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Em caso de E.Ts…. corra pro bar!

Por Victória Pimentel vic.oliveira.pimentel@gmail.com ‘’Nos lugares calmos é que as coisas acontecem’’, disse Lisa (Ruth Bradley), umas das personagens de Grabbers (Idem, 2012). Ela se apropria de um dos maiores clichês de filmes de terror e não é por acaso. É na pacata e fria Ilha Erin, na Irlanda, que a história se desenrola. Pescadores somem …

Em caso de E.Ts…. corra pro bar! Leia mais »

Por Victória Pimentel vic.oliveira.pimentel@gmail.com

‘’Nos lugares calmos é que as coisas acontecem’’, disse Lisa (Ruth Bradley), umas das personagens de Grabbers (Idem, 2012). Ela se apropria de um dos maiores clichês de filmes de terror e não é por acaso.

É na pacata e fria Ilha Erin, na Irlanda, que a história se desenrola. Pescadores somem após presenciarem movimentações um tanto estranhas em alto mar. Baleias aparecem misteriosamente mortas na costa. Dois homens capturam um animal não identificado que, apesar de parecer inofensivo, sai vomitando nas pessoas. Já deu pra criar um climinha de suspense, não é mesmo?

Seriam ets, talvez? ‘’OH MEU DEUS! Quem poderá nos salvar?’’, poderiam se perguntar os habitantes da ilha. A árdua tarefa de investigar o que anda se passando sobra para a dupla de policiais O’Shea (Richard Coyle) e Lisa Nolan. O’Shea é um cara um tanto rabugento, que vive meio bêbado e que reluta ao receber a ajuda de Lisa, que vem de Dublin para cobrir a folga de um dos policiais da ilha.

Baleias aparecem mortas na costa: causas naturais ou… algo mais?

Desconfiado, O’Shea nem dá bola quando o beberrão Paddy (Lador Roddy), um dos homens que havia capturado o bicho desconhecido, diz que tem guardado o animal na sua banheira. É, isso mesmo, na sua banheira. O cenário só muda de figura quando um colega de Paddy é decapitado, ao que tudo indica, por um animal da mesma ‘’espécie’’ daquele que foi capturado e quando o próprio Paddy também é atacado, sobrevivendo misteriosamente.

Você deve estar pensando consigo mesmo: ‘’Mas, até agora, parece ser um filme de terror perfeitamente normal!’’. É, engano seu. Preocupados em descobrir do que se trata ‘’a coisa’’ – uma espécie de polvo sem cabeça misturado com sanguessuga e língua de sapo – os policiais levam o bichinho a Dr. Smith (Russell Tovey), um ecologista marinho. Quando O’Shea é atacado e sobrevive inexplicavelmente, assim como Paddy, o grupo chega a bizzara conclusão de que o animal – apelidado carinhosamente de Grabber – é alérgico a alcóol. Oi? É, você não leu errado.

E não para por aí. Ao descobrirem que os grabbers se alimentam de sangue e fora isso, só necessitam de água para sobreviver, o grupo bola um plano para proteger os habitantes da ilha e ao mesmo tempo acabar com a festa dos ets. Como fazer isso? Ah, meu caro amigo, a resposta é muito simples! Vamos deixar a cidade toda bêbada, claro! Assim, numa noite de tempestade (o que atrairia os grabbers), o heróico grupo convida a cidade toda para uma festinha no bar, regada a muito, muito álcool.

A policial Lisa (à esquerda), Dr. Smith (à direita) e O’Shea, ao centro, após ser atacado por um Grabber.

É nesse momento que a gente desiste de levar a sério o filme e passa a se divertir com a história mais maluca e nonsense possível. A começar pela naturalidade impressionante com que os personagens reagem ao se depararem com os ets durante o filme. Os grabbers atacam, arrastam, sugam o sangue das pessoas e ainda sim, está tudo ok.

As cenas mais cômicas são, sem sombra de dúvidas, as do bar. Ninguém escapa da bebedeira. Lisa, a bela policial que nunca havia bebido na vida? Não. O dono do bar? Não. As frágeis velhinhas, que deveriam estar rezando na igreja? Não. O padre, que deveria estar rezando a missa? Também não! O único que permanece sóbrio é O’Shea, para liderar o grupo no ataque contra os grabbers.

O tão famoso Grabber, ao vivo e a cores!

Grabbers, dirigido pelo irlandês Jon Wright, tem uma fotografia de qualidade e conta com boas atuações. Até os efeitos especiais não são tão ruins! Teria tudo para ser um perfeito filme de suspense ou até de terror, mas a história não nega: é tudo muito trash. No meio de toda a tensão, há piadinhas e humor de sobra e tem até espaço para um romancezinho entre Lisa e O’Shea.

É, não tem como levar a sério um filme em que as pessoas devem ficar bêbadas para sobreviverem a um ataque surpresa de ets-polvos-sanguessugas. Mas é preciso admitir: até que dá pra dar boas risadas.

Confira o trailer:

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