O consumismo está além de apenas comprar, pois se trata de adquirir produtos por impulso, sem questionar sua necessidade. Esse fenômeno social pode ser explicado pela teoria da Indústria Cultural de Adorno e Horkheimer, na qual os indivíduos são incentivados pela mídia a gastar dinheiro em bens materiais como tentativa de obter felicidade e status social.
Por Karina Tarasiuk
karinatarasiuk@usp.br
O hábito, assim, é nocivo à humanidade por atingir dois aspectos importantes: o ambiental e o social. No primeiro caso, tem-se a destruição de recursos naturais para a produção de bens às vezes desnecessários e a geração de lixo. No segundo, notam-se a marginalização dos desfavoráveis financeiramente e a criação de um universo paralelo irreal, baseado no poder de compra.
É tão comum observar pessoas carregando sacolas de lojas que o problema parece se amenizar: será que os produtos comprados foram, de fato, necessários ou foram apenas consequência de uma vontade, que, segundo Schopenhauer, é irracional e controla o sujeito?
Roupas, acessórios e sapatos têm destaque nas compras por impulso, principalmente devido às influências provocadas pela indústria da moda.
Lojas utilizam estratégias de marketing para atrair o consumidor por meio da linguagem apelativa.
O público infantil é um dos mais vulneráveis ao consumo, pois ainda não tem a maturidade necessária para pensar suas ações criticamente.
De acordo com a ONU, a humanidade produz mais de 2 bilhões de toneladas de lixo por ano. Quanto poderia ser evitado com a adoção de um consumo consciente?
O consumo de fast food, além de ser inviável à saúde, também o é ao meio ambiente, pois grande parte dos produtos é distribuída em embalagens descartáveis.
O que para alguns é apenas lixo pode ser uma forma de sustento de outros.
Na sociedade de consumo, quem não tem poder de compra, além de viver em situações degradantes, é marginalizado.
Símbolos culturais e artesanatos tradicionais podem perdem seu valor ao se tornarem meros objetos de consumo.
O mundo do consumo é um universo paralelo, ilustrado no shopping center, o ambiente da ilusão. Nele, os indivíduos procuram encontrar sua felicidade por meio de compras de alimentos dispensáveis e de objetos supérfluos.
Porém nem todos precisam de bens materiais em excesso para alcançar a felicidade.
Mais uma vez Schopenhauer provando sua genialidade!!
Documentário nota 10!!!