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Ocupação Copa do Povo escancara consequências da especulação imobiliária em Itaquera

Por Fernando Magarian (fernandomagarian@gmail.com) e Luís Viviani (luis.viviani89@gmail.com) Itaquera, próximo à Arena Corinthians. 12 de junho, por volta das catorze horas. Sob o sol impiedoso, milhares de torcedores se encaminham sorridentes para o estádio que sediará a abertura da Copa do Mundo de futebol da FIFA. Em poucas horas se iniciará a cerimônia de abertura, …

Ocupação Copa do Povo escancara consequências da especulação imobiliária em Itaquera Leia mais »

Por Fernando Magarian (fernandomagarian@gmail.com) e Luís Viviani (luis.viviani89@gmail.com)

Itaquera, próximo à Arena Corinthians. 12 de junho, por volta das catorze horas. Sob o sol impiedoso, milhares de torcedores se encaminham sorridentes para o estádio que sediará a abertura da Copa do Mundo de futebol da FIFA. Em poucas horas se iniciará a cerimônia de abertura, e em seguida a seleção brasileira enfrentará a equipe croata, na inauguração daquela que foi exaustivamente chamada de “A Copa das Copas”.

Nas proximidades da arena, adentrando o bairro, pode-se ver as ruas pintadas, os bares enfeitados e os moradores, uniformizados de verde e amarelo, se preparando para torcer pelo Brasil. Um olhar mais atento pode reparar, também, na incomum vastidão de placas de “vende-se” e “aluga-se” nos muros de recém-construídos condomínios de sobrados – em geral minúsculos e sofisticados. São várias dezenas deles distribuídos pelo bairro, às vezes três ou quatro por quarteirão.

Ainda um pouco além, distante cerca de 4 km do palco da abertura, espalhado em um vasto terreno até pouco tempo atrás abandonado, se avista um imenso agrupamento de barracos de lona onde moram, há mais de dois meses, famílias da região que não puderam arcar com os astronômicos reajustes do aluguel advindos da valorização que os imóveis sofreram com a construção do estádio. “Ou você paga o aluguel ou você come”, desabafa Diana, moradora da nova ocupação.

A Copa do Mundo é nossa

A história introduzida acima começou, de fato, no dia 30 de outubro de 2007, quando a Federação Internacional de Futebol (FIFA) formalizou o Brasil como sede do megaevento esportivo da Copa do Mundo de 2014. A escolha das cidades-sede, entretanto, teria seu resultado no final de 2008. Após um conflito com o Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube, ficou oficializado, em 13 de agosto de 2010, que a futura “Arena Corinthians”, a ser construída em Itaquera (zona leste da capital), seria o local representante da cidade. Por meio da construtora Odebrecht, então, as obras começaram em maio de 2011, terminando em abril de 2014, quando o estádio foi entregue e estava pronto para uso.

Estádio construído para a Copa do Mundo trouxe algumas consequências negativas para a população da região de Itaquera. Foto: O Globo
Estádio construído para a Copa do Mundo trouxe algumas consequências negativas para a população da região. Foto: O Globo

Essa cronologia é importante justamente para mostrar como, nos últimos anos, a região de Itaquera que concentra o estádio da Copa obteve muitas transformações na sua esfera econômica e, consequentemente, social. Com a agitação decorrente da construção do novo estádio e a expectativa de um desenvolvimento sócio-econômico em Itaquera, houve o que podemos considerar uma especulação imobiliária na área. Segundo o administrador Lucas Serra, esse fenômeno econômico se associa com as perspectivas de mercado: “Quando se compra/constrói [um imóvel] com o intuito de vender/hipotecar futuramente obtendo lucro, existe especulação imobiliária.”

Ou seja, com a ideia de que a construção do estádio traria um aquecimento no mercado imobiliario da região, além dos desenvolvimentos paralelos, houve uma supervalorização dos imóveis. Assim, investidores e construtoras exploraram a área com o intuito de trazer um retorno em seu investimento, ou seja, lucrar. A economista Mariana Melo explica melhor: “[trata-se de um] fenômeno econômico em que investidores realizam compra de imóveis ou terrenos com o objetivo de utilizá-los como ferramenta de retorno financeiro, tendo em vista a perspectiva de futura valorização, seja por realização de melhorias de infraestrutura na região”.

A especulação imobiliária em Itaquera, entretanto, trouxe algumas consequências que estão sendo visíveis atualmente, como o deslocamento da população mais carente da região para outros lugares. Isso porque o fenômeno não leva em conta a maioria da população que não possui condições mínimas de vida, como a moradia. É um conceito de economia, baseado na Oferta e na Demanda. A quantidade demandada de um certo bem, como os imóveis, é determinada a partir da quantidade de compradores que os desejam e podem comprar. Então, se os preço dos terrenos aumenta consideravelmente através da especulação, menos pessoas tem o poder aquisitivo para comprar e a sua demanda diminui vertiginosamente, alterando o equilíbrio de mercado.

