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Anima Mundi 2016: Histórias Assassinas

O que seria uma animação para você? Algo no estilo dos desenhos Disney com um final feliz, talvez. Não é o que você encontra em Histórias Assassinas (Murderous Tales, 2016). Na verdade, a história passa muito longe de ser um conto de fadas inocente e infantil. O longa-metragem propicia uma viagem através da vida humana. …

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O que seria uma animação para você? Algo no estilo dos desenhos Disney com um final feliz, talvez. Não é o que você encontra em Histórias Assassinas (Murderous Tales, 2016). Na verdade, a história passa muito longe de ser um conto de fadas inocente e infantil. O longa-metragem propicia uma viagem através da vida humana.

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O filme foi dirigido pelo checo Jan Bubenícek, que também trabalhou como roteirista e editor. As histórias misturam animação e atores reais. O longa impressiona pela diversidade de suas histórias e técnicas de animação, que ainda assim conseguem centrar-se, a partir de abordagens diferentes, nos mesmos temas: o heroísmo e a morte.

Histórias Assassinas é dividido em três pequenas histórias. E, no intervalo entre estas, um curta é reproduzido, O Dragão (Charge the Dragon), com o mesmo background, o qual relata a aventura cômica de um cavaleiro de lata tentando derrotar um enorme dragão, feito em animação 3D.

A primeira, de título Antonio Cacto, conta sobre um homem que acabou de herdar o apartamento de seu falecido avô. Logo quando se muda para o local, o personagem acaba sendo alvo de algumas brincadeiras de um pequeno – literalmente minúsculo – velho mexicano ranzinza, que vive dentro de um cacto, seu nome: Antonio Cacto (ou Tony, para os íntimos). No começo, os dois não se suportavam, porém, com o convívio, o neto vai compreendendo as razões do pequeno homem a sua frente, e notando que seus motivos eram tão humanos como de qualquer outra pessoa.

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O segundo conto chama-se Farol (Lighthouse). Dessa vez, com animação 3D e motioncapture, é mostrada uma pequena criatura, que se assemelha a um farol, mas que não passa do tamanho do seu dedo. Esse ser possui uma linguagem própria e fica a explorar um lago e a natureza envolta dele para depois reportar seus conhecimentos adquiridos a um superior. Os backgrounds 2D atraem por sua beleza e detalhe. Durante sua jornada, o pequeno farol se depara com um animal que o encanta muito e é desconhecido por ele, uma vaca, algo muito maior e mais grandioso do que ele próprio.

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O Grande (Big Man) é a última história a ser contada a partir de fantoches e stop motion. Dois assassinos de aluguel, Bruno e Marvin, estão em um carro percorrendo uma estrada para encontrar o seu próximo alvo. Eles nada sabem sobre sua vítima, apenas que ela atende pelo nome de “O Grande”. Segundo Jack – chefe dos assassinos – eles saberão que o encontraram quando o virem. A busca enfrenta diversos obstáculos no caminho, os quais são colocados pelas próprias personagens. Quando eles finalmente encontram o objetivo, descobrem que o nome fazia jus à pessoa. Uma pessoa cem vezes maior do que eles.

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Todas as narrativas contemplam o heroísmo e a morte dos personagens pequenos de formas diferentes, ora de forma cômica, ora de forma triste. Cada enredo é desenhado para trazer à tona diferentes sentimentos ao espectador. O encontro entre o personagem pequeno e grande é o fio que conduzirá a história, a relação desenvolvida por eles levará ao mesmo desfecho, mesmo que a ambição seja diferente.

Histórias Assassinas é uma animação que trará reflexões, mas carregada de algumas risadas tímidas, momentos tristes, épicos e alguns nonsense.

Histórias Assassinas foi exibido durante o Festival Anima Mundi 2016.

Veja o trailer:

por Laura Raffs Guerra
lauraraffsguerra@gmail.com

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