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Hotel Artemis: hospital para criminosos

Hotel Artemis (2018) se passa em um cenário de grandes rebeliões devido a privatização da água. Em um bairro simples de Los Angeles, esconde-se pela fachada de uma estalagem um hospital para criminosos, coordenado por Jean Thomas (Jodie Foster), a enfermeira. Durante uma noite conturbada, Jean e seu assistente Everest (Dave Bautista) recebem diversos pacientes, …

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Hotel Artemis (2018) se passa em um cenário de grandes rebeliões devido a privatização da água. Em um bairro simples de Los Angeles, esconde-se pela fachada de uma estalagem um hospital para criminosos, coordenado por Jean Thomas (Jodie Foster), a enfermeira. Durante uma noite conturbada, Jean e seu assistente Everest (Dave Bautista) recebem diversos pacientes, entre eles, um assassino de aluguel e sua próxima vítima. O hotel, apesar de tecnológico, contando até com uma impressora 3D e controles de voz, não deixa de ser um ambiente precário e abandonado.

O filme apresenta diversas falhas, a começar pela grande quantidade de histórias sem aprofundamento. Entende-se, por exemplo, o início da relação entre a enfermeira e The Wolf King (Jeff Goldblum), dono do local. No entanto, a motivação deixa a desejar e é pouco explorada.

Outro fator desnecessário em Hotel Artemis é a aparição de uma pessoa do passado de Jean. Mesmo com as diversas regras, é recebida no prédio uma policial que, no momento da revolta, foi pisoteada. Morgan (Jenny Slate) conheceu a enfermeira ainda na infância quando brincava com o filho da enfermeira, o qual morreu na adolescência. Sua passagem é apenas mais uma confusão que não acrescenta no enredo principal.

Hotel Artemis
Jean Thomas no momento em que decide sair do Hotel após anos sem ir para a rua. Sua motivação é salvar Morgan, a policial ferida. Ao fundo, Wakiki observa a cena sem compreender o que está ocorrendo [Foto: Global Road]

Por outro lado, há pontos positivos no filme. O longa tem um elenco de peso e Dave Bautista ganha grande destaque na obra. Seu personagem é o amigo fiel da enfermeira, cuidado por ela desde a infância e também seu protetor. Ele traz em alguns momentos alívio cômico às passagens e ganha o carinho do público.

As cenas de ação também são atrativas. Nice (Sofia Boutella) é uma criminosa francesa considerada mais do que apenas profissional. Ela é a protagonista de muitas lutas, e claro, vencedora de todas elas. Em sua cena principal, no momento em que a energia é desligada e tudo fica vermelho, é possível ver sua inteligência e meticulosidade. A criminosa programou cada detalhe do que viria a acontecer e fez isso com maestria. Alguns erros ocorreram, causando estranhamento entre ela e outros personagens, porém, Nice soube lidar com o estresse e virar o jogo a seu favor. Apesar disso, nota-se um antigo romance entre ela e Waikiki (Sterling K. Brown), um bandido que tenta sair da vida do crime, mas sempre volta devido ao seu irmão. A relação entre eles não tem relevância na história e parece que foi criada para preencher espaço.

Hotel Artemis
Nice na cobertura do hotel recebendo uma ligação. Nessa hora, estava sendo designada a sua próxima vítima, o dono do Artemis. Em diversas passagens é dito que Nice mata apenas “pessoas importantes” [Foto: Global Road]
A trilha sonora é bem agradável e conversa com as passagens. A enfermeira transita o tempo todo com seu tablet e fones e utiliza a música para lidar com as situações estressantes, como por exemplo, o primeiro momento em que toca California Dreamin’ da banda The Mamas & The Papas, enquanto ela arruma o quarto para seus primeiros pacientes. Além dessa, pode-se apreciar a letra de Helpless (desamparado, em português) durante uma cena de reflexão e também West Coast’s Favorite Bank, música feita para o filme por Cliff Martinez.

O filme estará em cartaz a partir do dia 13 de setembro. Confira o trailer:

por Carolina Fioratti
carolinafioratti@usp.br

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