Um dos principais efeitos disso, portanto, é o prejuízo que parte da população vai obter. A especulação se torna tão ruim para os moradores locais porque, além de beneficiar pouco ou nada o desenvolvimento econômico e social da região, de acordo com Mariana, ela desaloja a população pobre que não consegue arcar com o repentino aumento do custo de vida da região decorrente da valorização dos imóveis e de seus aluguéis, empurrando estas famílias cada vez mais para a periferia ou, como aconteceu em Itaquera, deixando-as sem ter onde morar.

Com isso, a melhoria da estrutura local, que é fruto de um investimento coletivo e, ainda segundo a economista, quase sempre público, não beneficia sua população mais carente. É um fenômeno, que, longe de promover o desenvolvimento social, favorece a maior concentração de renda. “Isto porque a ação de investir é realizada apenas por atores econômicos que já possuem recursos financeiros suficientes para tal feito, sendo assim, somente quem já possui recursos gera mais recursos”, afirma Mariana.

Aliado a essa questão, há também o conceito de bolha imobiliária, na qual o setor imobiliário fica altamente estagnado, e não há mais investimento em imóveis, já que não há perspectiva de valorização e lucro. Lucas Serra explica, porém, que para utilizar esse termo é necessário ter cuidado, já que dificilmente existe uma bolha em nível nacional: “Existe, no Brasil, uma grande inflação dos preços imobiliários em geral e alguns economistas alertam para o fato de que possíveis bolhas estourem. Mas o que acontece é que elas são locais, acontecem em bairros e cidades independentes, e caso ocorra algum ‘estouro’, seria um fato local e não nacional”. Segundo Mariana, podemos considerar que em Itaquera há uma espécie de bolha, mas que não ocorre em escala nacional: “No caso de Itaquera, o termo bolha pode ser empregado para denotar a supervalorização dos imóveis, dada a observação da falta de liquidez destes ativos (imóveis “encalhados)”.

Ao conversarmos com o corretor Marcelo Florêncio, da “Almar Imóveis”, em Itaquera, fica evidente como a região está enfrentando diversas dificuldades. Tanto na questão da venda de imóveis quanto do aumento dos aluguéis. Ele discorre sobre como o preço de alguns terrenos valorizou mais de 100%, e completa: “o imóvel aumentou muito e não tem gente para comprar, já que a renda média aqui em Itaquera é de R$1.500,00 e tem uma obra que a pessoa só pode comprar se tiver uma renda a partir de R$5.000,00. Então apenas 10% conseguem comprar esse imóvel”. Florêncio também explica a questão dos aluguéis, que aumentaram significativamente: “quem tinha alugado antes estava tranquilo, mas quando veio o reajuste, o pessoal não segura. Quem pagava R$400,00 está tendo que pagar R$800,00, não tem como”.

Além disso, a instabilidade do mercado causa prejuízos também para as construtoras e para as imobiliárias. “A Mev Imobiliária, por exemplo, está com cerca de mil e quinhentos imóveis parados no Brasil todo, será muito difícil abaixar tanto o preço”, afirma Florêncio. As perspectivas depois da Copa, segundo ele, são complicadas, pois ao mesmo tempo em que enxerga como uma solução a diminuição dos preços para equilibrar o mercado, a matéria-prima, como ferro, pedra e areia, das construtoras também aumentou: “eles [construtoras] trabalham com uma margem de lucro de 30%, se abaixar o preço, eles perdem. Então provavelmente eles não vão abaixar”. A região de Itaquera, portanto, se encontra num processo no qual é difícil projetar as expectativas além Copa.

A Copa que ninguém vê

Itaquera, próximo à entrada do SESC. 20 de junho, por volta das quatro e meia da tarde. Uma mulher trabalha em seu carrinho de lanches a poucos passos da entrada da Ocupação Copa do Povo. A Ocupação começa em um espaçoso pátio onde algumas crianças brincam no fim de tarde; ao redor se vêem algumas estruturas básicas de habitação, como postes improvisados para sustentar os fios de energia elétrica a serem instalados nos dias seguintes. Ali, em meio a diversas intervenções políticas inscritas nas paredes de tábua, se destaca a bandeira vermelha do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

O MTST é um movimento de trabalhadores que luta, desde o final da década de noventa, pelo direito à moradia e contra a especulação imobiliária nas cidades brasileiras. O fenômeno da especulação imobiliária, como foi mostrado, tem consequências sociais devastadoras para a população local pobre.

