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Graças a Ye – Jesus é rei e louvado em novo disco de Kanye West

Depois de adiamentos e muito atraso, o cantor e produtor norte-americano Kanye West lançou na última sexta-feira (25) seu nono álbum de estúdio, intitulado Jesus is King. Como o próprio artista havia anunciado, o disco introduz uma expressão gospel dentro do seu costumeiro rap; e, mesmo que a atitude não seja exatamente inovadora, a execução …

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Depois de adiamentos e muito atraso, o cantor e produtor norte-americano Kanye West lançou na última sexta-feira (25) seu nono álbum de estúdio, intitulado Jesus is King. Como o próprio artista havia anunciado, o disco introduz uma expressão gospel dentro do seu costumeiro rap; e, mesmo que a atitude não seja exatamente inovadora, a execução é bela. Saindo da zona de conforto, o artista consegue imprimir sua singularidade musical no mais recente trabalho.

Ye mostra saber lidar bem com influências variadas, reflexo de sua carreira que já flertou também com electropop, R&B, indie rock e até soul e gospel. Aqui, ele alterna entre músicas predominantemente rap, outras sobretudo gospel, e as demais mesclando os dois gêneros de forma muito orgânica. O disco se ergue sobre essa diversificação, que só é eficiente graças à habitual maestria de West na produção das faixas.

A flutuação de estilos é, no entanto, acompanhada de uma homogeneidade nas letras. Sem nenhum palavrão, todas as canções seguem uma temática religiosa: às vezes tratando de virtudes, eventualmente reproduzindo conselhos e ensinamentos bíblicos, e principalmente louvando Jesus e o Deus cristão. É possível sentir a presença marcante da fé na vida do compositor, que já abordara essas questões anteriormente, mas nunca de forma tão veemente. Apesar de não expandir o conteúdo interno, o direcionamento devoto talvez faça do disco o seu mais coerente do começo ao fim.

Kanye West durante sua performance, em forma de culto musical, no festival Coachella de abril deste ano. [Imagem: Rich Fury/Getty Images North America/AFP]
Jesus is King não é perfeito. Kanye cai algumas vezes em um clichê pessoal ao utilizar demais o recurso de silenciar repentinamente algum instrumento ou todo o background. Além disso, como em seus últimos lançamentos, falha em construir um clímax para o álbum – a disposição das músicas poderia ter sido alterada para cumprir esse propósito.

Nada disso tira o brilho da obra. Mais uma vez, Yeezy prova que seu valor como um dos artistas mais bem-sucedidos do século é tão grande quanto as controvérsias nas quais vive se envolvendo. Em meio a uma cena de hip hop contemporânea dominada pelos repetitivos traps e mumble raps, Jesus is King se sobressai e demonstra a amplitude dos horizontes possíveis nesse gênero.

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