Por Fernanda Silva (fernandarsilva@usp.br) e Enzo Campestrin (enzo.campestrin@usp.br)
Junto com o último dia de outubro, chega uma data especial. À meia-noite do dia 31, criaturas da noite saem de seus esconderijos na penumbra para assombrar aqueles que habitam o mundo dos vivos. Ao menos, é essa a ideia do Halloween.
A festividade tem suas origens na comemoração celta Samhain, e ganhou popularidade durante as imigrações irlandesas para os Estados Unidos no século 19. Hoje globalmente conhecida, sua essência assustadora inspira artistas a comporem canções carregadas de espírito arrepiante, seja na melodia, seja no conteúdo lírico ou até na imagética de videoclipes.
Os repórteres e diretores da Jornalismo Júnior elaboraram uma playlist para aterrorizar as festas de Halloween e deixar o ouvinte em clima de gelar a espinha! Leia a seguir algumas recomendações das músicas selecionadas:
1. Halloweenie, Ashnikko (2018)
A cantora Ashnikko tem uma tradição: todos os anos, durante o mês de outubro, ela lança uma música de Halloween. A prática começou em 2018, quando divulgou o single Halloweenie, uma canção de hip-hop que fala sobre temas sexuais e macabros ao mesmo tempo.
Em 2024, a saga musical de Dia das Bruxas de Ashnikko está no sexto volume, que saiu neste mês. Para comemorar o último lançamento, a cantora e rapper disponibilizou nos streamings de música uma coletânea com todas as suas canções dedicadas à data sombria.
2. AMEIANOITE, Pabllo Vittar ft. Gloria Groove (2023)
O mercado de músicas nacionais também tem sua contribuição para as composições de Halloween: em 2023, Pabllo Vittar e Gloria Groove se uniram para fazer a canção AMEIANOITE. O single de 2022 entrou no álbum de Vittar, Noitada (2023), no ano seguinte. A faixa é um funk com elementos de pop e eletrônica cheio de referências ao dia das bruxas.
A letra começa com Gloria, que canta: “Deu meia noite, a bruxa tá solta / quer fazer feitiçaria no baile” e depois, Pabllo entra no verso “Ô novinho chapa quente com cara de enfeitiçado / Brota no meu caldeirão que hoje eu quero beijar sapo”. Ambos os trechos trazem metáforas com elementos comuns nas histórias de bruxas.
O clipe também apresenta uma estética própria das bruxas, com imagens de Pabllo em uma condenação à morte na fogueira e Gloria ao centro de um círculo de fogo ritualístico.
3. Peek-a-boo, Red Velvet (2017)
A canção Peek-a-Boo, do grupo sul-coreano Red Velvet, faz parte do álbum Perfect Velvet (2017) e fala sobre uma relação amorosa na qual o eu lírico usa metáforas, como a brincadeira de esconde-esconde, para expressar seus sentimentos pelo alvo de seu interesse.
Embora o tema da letra não seja assustador, a melodia utiliza elementos do Tropical House em uma velocidade mais lenta que o comum, o que causa sensação de mistério. Além disso, o clipe da canção conta uma história bizarra, em que as cinco integrantes do grupo mantém um hobby macabro: assassinar todos os entregadores de pizza que visitam a casa onde vivem. Ao longo do vídeo, o público assiste ao modus operandi do quinteto na hora de fazer mais uma vítima.
4. Square Hammer, Ghost (2016)
A banda sueca Ghost, liderada pelo vocalista Tobias Forge, é detentora de uma estética inconfundível. Ao simular um culto em uma igreja sombria, Forge sobe aos palcos trajado com uma bata papal e maquiagem obscura ao lado dos seus companheiros de banda. Anônimos e vestidos de máscaras, eles referenciam figuras demoníacas.
Apesar da aparência macabra e das letras que abordam ocultismo e profanidade, se engana quem pensa que a sonoridade da banda é tão assustadora quanto. Na verdade, o Ghost se inspira no som do rock progressivo dos anos 60/70 e no heavy metal clássico, de modo a incorporar também elementos clássicos de filmes de terror, como órgãos.