A principal forma de ação do MTST é a ocupação de terras (geralmente latifúndios) ociosas na cidade, a partir da organização popular. Ao chegarmos à Ocupação fomos recebidos pelo Alemão, militante do movimento, que nos contou a breve história da comunidade. “Aqui era um terreno vazio, né. Aí nós fizemos uma pesquisa referente aos aluguéis [da região]”. Segundo ele, fora prometido que os valores dos aluguéis não subiriam com a construção da Arena Corinthians, o que evidentemente não se concretizou.

Moradores da ocupação Copa do Povo enfrentam dificuldades diárias, como arrumar o barraco após fortes chuvas. Foto: Fernando Magarian

Na noite do dia 2 de maio centenas de famílias que estavam morando em condições precárias na região ocuparam, sob organização do MTST, o imenso terreno, que é privado. A Diana, moradora da ocupação citada no início desta reportagem, morena jovem mas de aparência um pouco cansada, está no terreno desde o primeiro dia de ocupação. Quando nós a entrevistamos, ela estava arrumando seu barraco, porque “chove muito, cai o teto”, com a ajuda de familiares e vizinhos. Ela mora lá com duas irmãs, uma sobrinha e uma filha, ainda criança, que tem problemas cardíacos.

Conta que o aluguel de um imóvel de dois cômodos mais banheiro, que era duzentos reais, foi para quinhentos e depois setecentos. Mãe solteira, após ter que parar de trabalhar para cuidar da filha, sua única renda mensal é um auxílio do governo a que ela tem direito devido ao problema da menina, no valor de 724 reais – suficiente apenas para pagar o exorbitante aluguel de Itaquera. Na ocupação ela tem conseguido se sustentar e sustentar a filha. “Aqui um ajuda o outro, sabe, num coletivo, lutando por um ideal básico que é moradia”.

O terreno já abriga cerca de quatro mil e quinhentas famílias, cada uma morando em um barraco. São, em sua maioria, moradores da região que, como Diana, estavam vivendo em condições precárias de moradia devido à astronômica valorização dos imóveis no bairro. A comunidade é dividida em oito grupos, que foram se formando espontaneamente conforme as famílias chegavam e são numerados de G1 a G8. Sandro Kalffemam, um moreno enérgico que aparenta ter trinta e poucos anos, é coordenador do G2 e explica que a divisão em grupos é necessária para facilitar a organização. “Todos os grupos tem sua própria cozinha coletiva onde os próprios acampados, ou não acampados, trazem doações e mantimentos”, ele diz.

Barracos da ocupação Copa do Povo eram organizados em 8 setores. Foto: Fernando Magarian

Sandro tem um filho de apenas um ano, Júlio, e possuía uma lanchonete e lan house na região. Morava de aluguel, pagando, três anos atrás, 280 reais por mês em um imóvel de dois cômodos. Após a construção do estádio, segundo ele, passou a pagar 450. “Tudo foi aumentando aqui”, desabafa. “Aí o dono da casa vendeu a casa onde eu morava, e o dono do imóvel onde eu tinha minha lanchonete também vendeu. Perdi meu comércio. Fiquei desempregado desde dezembro”. Quando o acampamento começou a ser erguido, em maio, ele decidiu fazer parte da ocupação, onde mora hoje com Júlio.

Como ele fica o dia inteiro lá, é um dos coordenadores do grupo e ajuda na cozinha. “Aqui é tudo trabalho voluntário. A gente se organiza. Amanhã [sábado] mesmo é dia de mutirão, a gente faz a limpeza do acampamento inteiro”. O acampamento possui um banheiro coletivo, no pátio, que é compartilhado por todos os moradores. No dia da nossa visita estava em vias de ser instalada energia elétrica para as cozinhas e corredores da ocupação. À noite os acampados precisam usar lanternas para iluminar os barracos; velas são proibidas devido ao grande risco de incêndio que representam, uma vez que todos os barracos são recobertos de lona.

Os barracos da ocupação Copa do Povo – e das ocupações organizadas pelo MTST de forma geral – são de lona e não de madeira ou alvenaria porque não é o objetivo do movimento criar ocupações permanentes, que se transfigurem em favelas e desenvolvam infraestrutura urbana pelas mãos dos próprios moradores. As ocupações são temporárias e um meio de pressionar o poder público nas negociações para construção de moradias para as famílias desabrigadas.

Segundo Alemão, as negociações do movimento com a Secretaria de Habitação de São Paulo estão bem encaminhadas. O terreno deverá ser desapropriado pela prefeitura e nele construídas moradias populares dentro da realidade financeira dos desabrigados. O pedido de reintegração de posse do terreno chegou a ser feito, mas está “congelado” na justiça para não atrapalhar as negociações, de acordo com o militante do MTST. A possibilidade de uma reintegração à força não o preocupa. Nestes dois meses de existência a ocupação não foi recebida com repressão por parte da prefeitura. “Quando começar a construir mesmo o pessoal vai sair de boa. O que tá segurando a gente, agora, é o plano diretor, né”.

