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O legado da 14ª edição da Pixel Show

Imagem: Bianca Muniz / Jornalismo Júnior Nos dias 10 e 11 de novembro, aconteceu o Pixel Show, considerado maior festival de arte e criatividade da América Latina. Em sua 14ª edição, o evento tinha como lema #ConstruaSeuLegado, e se mostrou uma rede para aproximar criativos de muitos lugares do país e de diversas áreas de …

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Imagem: Bianca Muniz / Jornalismo Júnior

Nos dias 10 e 11 de novembro, aconteceu o Pixel Show, considerado maior festival de arte e criatividade da América Latina. Em sua 14ª edição, o evento tinha como lema #ConstruaSeuLegado, e se mostrou uma rede para aproximar criativos de muitos lugares do país e de diversas áreas de atuação, desde marcenaria até animação no cinema, por exemplo.

O evento tinha 80% de seu conteúdo gratuito, que fazia parte da Feira de Criatividade; logo, não era preciso desembolsar entre 160 e 600 reais para desfrutar da maior parte das suas atrações. No entanto, o ingresso pago dava direito à Conferência Internacional de Criatividade que, de acordo com o tipo de ingresso obtido, possibilitava o participante a acessar palestras, workshops e salas temáticas, conforme lotação ou inscrição.

“Conexão” foi a palavra mais escutada no meio de palestras e mesas da Pixel Show. A necessidade de se conectar esteve presente desde a facilidade de acesso ao espaço Pro Magno, com as vans gratuitas do metrô Barra Funda ao pavilhão de eventos, até o wifi liberado para visitantes, que desejavam essa conexão para participar de promoções em estandes ou apenas postar uma selfie nos locais mais interativos. Mas não parou por aí: conectar-se estava além das necessidades físicas dos visitantes. Dentro da temática da feira, foi possível estabelecer networking com diferentes profissionais da área criativa.  Como no Espaço RH, um canal para a comunicação entre recrutadores e candidatos a vagas de emprego e exibição de portfólio.

A Feira de Criatividade aconteceu no térreo do pavilhão de eventos. Nela, encontravam-se iniciativas diversas em arte, tecnologia e conhecimento. Um dos pontos mais impressionantes da Feira era o Espaço Makers, onde os criativos exibiam suas produções em arte impressa (com prints, adesivos e zines), bordados, bottons, quadros, roupas, bolsas e até canudos de metal. O visitante poderia comprar os itens e ainda conversar com o produtor ali, frente a frente. Muito dos expositores e interessados pelos artigos da feira são adeptos do movimento “compro de quem faz”, que incentiva a compra de artigos de artesãos e artistas independentes.

Também parte da Feira de Criatividade, as Sharp Talks eram palestras curtas, diretas e inspiradoras. Uma das Sharp Talks assistidas pelo Sala33 foi a de tema “Inovação e criatividade na educação”, em que alunos de ensino fundamental e médio apresentaram soluções criativas para problemas encontrados ao seu redor. Vale destacar que, em sua maioria, os projetos foram apresentados por alunos de colégios particulares, o que faz indagar sobre o espaço da criatividade na escola pública.

Em outro momento, vimos a palestra do quadrinista Aureliano Medeiros, contando a sua experiência em fazer quadrinhos autobiográficos. Em sua página (@oiaure), o artista expõe sua vida, apresentando suas angústias e alegrias com um Aure representado em desenho nu. A fala de Aureliano mostrou que seu processo criativo é “pautado na urgência e permissão da falha” e que a linha que separa o artista do personagem é praticamente inexistente em seu trabalho. Aure diz muito sobre os quadrinhos serem algo que lhe ajuda a viver, e brinca não entender como tem gente que não utiliza da criatividade para manter a sanidade.

Ali perto, o visitante poderia fazer uma tatuagem no Tattoo Festival com um dos artistas do estúdio Hostel Tattoo. Ou poderia atravessar o pavilhão e conferir as exposições, como a grandiosa Lego Users Group, que trazia várias maquetes e estruturas em Lego; a Interferências, do artista goiano Toninho Euzébio, que mistura desenho e fotografia; ou a Meu primeiro Vídeo Game, que chamava atenção de crianças e adultos com os consoles nostálgicos dos anos 70 até 2000. E por falar em crianças, elas também tinham o Espaço Kids, rodeado por peças de Lego gigantes e com a presença de monitores para entreter os pequenos.

Os estandes do evento tinham como principais produtos objetos de papelaria, decoração e design, além de escolas de cursos em criação. Chamou atenção o painel formado por post-its, em que os visitantes respondiam em papéis coloridos a pergunta “o que deveríamos conversar hoje para que o Brasil se torne referência em criatividade em 10 anos?”

Ainda no térreo, havia espaços para Live art, em que artistas pintavam painéis ao vivo, uma arena musical com apresentações de bandas independentes e um pequeno festival gastronômico.

Além dos espaços de exposições, o evento contou com muito conteúdo para aprendizado, como os workshops (em estandes, como o da Polca, ou os da Pixel Show, comprados antecipadamente) e a Conferência Internacional de Criatividade. A Conferência acontecia no andar superior do pavilhão, e abrigou as salas temáticas e palestras. O conteúdo da conferência abordava as diferentes faces do universo criativo: as sete salas temáticas, por exemplo, tinham palestras sobre Empreendedorismo, Publicidade & Música, Tecnologia, Arte, Economia Criativa entre outros temas.

Já as palestras da conferência aconteciam em um auditório com capacidade para mais de 3 mil pessoas. O Sala33 viu a palestra “A jornada da fotografia documental”, com Érico Filler, em que foram lançadas e discutidas algumas perguntas sobre o espaço da criatividade na fotografia documental – isto se houver espaço. A discussão ocorria enquanto o palestrante exibia alguns de seus trabalhos.

Os dois dias de evento pareceram pouco tempo para aproveitar todo o conteúdo o que ele ofereceu. No meio de tantas atrações, a sensação que fica é a vontade de tirar as ideias da cabeça e colocá-las em prática. Instigar os visitantes a criarem: este é o legado construído pela Pixel Show.

Por Bianca Muniz
biancamuniz@usp.br

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