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Silva leva “Brasileiro” para o palco do SESC Vila Mariana

Imagem: Daniel Terra / Audiovisual / Jornalismo Júnior Silva surgiu nos últimos anos no cenário da música brasileira usando a sobriedade em seu estilo e os sintetizadores nas canções como marca registrada, presente desde o álbum de estreia “Claridão” (2012) até o “Silva Canta Marisa” (2016). No entanto, as cores neutras dos discos anteriores foram …

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Imagem: Daniel Terra / Audiovisual / Jornalismo Júnior

Silva surgiu nos últimos anos no cenário da música brasileira usando a sobriedade em seu estilo e os sintetizadores nas canções como marca registrada, presente desde o álbum de estreia “Claridão” (2012) até o “Silva Canta Marisa” (2016). No entanto, as cores neutras dos discos anteriores foram deixadas de lado em seu último trabalho, “Brasileiro”, liberado no final de maio nas plataformas digitais e com shows de lançamento em São Paulo no último fim de semana.

Com ingressos esgotados para as três noites de show, Silva presenteou o público com uma apresentação leve, mas carregada de significado no teatro do SESC Vila Mariana. A entrada do cantor com sua banda no palco ao som de “To be continued”, de Gato Barbieri e a primeira música, “Nada será mais como era antes” demonstrou o que veríamos nos 90 minutos seguintes: um convite para nos distanciarmos do caos do cotidiano e dos estrangeirismos, enquanto nos refugiamos no Brasil paradisíaco, do samba e da bossa nova de “Brasileiro” – muitas vezes esquecido pelos próprios brasileiros.

O palco, enfeitado com iluminação e tecidos coloridos, trazia os instrumentos de Lucas Arruda (baixo e sintetizador) e Hugo Coutinho (bateria e programações), além do teclado, sintetizador e violão do Silva. Entre as saídas dos integrantes da banda para o começo de um set acústico e o retorno deles, o instrumental de “Sapucaia”, “Palmeira” e sons da natureza deixavam o clima ainda mais tropical.

Se no palco tínhamos a presença de um artista cuja serenidade é sua marca, do outro lado o público animado era um show à parte. Com pedidos de casamento para o cantor e gritos de “Anitta” antes da apresentação de “Fica tudo bem” (single que conta com a participação da cantora), o público se mostrou bastante participativo e descontraído, organizando até mesmo uma surpresa no momento de “A cor é rosa”: muitos levantaram as lanternas acesas de seus celulares cobertas com um post-it rosa, deixando a plateia iluminada.

Foto: Daniel Terra / Audiovisual / Jornalismo Júnior

O setlist contou com as músicas do novo álbum – destacam-se as performances de “Ela voa” (com uma sonoridade que cresce ao longo da música, levando a um final agitado no teclado), “Caju” (com as vozes de Lucas e Hugo no backing vocal) e do sambinha “Prova dos nove” – e com os principais sucessos de sua carreira, como “Júpiter”, “Feliz e ponto” e o mashup acústico de “Claridão/Janeiro”,  garantindo um forte coro da plateia.

Outro ponto acertado na escolha do setlist foram os covers: Silva cantou desde Billie Holiday, (“(There Is) No Greater Love”), Caetano Veloso (“Menino do Rio”) até Jorge Ben Jor (“Que maravilha”), passando pela música “Palavras no corpo”, escrita por Silva e Omar Salomão e cantada originalmente por Gal Costa, o que rendeu uma performance apaixonada e sedutora (como só Gal Costa e Silva conseguiriam fazer).

O show de “Brasileiro” é uma experiência gratificante para os olhos e ouvidos, além de uma ode ao que há de bom em nosso território. Como parte desse grupo, podemos destacar Silva, se mostrando como um dos principais nomes da MPB em seu novo trabalho.

Imagem: Daniel Terra / Audiovisual / Jornalismo Júnior

Por Bianca Muniz
biancamuniz@usp.br

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