Esse é o caso de Square Hammer, faixa extra do álbum Meliora (2016), que se consagrou como um dos maiores sucessos do grupo. O clipe, inspirado na estética dos clássicos do terror dos anos 30, como Frankenstein (1931) e Drácula (1931), sustenta a sonoridade arrepiante e a letra cheia de referências ao sobrenatural.
5. Somebody’s Watching Me, Rockwell (1984)
Somebody’s Watching Me é o single de estreia do cantor Rockwell. Lançada em 1984, a música fala sobre um homem que vive em estado de paranóia e acredita ser perseguido até mesmo em sua própria casa. A letra faz referências a clássicos do terror como o filme Psicose (Psycho, 1960). A melodia também traz um toque assustador graças ao sintetizador que imita o toque de um órgão de tubos. Já o videoclipe mostra o cantor andando por uma casa mal assombrada, onde ele leva vários sustos enquanto canta.
Uma curiosidade é que a atmosfera misteriosa do trabalho não está apenas em seu conceito, mas também em sua história: Rockwell é filho do dono da Motown Records, gravadora do grupo Jackson Five, quinteto em que Michael Jackson iniciou sua carreira. Por isso, o dono de Somebody’s Watching Me se tornou amigo de infância daquele que um dia seria o Rei do Pop. Por conta da relação próxima entre os cantores, Michael aceitou cantar o refrão da música, mas sem ser creditado, pois a gravadora não queria que as conexões de Rockwell com a indústria musical fossem divulgadas.
Assim, o público questionou por muito tempo se a voz do refrão era ou não de Michael Jackson, que só confirmou sua participação após muitos anos.
Confira a Playlist completa no perfil do Spotify da Jornalismo Júnior:
- Halloweenie, Ashnikko – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria) e Fernanda Silva (repórter do Sala 33 e de Comunicação Visual)
- AMEIANOITE, Pabllo Vittar e Gloria Groove – indicada por Fernanda Silva (repórter do Sala 33 e de Comunicação Visual)
- Peek-a-Boo, Red Velvet – indicada por Fernanda Silva (repórter do Sala 33 e de Comunicação Visual)
- Somebody’s Watching Me, Rockwell – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria) e Fernanda Silva (repórter do Sala 33 e de Comunicação Visual
- Square Hammer, Ghost – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Thriller, Michael Jackson – indicada por Alinne Aguiar (repórter do Arquibancada e de Eventos) e Isabela Nahas (repórter do Laboratório e de Comunicação Visual)
- Season of the Witch, Lana del Rey – indicada por Giovanna Castro (diretora de Audiovisual)
- Black No. 1, Type O Negative – indicada por Giovanna Castro (diretora de Audiovisual)
- Parasite Eve, Bring Me The Horizon – indicada por Luiz Dias (repórter do Arquibancada e de Assessoria)
- Paint it, Black, The Rolling Stones – indicada por Fernanda Zibordi (diretora do Laboratório)
- Bruxa Amarela, Rita Lee – indicada por Mirela Costa (diretora do Sala 33)
- Halloween, Phoebe Bridgers – indicada por Alicia Matsuda (diretora do Cinéfilos)
- Time Warp, Rocky Horror Picture show – indicada por Julia Alencar (diretora de Mídias Sociais)
- Zombie, The Cranberries – indicada por Nicolle Martins (vice-presidente da Jornalismo Júnior)
- The Chain, Fleetwood Mac – indicada por Isabella Lopes (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- TT, Twice – indicada por Fernanda Silva (repórter do Sala 33 e de Comunicação Visual)
- Doce Vampiro, Rita Lee – indicada por Mirela Costa (diretora do Sala 33)
- My Girlfriend is a Witch, October Country – indicada por Clara Hanek (repórter do Laboratório e de Comunicação Visual)
- Once Upon a Dream, Lana del Rey – indicada por Clara Hanek (repórter do Laboratório e de Comunicação Visual)
- Sisters of the Moon, Fleetwood Mac – indicada por Clara Hanek (repórter do Laboratório e de Comunicação Visual)
- Vampira, Monchmonch – indicada por Henrique Giacomin (repórter de Mídias Sociais e do Arquibancada)
- Morto, O Terno – indicada por Samuel Amaral (repórter da J. Press e de Eventos)
