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Uma volta pela BGS além do mainstream

Imagem: Léo Lopes Nesse terceiro dia de BGS, o Sala33 diversificou sua vivência e foi atrás de games menos tradicionais. Cada dia mais lotado, os estandes de jogos Indie, Arcade e do desafio Brasil Game Jam são uma boa escapatória tanto para evitar as gigantescas filas que se formam, quanto experimentar o que há de …

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Imagem: Léo Lopes

Nesse terceiro dia de BGS, o Sala33 diversificou sua vivência e foi atrás de games menos tradicionais. Cada dia mais lotado, os estandes de jogos Indie, Arcade e do desafio Brasil Game Jam são uma boa escapatória tanto para evitar as gigantescas filas que se formam, quanto experimentar o que há de novo no cenário dos jogos.

Imagem: Léo Lopes

Arena Arcade: os jogos do passado ainda encantam

Para quem buscava um recanto de nostalgia, certamente o encontrou. A BGS trouxe um estande especial para quem é fã de fliperama. Todos os jogos da antiga moda estavam disponíveis gratuitamente para o uso dos visitantes, contando com simuladores de corrida, mesas de Pinball, além de outras modalidade clássicas.

Nenhum dos arcades ficaram extremamente lotados, mas alguns realmente se destacaram. As maiores filas se encontravam nos jogos em que você podia testar sua força com o soco. Não com muito menos concorrência, os game de corrida com já conhecidíssimo design em formato de carro também cativaram diversos fãs.

Fora esses, outros jogos nesse mesmo local também foram bastante movimentados. O hóquei de mesa atraia muitas pessoas por oferecer uma boa jogabilidade, ser viciante e oferecer uma competitividade acirrada para qualquer um que quisesse se aventurar. Na contra-mão, o arcade futebol exigia muitas habilidades de quem se aventurasse: além do bom manejo com as mãos, o jogador precisaria chutar uma bola posicionada como seu controle dos pés.

Ainda na linha de esportes, a Arena oferecia mais algumas opções para quem quisesse se aventurar um pouco mais. Um Kinect ligado para jogar tênis, os jogos antigos de dança em que setas são postas no chão para que o jogador pise conforme a sequência da tela, e, não menos importante, uma cesta de basquete para quem quiser ver se o calibre dos seus arremessos estão em dia.

E como cereja do bolo, não podiam faltar os jogos mais populares de sempre dos fliperamas. Pacman, da geração mais old school; The King of Fighters para os amantes da luta em 2D; Metal Slug, sem o empecilho de contar o dinheiro para comprar fichas de tanto morrer no game; e até mesmo o simples, e amável, Pinball. Esses e muitos mais jogos fizeram bombar as raízes da cultura gamer.

Avenida Indie: Gang Beasts rouba as atenções

Diversos jogos compuseram uma extensa passarela com diversos estandes de jogos independentes. Entre os vários que o Sala testou, alguns chamaram atenção por peculiaridades únicas e boa parte realmente apresentou uma qualidade acima da média, principalmente levando em consideração o menor investimentos que essas produtoras têm.

Começando por Insania e Fobia, os dois jogos de terror que se destacaram. Insania ainda está na sua fase Alpha (ou seja, ainda será lançado mais uma versão, esta Beta, para depois lançar a sua definitiva). Esse game propõe ao jogador uma atmosfera de suspense com elementos aterrorizantes. A proposição é de fazer o player pensar ao mesmo tempo que haverá os temidos jumpscares de forma moderada. Por outro lado o Fobia, que estava inclusive entre os jogos destacados no site da BGS, já possui versão Beta disponível. Assumindo a pele de um jornalista e tendo que lidar com uma série de mistérios sobrenaturais, o jogo constrói seu terror psicológico com puzzles, belos gráficos e uma trilha sonora apavorante. O Fobia ainda está sendo moldado com base no feedback do público e a julgar a quantidade de gente que parava no estande, o resultado final promete.

Dois jogos que buscaram a simplicidade também chamaram atenção: Adore e Try. Die. Repeat.. O primeiro é um RPG simplificado, com visão do alto, e oferece um sistema de combate a partir de invocações do protagonista. O segundo, com minimalismo na jogabilidade e um título mais sugestivo, testa a paciência e exige muita inteligência e habilidade. O objetivo de passar por fases parece fácil, tirando o fato de que tudo é mais difícil do que aparenta e em alguns momentos você precisa morrer para usar o personagem que ficou para trás de apoio.  

Já a grande sensação foi definitivamente Gang Beasts. Mais um jogo de caráter simplório: diversos lutadores são colocados numa arena e são todos contra todos. O vencedor é o último que sobreviver e perde quem for arremessado para fora. No entanto, as incríveis dificuldades de jogabilidade e os gráficos peculiares deixam as disputas ainda mais divertidas. Os desenvolvedores do jogo organizaram um torneio que atraiu tanta gente quanto os estandes mais bombados. Quem passava em frente parava para olhar por curiosidade, e logo já se via torcendo histericamente, gritando cada vez que acontecia uma eliminação.

Brasil Game Jam: produção frenética de jogos apresenta os resultados

Em uma das iniciativas mais legais da BGS, dez grupos de universitários são colocados em um estande de vidro onde possuem a missão de criar um projeto de game em apenas 48 horas. Detalhe: o tema do jogo só é revelado no início do desafio. A partir daí é fritação pura, poucas horas de sono e muita correria. Quando o tempo se encerra, todos os jogos são colocados para avaliação do público e votação, os cinco primeiros colocados passam pela análise de um júri formado por especialistas em games, e então se decide quem foi o grande vencedor.

Neste ano, o patrocinador master da já tradicional Brasil Game Jam foi o Banco do Brasil, e assim o tema escolhido para os jogos foi educação financeira para crianças. Entre os universitários participantes, conversamos com o pessoal do Fellowship of the Game, um grupo de extensão vinculado ao Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP focado na criação de jogos gratuitos e na propagação de conhecimento na área de desenvolvimento de jogos.
Eles desenvolveram um jogo chamado “Pescando Sonhos” onde em uma logística simples de movimentar um anzol pela tela para pegar diversos objetos e trocar por dinheiro, conseguem trabalhar na criança diversos conceitos financeiros. Inclusive constroem as primeiras noções de investimento, por exemplo, quando se adquire uma ostra que com o passar do tempo vai aumentando o valor de sua pérola caso não a pesque logo de primeira.
A votação para melhor jogo ficou aberta o dia inteiro e o resultado deve ser anunciado já no sábado.


A BGS mostra cada vez mais que seu evento vai muito além das grandes desenvolvedoras de jogos, youtubers e afins, e o público se mostrou receptivo a gastar boa parte de seu tempo com as opções não tradicionais.

Por César Costa e Léo Lopes
cesar.o.costa98@gmail.com | leo.lopes@usp.br

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