Plano Diretor: a luta nas ruas

O Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo é um conjunto de diretrizes que nortearão as políticas públicas de desenvolvimento da cidade nos próximos dezesseis anos. O projeto estava em tramitação na Câmara Municipal há nove meses no dia de nossa visita. Na última segunda-feira (30/06) ele foi, enfim, aprovado. Em artigo para a Folha de São Paulo no dia seguinte à aprovação, Guilherme Boulos, que é membro da coordenação nacional do MTST, afirma que o novo PDE, de autoria do vereador  Nabil Bonduki (PT) apresenta importantes avanços nas questões de moradia em relação ao Plano anterior, que datava de 2002.

“O novo PDE praticamente duplicou a quantidade de áreas destinadas à moradia popular: as ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) passaram de 17km² para 33 km²”, ele escreve. O terreno da ocupação Copa do Povo foi, enfim, regularizado. Mas Boulos acredita que esta foi apenas uma vitória parcial: “O Plano de 2002 foi praticamente engavetado pelas gestões municipais anteriores. Por isso, passada a batalha da aprovação do PDE, teremos agora a batalha por sua implementação efetiva”.

O MTST levou milhares às ruas de São Paulo nas últimas semanas, pela votação imediata do Plano Diretor, que vinha sendo barrada pela oposição de forças políticas conservadoras e por desacordos na base aliada do governo municipal. Diana garante que os moradores da Copa do Povo iam em peso aos protestos e que ela não perdeu nenhum. Os atos de rua do MTST são sempre de caráter pacífico – o movimento é bastante disciplinado e faz questão de se diferenciar radicalmente de manifestantes violentos, como os black blocs – e em geral se realizam sem confrontos. Os militantes e ocupantes já foram, no entanto, reprimidos pela polícia em algumas ocasiões. Diana lamenta “ir para os atos [e ter que] levar bomba, ser chamado de vagabundo”.

Manifestações do MTST conseguiram levar milhares de pessoas às ruas. Foto: O Globo

“Nós lutamos por um ideal. Apenas vamos brigar por um direito nosso”, ela continua. E desabafa: “ninguém vem morar aqui, passar frio – ontem foi o dia mais frio do ano – de brincadeira. Tem bicho aqui, cobra. Você não vai passar por isso se não estiver precisando. Só sabe o que é isso quem acorda e pensa no que vai dar pro filho comer”.

Volfran e Rosilene estavam se aquecendo em volta de uma fogueira quando nós os abordamos. Volfran, natural da Bahia, veio para São Paulo em busca de trabalho – no dia de nossa visita ele estava com um emprego quase acertado de pedreiro – e não pôde arcar com os altos valores do aluguel. Rosilene ainda mora de aluguel na região, com quatro filhos e dois sobrinhos. Ela está evitando sair da casa por causa das crianças, mas admite que está difícil pagar as contas. “Antes eu pagava de 500 a 600 reais e ainda dava para viver. Hoje uma casa de três cômodos é no mínimo 700, 800 paus”, ela diz. “Com o IPTU, que os donos exigem junto agora, dá mil reais. Eu não ganho mil reais”.

Perguntamos a eles o que os moradores da ocupação acham da Copa do Mundo. “Nós não somos contra nada. Mas os governantes deveriam pensar em nós, que precisamos”, a Rosilene me responde. E conclui: “a gente ganha dois salários mínimos. Dois salários mínimos não conseguem, né, ter casa [por causa do alto valor do financiamento]. Nós NUNCA vamos ter. Se fosse pela nossa vontade, a gente não invadiria, a gente compraria”.

São muitas as histórias que conduziram aquelas pessoas para a ocupação. Histórias parecidas em tantos aspectos, diferentes em outros tantos. A mais forte sensação que se tem ao se visitar o acampamento é que aquelas famílias estão lutando por algo que é fundamental e que deveria ser um direito garantido a todo ser humano: o direito de morar. E a Diana parece acreditar firmemente na causa pela qual está lutando. “Nós vamos até o final sim, com certeza, vamos ter nossa casa! E aí, daqui a uns anos vocês vêm aqui tomar café na NOSSA casa, um churrasco, porque aí vai sobrar dinheiro pra comprar carne”, ela convida com um sorriso singelo.

Enquanto isso, milhares de famílias desabrigadas seguem batalhando sua vida diária na Ocupação Copa do Povo. Eles podem ser visitados a qualquer momento, e precisam muito de doações de mantimentos, café, leite, roupas, calçados, etc – ao menos até a desocupação. E o MTST segue lutando por moradia, contra a especulação imobiliária e o projeto excludente de cidade que se impõe. Porque, como a Rosilene nos falou, sorridente, em volta da fogueira, “Deus deu a terra para todo mundo”.

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