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Limonada palestina

Bruna Buzzo É com uma agradável música que o espectador que for conferir o filme Lemon Tree será recebido na sala de cinema. O longa começa com uma canção, em inglês, sobre os limoeiros de que o filme falará. Na tela, imagens de uma compota de limão, algo que parece ser a especialidade da dona …

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Bruna Buzzo

É com uma agradável música que o espectador que for conferir o filme Lemon Tree será recebido na sala de cinema. O longa começa com uma canção, em inglês, sobre os limoeiros de que o filme falará. Na tela, imagens de uma compota de limão, algo que parece ser a especialidade da dona do pomar, Salma (Hiam Abbass), uma senhora palestina que leva uma vida tranqüila e solitária no pomar de limoeiros que herdou de seu pai.

Sua tranqüilidade, no entanto, chega ao fim com a chegada de um novo vizinho. O Ministro da Defesa de Israel (Doron Tavory) se muda para a casa ao lado da plantação de Salma e seus limoeiros passam a ser considerados uma ameaça ao ministro e à sua esposa, Mira Navon (Rona Lipaz-Michael), que leva uma vida isolada e infeliz. A Força de Segurança Israelense declara que as árvores precisam ser cortadas e a viúva palestina decide defendê-los até o fim, chegando a levar o caso à Suprema Corte de Israel, com a ajuda do jovem advogado Ziad Daud (Ali Suliman).

O diretor israelense Eran Riklis, que já havia mostrado ao público suas opiniões sobre o Oriente Médio em A Noiva Síria, resolveu filmar mais uma vez sobre o tema, com uma história sobre lutas e solidão. Os personagens que retrata neste filme são todos solitários em certos aspectos e o diretor se valeu de excelentes atuações para dar um brilho especial ao filme. A atriz Hiam Abbass, que trabalhou com o diretor em A Noiva Síria, desta vez ganhou o papel da protagonista e deu à Salma um tom melancólico sem ser pesado.

O filme como um todo é uma mistura de humor com drama, tragédia e comédia, e isto lhe confere um tom que encanta o espectador. O bom roteiro, aliado a uma agradável trilha sonora e as belas cenas dos limoeiros e das cidades do Oriente Médio enchem os olhos do público e fazem deste filme uma reflexão sobre um impasse político sem ser pesado ou desconfortável. Eleito pelo júri popular como o Melhor filme no Festival de Berlim deste ano, Lemon Tree abriu o 12º Festival de Cinema Judaico, que vai até 10 de agosto em cinco salas de São Paulo: Hebraica, Centro de Cultura Judaica, Cinesesc, Cinemark Pátio Higienópolis e Teatro Eva Herz, da Livraria Cultura.

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