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A nostalgia futurística de Dua Lipa

Três anos depois do lançamento de seu álbum de estreia, Dua Lipa volta aos holofotes com seu segundo disco de estúdio, Future Nostalgia. O vazamento de todas as suas músicas na internet acabou por adiantar em uma semana seu lançamento, que aconteceu no dia 27 de março.  Dua Lipa explodiu mundialmente em 2017, após o …

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Três anos depois do lançamento de seu álbum de estreia, Dua Lipa volta aos holofotes com seu segundo disco de estúdio, Future Nostalgia. O vazamento de todas as suas músicas na internet acabou por adiantar em uma semana seu lançamento, que aconteceu no dia 27 de março. 

Dua Lipa explodiu mundialmente em 2017, após o sucesso de New Rules, um dos singles do disco que leva seu nome. Em 2019, a britânica ganhou dois Grammys, um pela faixa Electricity – como melhor gravação dance – e outro como artista revelação.

Sendo assim, a espera pelo novo trabalho era grande. E foi atendida com louvor. Future Nostalgia é um álbum pop que explora diversos estilos e recursos musicais. É daí que se explica o título do disco. A nostalgia futurística é como Dua Lipa intitula seu trabalho, que mistura referências dos anos 80 e 90 – principalmente do disco – com tendências super atuais – majoritariamente da eletrônica. Além desses, há inspirações claras no dance e até na PC Music. Unindo todos esses estilos ao pop, ela criou algo singular, diferente das músicas de sucesso do gênero hoje em dia. Isso acontece de forma evidente na faixa-título do disco, Future Nostalgia. Há uma mistura de gêneros, que se encaixa com êxito na proposta da música.

Capa de divulgação do single 'Future Nostalgia', da cantora Dua Lipa. [Imagem: Reprodução]
Capa de divulgação do single ‘Future Nostalgia’. [Imagem: Reprodução]
Alguns elementos são essenciais para a construção da obra, como o uso de backing vocals, instrumentos variados, ritmos experimentais, efeitos de distorção vocal e refrões chiclete. Numa época de tantos pops genéricos como a atual, Dua Lipa traz uma nova visão do estilo. 

As letras seguem a linha da maioria seus trabalhos antigos, tratando quase exclusivamente de relacionamentos amorosos, em variadas situações. É fácil se identificar com algumas delas, como em Love Again, na qual ela conta como se apaixonou por uma pessoa mesmo após uma desilusão amorosa: 

 

“Foram tantas noites que minhas lágrimas caíram mais fortes que a chuva[…]

Preferia morrer do que ter que viver numa tempestade como antes

Mas, caramba, você fez me apaixonar de novo”

 

O lado empoderado da cantora apresentado ao público desde New Rules também se mostra em seu segundo álbum, a exemplo da faixa Don’t Start Now. O single é um pop disco dançante, com um refrão capaz de contagiar facilmente. A letra trata, basicamente, da superação de um recente término. 

Boys Will Be Boys também é um exemplo de empoderamento. É a mais crítica do álbum. Denuncia a diferença entre a construção social de homens e mulheres, em que homens agem como garotos durante toda a vida. Outro destaque da faixa é o uso de um coro durante o refrão, simulando uma espécie de orquestra. Isso dá uma força maior na construção da mensagem lírica. A música fecha o álbum e é a única que não apresenta ritmos eletrônicos de forma evidente.

Clipe de 'Don't Start Now', da cantora Dua Lipa. [Imagem: Reprodução]
Clipe de ‘Don’t Start Now’. [Imagem: Reprodução]
Cool é uma das músicas mais relaxantes do disco. Difícil, ao ouvi-la, não pensar num clima de férias ou verão. A letra é simples: apenas conta como Dua está apaixonada, o que confere um ar de amor de verão. Também há canções que seguem a linha pop mais clássica, sem tantos recursos eletrônicos. É o caso de Levitating e Physical, que possuem refrões cativantes e backing vocals poderosos.

Uma faixa de grande intensidade vocal é Good In Bed, na qual a britânica explora os graves de sua voz, que combinam com o tom sexual da canção. O título em si dá uma prévia da temática da música: “Bons na Cama”. Em Pretty Please, o destaque está nos recursos rítmicos. Ela mistura instrumentos semelhantes a agogôs ou triângulos com uma batida eletrônica. 

Explorando um tom nostálgico de disco mesclado com pop, há Hallucinate e Break My Heart, as quais remetem a ritmos de Donna Summer e Queen, respectivamente. Apresentam refrões chicletes que exploram efeitos vocais na voz da cantora. 

O clipe de 'Break My Heart', de Dua Lipa, mescla cenas futuristas e retrôs. [Imagem: Reprodução]
O clipe de ‘Break My Heart’ mescla cenas futuristas e retrôs. [Imagem: Reprodução]
Os ótimos números de vendas de Future Nostalgia nos primeiros dias mostram sua força e são merecidos. É uma obra-prima do pop, ainda mais na atualidade em que se arrisca tão pouco em troca de sucessos fáceis nas paradas. Contrariando dúvidas e superstições que caíam sobre sua imagem, Dua Lipa provou que veio para ficar na indústria da música.

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