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Euro 2024 | Em partida morna, França e Holanda não saem do zero no placar

Partida foi marcada por poucas emoções e decisão polêmica da arbitragem

Por Breno Marino (brenomarino2005@usp.br)

Na tarde da última sexta-feira (21), França e Holanda se enfrentaram em confronto válido pela segunda rodada da Eurocopa 2024, em Leipzig. Em estádio com capacidade para 41.122 espectadores, os torcedores de ambas as seleções testemunharam um jogo disputado e de pouca criação. Recentemente, as duas seleções se enfrentaram pelas eliminatórias da Eurocopa, com duas vitórias para o lado francês – 4 a 0 e 2 a 1.

Como as seleções foram escaladas

A França foi a campo contra a seleção holandesa sem a presença de Kylian Mbappé no time titular, após ter quebrado o nariz na partida anterior, contra a Áustria. Didier Deschamps optou por escalar Tchouaméni no lugar do craque francês, alterando a formação do jogo anterior, escalando a equipe no 4-3-3. Thuram assumiu o papel de atacante central e Griezmann foi deslocado para a ponta-esquerda.

Nesse esquema, Rabiot possui mais liberdade para flutuar entre os setores e atacar quando necessário, com o suporte que Tchouaméni e Kanté oferecem defensivamente. Além disso, os pontas da equipe tendem a cortar para dentro para finalizar as jogadas e criar espaços para o avanço dos laterais, principalmente às investidas de Theo Hernandez. 

Além das mudanças técnicas, Griezmann assumiu a capitania com a saída de Mbappé, que ficou no banco. [Reprodução/Twitter: @equipedefrance]

Do outro lado, a seleção holandesa foi escalada na formação 4-2-3-1, assim como no confronto contra a Polônia. Com a mesma escolha tática, o que mudou na equipe foi a entrada de Frimpong,  escalado no lugar de Veerman. Com a bola, ocupou a posição de ponta pela direita e, ao defender, assumiu a função de ala, visando segurar os avanços de Theo. Reijnders, que já havia jogado na primeira rodada, foi recuado à posição de segundo volante.

A Holanda joga em um 4-2-3-1 com a bola e, sem ela, varia para a 5-3-2, recuando Xavi Simons e Frimpong. [Reprodução/Twitter: @OnsOranje]

A partida

Primeiro tempo – muita disputa, e muitos erros

A partida começou equilibrada, como esperado. Com menos de um minuto de jogo, Xavi Simons passou para Frimpong, que avançou e finalizou para o gol. O chute foi parcialmente bloqueado por Theo Hernandez, e Maignan fez ótima defesa.

Aos 13’, a França teve duas chances para abrir o placar. Rabiot recebeu passe de Thuram dentro da área. Na frente do gol holandês, o meio-campista decidiu tentar passe para Griezmann, que não conseguiu dominar. Logo depois, após recuperação da bola, o jogador chutou à esquerda da meta defendida por Verbruggen, após jogada de Kanté.

Depois desses lances, não houve mais chances claras de gol no primeiro tempo. Enquanto a Holanda sofreu para efetivar as suas chances de contra-ataque, errando muitos passes,  a França encontrou uma defesa muito sólida e compacta, que impediu a criação de chances por parte de Dembelé e Griezmann, e também levou a um excesso de erros de decisão. Além disso, houve muita disputa, com um total de 13 faltas apenas na primeira etapa – dez da Holanda e três da França.

Segundo tempo – breves lampejos e polêmica

No retorno aos gramados, as equipes voltaram como no primeiro tempo. Com pouca criatividade dos dois lados, a partida permaneceu equilibrada e apática, até os 60’ de jogo, quando a França começou a criar mais oportunidades e aumentar seu volume ofensivo. 

Após tabela entre Dembelé e Rabiot, Thuram recebeu e chutou à esquerda do gol adversário, de fora da área. Dois minutos depois, o ponta do Paris Saint-Germain cruzou para cabeceio de Tchouaméni, que passou por cima do travessão. A grande chance da seleção francesa veio aos 65’, quando Griezmann finalizou da pequena área, para defesa do goleiro Verbruggen, após passe de Kanté.

Mesmo com maior posse e criatividade, a França não conseguiu efetivar suas chances em gols e, aos 68’, viu seu adversário abrir o placar. Após rebote de chute de Depay, Xavi Simons marcou o gol que abriria o placar do jogo. Entretanto, em decisão polêmica da arbitragem, por conta de um impedimento de Dumfries, que atrapalhou o goleiro Maignan, o gol foi anulado.

Depois do lance, a seleção francesa perdeu o controle da partida, deixando o nervosismo afetar a performance da equipe, ao mesmo tempo em que a Holanda estava mais confortável, sem sofrer grandes ataques. Dessa forma, o panorama voltou ao mesmo da maior parte do jogo: pouca criatividade, muita disputa e muitos erros. Aos 95’, o árbitro Anthony Taylor apitou o fim da partida.

Com o resultado, a seleção francesa precisa de apenas um empate contra a Polônia, já eliminada, para se classificar à próxima fase. Por outro lado, a Holanda terá uma disputa direta contra a Áustria pela vaga às oitavas de final da Eurocopa.

Destaques da partida

Marcus Thuram

Atacante que assumiu a função de Mbappé na partida, o jogador foi o mais lúcido no setor ofensivo da França. Criando oportunidades para os seus companheiros e se movendo entre os espaços para criar alternativas de ataque, grande parte das chances da seleção passaram por seus pés.

N’Golo Kanté 

Depois de deixar os gramados europeus para jogar no futebol saudita, muitos acreditavam que Kanté deixaria de figurar entre os principais volantes do mundo. Entretanto, o ínicio de Eurocopa do jogador contradiz essa afirmação. Muito sólido defensivamente, o atleta ocupa todos os espaços do campo, indo da defesa ao apoio de ataque rapidamente, sem demonstrar qualquer cansaço físico. Kanté foi imprescindível na partida contra a Holanda, dando segurança a equipe e auxiliando na criação ofensiva.

Kanté foi nomeado o melhor jogador da partida, pela segunda vez consecutiva [Reprodução/Twitter:  @equipedefrance]

Nathan Aké

Zagueiro de ofício, o jogador do Manchester City é improvisado na lateral-esquerda tanto em seu clube quanto na seleção holandesa. Na função, Aké demonstrou ser muito seguro defensivamente e ter técnica para jogar partindo da defesa. O atleta conseguiu conter as investidas de Dembelé e de Koundé pela direita, sem sofrer grandes perigos.

Jeremie Frimpong

Com a difícil tarefa de cobrir os avanços do bom lateral Theo Hernandez, o ala holandês teve êxito na função, sem fornecer espaços para o atleta francês. Além disso, Frimpong foi uma importante válvula de escape pela direita, contando com sua velocidade e agilidade para formar os contra-ataques. 

Frimpong participou do primeiro título de Bundesliga da história do Bayer Leverkusen, na temporada 2023/24. [Reprodução/Twitter: @OnsOranje]

Xavi Simons

Na melhor temporada de sua carreira, Xavi Simons foi importantíssimo na campanha do Leipzig na Bundesliga 2023/24. Na seleção, o meia é uma das principais esperanças e promessas para os próximos anos. Contra a França, Simons foi responsável por criar grande parte das oportunidades holandesas e, além disso, fez o único gol da partida, anulado pela arbitragem.

Aos 21 anos, Xavi Simons tem 15 jogos e um gol pela Holanda [Reprodução/Twitter: @OnsOranje]

Ficha Técnica

França 0 x 0 Holanda

Data: 21/06/2024

Horário: 16 horas (de Brasília)

Local: Leipzig Stadium (Leipzig, Alemanha)

França: Maignan; Theo Hernandez, Upamecano, Saliba, Koundé; Kanté, Tchouameni, Rabiot; Griezmann, Dembelé (Coman) e Thuram (Giroud)

Holanda: Verbruggen; Aké, Van Dijk, De Vrij, Dumfries; Schouten (Wijnaldum), Reijnders, Xavi Simons (Veerman), Gakpo, Frimpong (Geertruida); Memphis (Weghorst)

Cartões amarelos: Holanda – Schouten (30’)

Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra)

*Foto de capa: [Reprodução/Twitter: @UEFAcom_pt]

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