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Viajar é curioso

Quando viajamos, vamos conhecer o novo: lugares, pessoas e experiências. Mesmo indo para locais que nunca fomos, quando planejamos uma viagem, já começamos a tomar algum contato com a cultura. Assim, já temos uma ideia do que nos espera, aonde ir e o que observar. Nas últimas férias, fui à Irlanda, Inglaterra e Holanda. Nas cidades irlandesas de Cork e Dublin, …

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Quando viajamos, vamos conhecer o novo: lugares, pessoas e experiências. Mesmo indo para locais que nunca fomos, quando planejamos uma viagem, já começamos a tomar algum contato com a cultura. Assim, já temos uma ideia do que nos espera, aonde ir e o que observar.

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No final do ano os irlandeses se vestem de forma natalina. Foto: Victoria Salemi

Nas últimas férias, fui à Irlanda, Inglaterra e Holanda. Nas cidades irlandesas de Cork e Dublin, por exemplo, já sabia que poderia esperar aquele tempo chuvoso, uma paisagem com gramados de um verde inigualável e muitos pubs. Essas são coisas que você ouve da Irlanda, vê na televisão e lê em guias turísticos. No entanto, não só essas coisas me chamaram a atenção por lá.

Minha estadia no país foi alguns dias antes do natal. Além dos enfeites nas casas e no espaço público, que são coisas com as quais nós brasileiros já estamos acostumados, as roupas das pessoas foram algo que achei muito curioso. Nas ruas, quase todos andavam com seus casacões impermeáveis (para se proteger do frio e da chuva, claro!), mas, quando entrava nos lugares, a ampla maioria dos irlandeses vestia roupas temáticas natalinas. Isso mesmo: suéteres com desenhos de papai noel, renas e bonecos de neve, fantasias de mamãe ou de papai noel, gorros imitando o do “bom velhinho”, brincos de árvore de natal… Tudo o que se possa imaginar! Pessoas de todas as idades, fossem homens ou mulheres, aderiam ao costume.

Outro lugar em que presenciei algo que não esperava foi Amsterdã. Em meio aos canais, às casas-barco e aos coffee shops, em um dos dias em que estive por lá, logo no começo de janeiro, estava voltando para o hotel quando comecei a sentir um cheiro de queimado. Segui o meu caminho e, em uma praça, havia uma fogueira com muitas pessoas em volta. Chegando mais perto, vi que uma banda tocava e que o caminhão dos bombeiros estava no local. Resolvi chegar perto da fogueira para descobrir o que era aquela festa. Ali, no meio da roda, cidadãos comuns levavam suas árvores de natal que já haviam sido utilizadas naquele ano para queimá-las na fogueira. Só depois que entendi o que se passava por ali é que parei para pensar que, ao longo do dia, eu já tinha observado algumas pessoas puxando suas árvores amarradas em suas motos ou bicicletas. Foi a noite em que a praça, por onde eu sempre passava para voltar ao hotel, estava mais cheia.

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Após o natal pessoas queimam suas árvores em uma enorme fogueira. Foto: Victoria Salemi

Nenhuma dessas coisas diferentes que encontrei em minha viagem estavam programadas para serem vistas, como se faz com pontos turísticos. Foram costumes que descobri por acaso, enquanto estava por lá. Essa é uma parte muito legal das viagens, que você só vai viver se passear pelo lugar, sem apenas buscar as partes famosas da cidade visitada. É claro que, algumas vezes, você não vai descobrir costumes super diferentes, mas, no mínimo, vai conhecer outras partes do local. E, quando você descobre algo tão específico daquele povo, sente que a viagem valeu muito mais a pena!

Por Victoria Salemi
vicbsalemi@gmail.com

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