro Campeonato Brasileiro de Drones.
O evento espera que cerca de 80 mil pessoas passem pelo local durante os cinco dias de programação.
Este ano, a Campus não esgotou os ingressos antes de sua abertura. A assessoria estima que até ontem foram vendidos cerca de 7.500 ingressos dos 8.000 reservados para campuseiros. Os últimos podem ser reservados pelo site e retirados na entrada do evento, que está localizado novamente no Parque Anhembi.
Por Larissa Lopes
larissaflopesjor@gmail.com