Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

“Se Puder… Dirija” é mais um na multidão

O primeiro filme com a tecnologia 3D no Brasil gera expectativa. Luís Fernando Guimarães como protagonista de uma comédia gera expectativa. Um elenco incrível gera expectativa. E foram tantas expectativas em torno de Se Puder… Dirija! (Brasil, 2013), que ele acabou ficando pequeninho e deu a impressão de ser apenas mais um na multidão das …

“Se Puder… Dirija” é mais um na multidão Leia mais »

O primeiro filme com a tecnologia 3D no Brasil gera expectativa. Luís Fernando Guimarães como protagonista de uma comédia gera expectativa. Um elenco incrível gera expectativa. E foram tantas expectativas em torno de Se Puder… Dirija! (Brasil, 2013), que ele acabou ficando pequeninho e deu a impressão de ser apenas mais um na multidão das comédias nacionais.

Apesar de ter sido filmado com os melhores equipamentos americanos de tecnologia 3D, o filme brasileiro não se parece em nada com as obras produzidas por lá. Segundo o diretor Paulo Fontenelle, o 3D é usado para fazer com que o espectador se sinta dentro do filme. “A maior parte da história se passa dentro de um carro, então era primordial trazer as pessoas para a história”, declarou Fontenelle. O problema é que a técnica torna-se tão sutil, que às vezes esquece-se de sua utilização.

Esse é um daqueles filmes que poderia ter dado muito certo. Poderia. Vejamos a sinopse: João (Luís Fernando Guimarães) trabalha como manobrista de estacionamento, está separado de Ana (Lavínia Vlasak) e virou pai ausente de Quinho (Gabriel Palhares). Infeliz no amor e na família, ele quer reverter esse cenário e promete para a ex que irá passar um dia daqueles com o filhão. Para isso, ele resolve pegar “emprestado” o carro de uma fiel cliente (Bárbara Paz) do estacionamento onde trabalha com Ednelson (Leandro Hassum). O problema é que a saidinha simples acabou virando uma complicada aventura. Agora, João precisa devolver o carro antes que sua dona descubra que ele saiu para “passear” com outro motorista, mas a tarefa não vai ser nada fácil para eles.

O enredo tem todos os elementos presentes na jornada do herói, que por si só garante  sucesso. Além disso, o longa traz um elenco recheado de grandes nomes como o próprio Luís Fernando, aclamado por Os Normais e Minha nada mole vida, e Leandro Hassum, presente em várias das comédias brasileiras recentes (Até que a sorte nos separe, O dentista mascarado, Os caras de pau). E ao assistir o filme, saí com sensação de que todos os recursos disponíveis foram subaproveitados. Bárbara Paz tem um papel ínfimo, Reynaldo Gianecchini e Eri Johnson fazem participações de poucos minutos, Luís Fernando está sem graça e Leandro Hassum tem um papel clichê do clichê do clichê.

Apesar desse time todo de experientes atores, é o pequeno Gabriel Palhares que rouba a cena. Toda vez que o ator mirim aparece na telona, é impossível não se derreter com suas expressões (ou mesmo a falta delas). É por pena do menino, que você passa a torcer pelo apático João em sua “aventura” pelo centro do Rio de Janeiro. O curioso é que na época da gravação, Gabriel tinha apenas quatro anos e não sabia ler. Por essa razão, você vai acabar sendo levado pela narrativa e o resultado final não será tão desastroso (pelo menos não foi pra mim).

O longa-metragem estreia no próximo dia 30 em cerca de 400 salas de cinema.

Por Thaís Matos
thais.matos.pinheiro@gmail.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima