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3 bons motivos para assistir à temporada 3 de Twin Peaks

1) 25 anos de espera  25 anos atrás, era transmitido o fatídico último episódio de uma série de televisão que entraria para a história. Inovadora e influente, Twin Peaks contava o que era, à primeira análise, uma simples narrativa de investigação policial: é assassinada a queridinha, rainha-do-baile-de-formatura Laura Palmer (Sheryl Lee), na pequena cidade homônima …

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1) 25 anos de espera

 25 anos atrás, era transmitido o fatídico último episódio de uma série de televisão que entraria para a história. Inovadora e influente, Twin Peaks contava o que era, à primeira análise, uma simples narrativa de investigação policial: é assassinada a queridinha, rainha-do-baile-de-formatura Laura Palmer (Sheryl Lee), na pequena cidade homônima à produção. Foi uma série que poderia ter se resumido a desvendar quem a matou, mas atingiu status cult ao experimentar com surrealismo e explorar a dualidade de personagens misteriosos; além de realizar uma paródia das novelas norte-americanas da época: todos os estereótipos estavam presentes, e prontamente foram destruídos.

Beyond Life and Death (Além da Vida e da Morte)foi visto por mais de 10 milhões de telespectadores nos Estados Unidos no dia 10 de junho de 1991, erealmente foi concebido como o derradeiro capítulo da saga. Cancelada com sua audiência decaindo, Twin Peaks teve uma segunda temporada difícil, após o canal ABC pressionar os criadores David Lynch e Mark Frost a revelarem o assassino de Laura prematuramente, numa jogada de marketing que se mostrou um verdadeiro tiro no pé. Lynch, frustrado, encerrou o programa com suspense, depois alegando que “aquele não é o final. É o final que com o qual as pessoas tiveram que ficar”. Uma das últimas cenas da produção se passa no espaço extra-dimensional do “Quarto Vermelho”, no qual a própria Laura Palmer surge e afirma “Nos veremos de novo daqui a 25 anos” ao detetive Dale Cooper (Kyle MacLachlan). 25 anos depois, não é que ela não estava brincando?

2) A volta de David Lynch

Diretor David Lynch. Imagem: Twin Peaks

David Lynch era a grande mente por trás de Twin Peaks. Junto com o diretor e roteirista Mark Frost, ele foi um dos idealizadores da série desde o seu início, e seu toque característico se fez sentir no desenvolvimento da produção. Lynch é um cineasta consagrado pela crítica; e a mistura de paródia, terror e surrealismo presente em Twin Peaks é recorrente em seus outros trabalhos, como Mulholland Drive (Cidade dos Sonhos), ou Inland Empire (Império dos Sonhos). Embora ele mesmo tenha dirigido apenas 6 dos 30 episódios das duas primeiras temporadas, ele selecionou a dedo os diretores convidados, e controlou a filmagem a seu estilo. Isto é, até meados da segunda temporada. Quando o canal ABC o pressionou a revelar o assassino de Laura Palmer, Lynch se tornou desinteressado pelos novos caminhos da série, e se afastou. A partir daí, Twin Peaks passou a ser criticada por alimentar narrativas paralelas sem propósito ou objetivo aparente. Em entrevista com o veículo The Daily Beast, o diretor admitiu: “Eu tive uma participação muito pequena na segunda temporada, e eu não estou satisfeito com ela. Até o ponto de ‘Quem Matou Laura Palmer?’ eu estava com ela 100%, e então ela se distanciou. Nós tínhamos um ganso que botava ovos de ouro, e nos mandaram decapitá-lo. Mas é um ótimo mundo, o mundo de Twin Peaks, e ele apresenta muitas possibilidades”.

E agora, com a terceira temporada, David Lynch retorna mais presente do que nunca. A série voltará no canal Showtime, e promete ter um mínimo de 9 novos episódios, todos dirigidos por Lynch. Negociações por mais verba levaram o diretor a momentaneamente desistir de sua participação na retomada da produção em meados de 2015. Ele tuitou: “Após um ano e quatro meses de negociação, eu saí porque não fui oferecido dinheiro o suficiente para fazer o roteiro do jeito que eu sinto que ele deve ser feito”. No entanto, devido à grande revolta por parte dos fãs, e uma campanha lançada pelo velho elenco da série (#savetwinpeaks) pedindo pela volta do cineasta, Showtime rapidamente remediou a situação.

3) Um elenco diverso e cheio de estrelas

Elenco da terceira temporada. Imagem: Divulgação

Fãs de longa data da série já podem celebrar: os principais representantes do elenco original declararam lealdade à Lynch, e também estão de volta na terceira temporada para reprisar seus papéis antigos. As omissões mais gritantes foram por parte de Lara Flynn Boyle, que interpretava Donna Hayward; e de Michael Ontkeen, o xerife Truman. Porém, até a saudosa Catherine E. Coulson – intérprete da Log Lady -, que faleceu em 2015, tem filmagens confirmadas.

Novos espectadores também têm bastantes razões para se animarem: além da volta de grande parte do elenco original, a terceira temporada conta com artistas que prometem agradar a qualquer tipo de público – desde as grandes estrelas de Hollywood, como Jennifer Jason Leigh e Amanda Seyfried; às eternas musas do diretor, como Laura Dern e Naomi Watts; das lendas da música alternativa, como Eddie Vedder (do Pearl Jam), e Trent Reznor (do Nine Inch Nails); às novas faces da arte independente, como o ator Michael Cera, e as cantoras Sky Ferreira e Sharon Van Etten. Pouco ainda se sabe da participação de todos esses nomes na série, no entanto, há enorme espaço para a especulação.

Por Fredy Alexandrakis
fredy.alexandrakis@gmail.com

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