- Ramones, Pet Sematary – indicada por Fernanda Franco (repórter do Sala 33 e de Audiovisual)
- Psycho Killer, Talking Heads – indicada por Isabella Lopes (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Gods & Monsters, Lana del Rey – indicada por Louisa Coelho (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Judas, Lady Gaga – indicada por Louisa Coelho (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Bloody Mary, Lady Gaga – indicada por Louisa Coelho (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Cher, Dark Lady – indicada por Lorenzo Souza (repórter da J. Press e de Audiovisual)
- Die, Die My Darling, Misfits – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Infecting the Crypts, Suffocation – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Solitude, Candlemass – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Infernal Death, Death – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- She’s in Parties, Bauhaus – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Drown, Strange Boutique – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Dragula, Rob Zombie – indicada por Enzo Campestrin (repórter do Sala 33 e de Assessoria)
- Abracadabra, Urias – indicada por Leticia Yamakami (repórter do Arquibancada e de Mídias Sociais)
- Bruja, Arca – indicada por Leticia Yamakami (repórter do Arquibancada e de Mídias Sociais)
- Frankenstein, Rina Sawayama – indicada por Leticia Yamakami (repórter do Arquibancada e de Mídias Sociais)
- Deathcamp, Tyler, the Creator – indicada por Leticia Yamakami (repórter do Arquibancada e de Mídias Sociais)
- PARAMOUR, Sub Urban feat. AURORA – indicada por Samuel Cerri (repórter do Cinéfilos e de Audiovisual)
- Bad Romance, Lady Gaga – indicada por Samuel Cerri (repórter do Cinéfilos e de Audiovisual)
- Oh Klahoma, Jack Stauber – indicada por Samuel Cerri (repórter do Cinéfilos e de Audiovisual)
- Trick or Trick, Aespa – indicada por Samuel Cerri (repórter do Cinéfilos e de Audiovisual)
- Talking in your sleep (Versão de 2023), The Romantics – indicada por Samuel Cerri (repórter do Cinéfilos e de Audiovisual)
- Spooky, Dusty Springfield – indicada por Malu Vieira (repórter do Cinéfilos e de Comunicação Visual)
- Calling all the monsters, China Anne McClain – indicada por Thaís Santana (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Freezing Moon, Mayhem – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Halloween, Helloween – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Don’t Break the Oath, Mercyful Fate – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Black Sabbath, Black Sabbath – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- N.I.B., Black Sabbath – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Hallowed Be Thy Name, Iron Maiden – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- The Number of the Beast, Iron Maiden – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- The Conjuring, Megadeth – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Devils Island, Megadeth – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Good Mourning/Black Friday – Megadeth – indicada por Diego Coppio (diretor do Arquibancada)
- Little Dark Age, MGMT – indicada por Thaís Santana (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Christmas Kids, Roar – indicada por Thaís Santana (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Its been so long, The Living Tombstone – indicada por Thaís Santana (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Something in the way, Nirvana – indicada por Thaís Santana (repórter do Sala 33 e de Eventos)
- Be Quiet and Drive (Far Away), Deftones – indicada por Regina Lemmi (repórter da J. Press e de Mídias Sociais)
- Somebody’s Watching Me, Rockwell – indicada por Isabela Nahas (repórter do Laboratório e de Comunicação Visual)
- Me and the devil, soap&skin – indicada por Bárbara Vieira (diretora de Comunicação Visual)
- Shook Ones Pt. II, Mobb Deep – indicada por Pedro Malta (diretor de Comunicação Visual)