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Caos urbano

No segundo dia de palestras da VI Semana de Fotojornalismo, os fotojornalistas Chico Ferreira e Henrique Manreza debateram o tema “Caos urbano”.  Contando um pouco de suas experiências profissionais e pessoais na área, os palestrantes abordaram como é possível captar com a fotografia o caos das grandes cidades e da rotina de seus habitantes. Henrique …

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No segundo dia de palestras da VI Semana de Fotojornalismo, os fotojornalistas Chico Ferreira e Henrique Manreza debateram o tema “Caos urbano”.  Contando um pouco de suas experiências profissionais e pessoais na área, os palestrantes abordaram como é possível captar com a fotografia o caos das grandes cidades e da rotina de seus habitantes.

Henrique Manreza, fotógrafo que hoje trabalha como freelancer e mantém o blog 28mm, começou o debate falando sobre a imprevisibilidade da fotografia urbana. “De manhã você pode estar fotografando um executivo, de tarde você pode estar com uma mãe que perdeu o filho e a noite estar com crianças na laje”, disse o fotógrafo. Em relação à elaboração da fotografia, ele afirma que nenhuma foto é feita apenas de um “click”, o fundamental do trabalho está no contato humano.

Foto: Malú Damázio

Conversar com as pessoas, ganhar a confiança delas, envolvê-las, é fundamental, pontua Henrique, acrescentando que “você pode estar em uma área e ‘roubar’ uma foto ou estar presente, ganhando a confiança das pessoas ao redor”.  Para o fotógrafo, o ponto fundamental de seu trabalho são as pessoas e suas histórias, o que chama de qualidade de presença. “Todo mundo tem alguma coisa a ensinar. A qualidade de presença faz parte do ato de parar, de olhar para o olho da pessoa e ver que ela está ali”, explica.

O outro palestrante a comentar o caos urbano foi fotógrafo e jornalista Chico Ferreira, que já trabalhou em agências e teve seu trabalho publicado nas principais revistas do país. Dessa experiência, ele afirma a importância de se informar sobre a pauta que irá ser abordada, ressaltando que “sobre qualquer assunto que você se proponha a falar e fotografar, conheça-o muito bem”.

Com o caos, não é diferente. Para o fotojornalista, ele sempre existiu e por mais que pareça que não existe uma ordem vigente, ela existe. As favelas, o trânsito e a violência são formas de caos que nos acostumamos, fazem parte do cotidiano. Sobre a procura pela foto caótica, Chico diz que “não é preciso ir até o Afeganistão para ver uma guerra, estamos vivendo isso aqui em São Paulo.” Segundo ele, o caos urbano não está somente na fumaça, no fogo e nos escombros, mas sim dissimulado, está por toda a cidade. “A 25 de Março é um dos lugares mais ricos para o fornecimento de imagens de São Paulo”, afirma Chico sobre o local da saída fotográfica de quarta-feira (22/08).

Após as palestras, abriu-se um espaço para perguntas, em que os convidados debateram algumas questões da profissão e responderam algumas dúvidas do público.

Fernando Souza

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