Investigação. Ética na profissão. Perseguições. Histórias sensíveis. Denúncia. Tudo isso foi palco de conversa e debate no evento Jornalismo investigativo: caminhos e produções, realizado em 26 de maio no Auditório Paulo Emílio da Escola de Comunicações e Artes da USP. Estavam presentes os jornalistas Bruno Paes Manso (vencedor do prêmio Jabuti com a obra República das Milícias – dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro), Beatriz Trevisan (produtora do podcast A mulher da casa abandonada e O Ateliê), Bruno Fonseca (chefe de redação da Agência Pública) e Thaís Nunes (idealizadora de Elize Matsunaga: Era uma vez um crime e investigadora jornalística de PCC: Poder Secreto).
Confira os registros fotográficos, realizados por Luíse Homobono, que mostram os momentos mais marcantes do evento produzido pela Jornalismo Júnior.
Patrocinadores como Le Monde Diplomatique, Abraji, USPapel e Agência Pública marcaram presença no evento através de brindes e participações, como a de Bruno Fonseca, editor chefe da Agência.
A repórter e moderadora Isabel Briskievicz Teixeira, que na imagem se localiza ao centro, mediou o evento, fazendo perguntas aos participantes e permitindo que eles contassem histórias que marcaram a profissão. Bruno Paes Manso, que na imagem segura o microfone, compartilhou a sua experiência em viver o negacionismo da “Era bolsonarista”, no qual vemos os seus rastros até hoje.
Os participantes compartilharam suas preocupações em relação à profissão. Bruno Fonseca expressou que sua motivação no campo do jornalismo reside em investigar dados e fontes, e perseverar na criação de um jornalismo independente, apesar dos desafios significativos. Ele mencionou que o jornalismo tem enfrentado ataques recentemente, porém é fundamental continuar acreditando em sua importância para o público em geral.
O evento contou com a atuação dos repórteres do núcleo de eventos da Jornalismo Júnior. Desde a divulgação até a recepção dos convidados palestrantes, houve uma colaboração de todos os membros do núcleo para que tudo ocorresse corretamente.
A sessão final do evento foi dedicada às perguntas do público. Quando questionada sobre a contradição entre a crescente demanda do público e a responsabilidade e ética jornalística, Beatriz compartilhou uma experiência pessoal durante um de seus projetos.
O público do evento foi formado majoritariamente por estudantes de jornalismo de diversas universidades, totalizando cerca de cem participantes, entre ingressantes, veteranos e formados. Esse foi um grande passo para aproximar futuros jornalistas de influências importantes na profissão, além de promover debates que aproximem a teoria da graduação com a prática da profissão.
Após o evento, ocorreu o sorteio de diversos brindes disponibilizados pelos patrocinadores para os participantes. Aqui vemos um exemplar de “Furos, mentiras e segredos revelados”, cedido pela Agência Pública, e um exemplar da edição 174 da revista Le Monde Diplomatique.
A equipe de eventos da Jornalismo Júnior esteve disponível para auxiliar em todos os momentos. A repórter Lara, a terceira da foto, conta que “foi uma honra ter participado desse evento. A gente conseguiu trazer personalidades do jornalismo investigativo que são muito importantes”.
Bruno Paes abordou sua experiência no campo do jornalismo investigativo, especialmente quando se trata de assuntos políticos e a possibilidade de censura em relação a questões delicadas. Ele observou que, embora a censura atualmente não seja tão institucionalizada quanto na época da ditadura militar, ainda existe o risco de enfrentar processos judiciais, assédio e até mesmo consequências mais graves. “Há casos de jornalistas que foram vítimas de assassinato”, comenta Esse foi um grande passo para aproximar futuros jornalistas de influências importantes na profissão, além de promover debates que aproximem a teoria da graduação com a prática da profissão.