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Stranger Things 4: o sucesso da temporada mais complexa e sombria

Depois de quase três anos de espera desde o lançamento da terceira temporada, Stranger Things 4 apresenta novidades sem perder o típico sucesso, com elementos já conhecidos pelos fãs

Stranger Things 4 chega, no dia 01 de julho, completa na plataforma de streaming Netflix após quase um mês de espera entre a primeira e a segunda parte dessa nova temporada. Entregando nada menos do que prometia — muito terror e uma história mais complexa — com direito a recordes de audiência e problemas técnicos decorrentes do grande número de acessos, a quarta temporada da série criou grande expectativa nos fãs por conta do tempo de espera para segunda parte, que foi um pouco superestimada, mas à qual não se pode negar os créditos.  

 

A trama se estabelece em três núcleos narrativos: em Hawkings, com Max (Sadie Sink), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin), Robin (Maya Hawke), Steve (Joe Keery), Nancy (Natalia Dyer), e o personagem novo, Eddie (Joseph Quinn); na Califórnia, acompanhando Eleven (Millie Bobby Brown), Mike (Finn Wolfhard), Will (Noah Schnapp), Jonathan (Charlie Heaton) e Argyle (Eduardo Franco), também novato no grupo; e no Alasca (URSS), com Joyce (Winona Ryder), Hopper (David Harbor), Murray (Brett Gelman), e os soviéticos, Dmitri (Tom Wlaschiha) e Yuri (Nikola Đuričko). Estas três histórias, apesar de separadas e sem saber, trabalham juntas para derrotar o novo vilão, Vecna (Jamie Campbell Bower). Apesar de ter inovado o roteiro, que, normalmente, seguia a típica fórmula de sucesso com o grupo de crianças agindo em conjunto contra o grande inimigo, a dinâmica implementada dos núcleos separados perdeu o fôlego na segunda parte. Isso porque, mesmo surpreendendo ao sair do que era esperado da série, existia uma expectativa para um encontro dos núcleos antes da última batalha, o qual se concretizou só após o ato final.

 

Unidade do Burger King temática da série.
Unidade do Burger King da Avenida Paulista com decoração temática da série.
[Imagem: Divulgação/Burger King]

 

O marketing, apesar de já ser um fator de peso em Stranger Things desde o início, em 2016,  recebeu maior atenção  pelo investimento em espaços de grande circulação de pessoas, atingindo diversas pessoas, independente de já serem telespectadores ou não. Exemplo dessa estratégia pode ser vislumbrada em unidades temáticas do Burger King, o qual incluiu em seu cardápio combos especiais relacionados à série. Além disso,  a estação de metrô Fradique Coutinho, localizada no bairro de Pinheiros em São Paulo, abriga uma decoração exclusiva e imersiva da série. 

 

Estação da Fradique Coutinho, em São Paulo, temática da série.
Estação de metrô Fradique Coutinho com decoração para divulgar a quarta temporada de Stranger Things [Imagem: Reprodução/YouTube/Vá de Metrô]

 

Clima nostálgico em Stranger Things 4

A quarta temporada faz diversas referências ao início da série, retornando às suas origens sombrias, como nas cenas com as vítimas de Vecna, em que tal atmosfera é presente. Há, também, a volta do trabalho investigativo de Nancy, e os treinamentos de Eleven, com seus poderes conquistando espaço no enredo novamente.  Além disso, a trilha sonora, assim como na primeira temporada com Should I Stay or Should I go, da banda The Clash, cumpre um papel importante para a identidade da série, a qual é muito bem trabalhada ao longo dos anos. Na quarta temporada, Running Up That Hill, de Kate Bush se tornou um hino para os fãs de Stranger Things por acompanhar e transformar uma cena do quarto episódio em uma das mais memoráveis da série. O impacto dessa música foi tão grande que conseguiu colocar a canção, lançada em 1985, nas paradas globais dos serviços de streaming, como Spotify e Deezer, atingindo um sucesso estrondoso. 

 

Álbum de Kate Bush, que atingiu um sucesso estrondoso por conta de Stranger Things.
Disco da música Running Up That Hill (Orkidea Pure Progressive Mix) de Kate Bush. [Imagem: Reprodução/Discogs]

 

Novidades na série 

A duração dos episódios, todos com mais de uma hora, pode assustar ou agradar muitos fãs, mas não interferiu na estruturação da série, a qual não teve muitas  partes enroladas ou apressadas demais. Inclusive, esse tempo a mais para cada episódio permitiu que a introdução dos novos personagens contribuísse mais para o desenvolvimento da trama, como é o caso de Eddie Munson, líder do grupo de Dungeons & Dragons (D&D), Hellfire Club. No entanto, cabe pontuar que o último episódio, de duas horas e meia,  poderia muito bem ter sido dividido em dois. 

 

O novo personagem, Eddie Munson, encontra-se no centro da imagem, no que parece ser uma floresta.
Novo personagem, Eddie Munson, tem conquistado o coração dos fãs da série
[Imagem: Reprodução/Café com Nerd]

 

O aprofundamento de questões das últimas temporadas

Mesmo que brevemente e sem aprofundamento, Stranger Things 4 apresentou justificativas para inúmeras questões que ainda não haviam sido bem explicadas desde o início da história, como a origem do Mundo Invertido, o envolvimento da União Soviética e, mais recentemente, a sexualidade de Will. Cumprindo esse papel, a nova temporada  consegue situar melhor o telespectador conforme a trama avança para uma arco ainda maior e mais complexo que concluirá a série em sua próxima temporada, ainda sem data de lançamento prevista. 

 

O desenvolvimento pessoal das personagens também foi um ponto alto, na medida em que o aspecto emocional se destacou muito mais. Isso aconteceu, em parte, pela escolha de manter os núcleos narrativos divididos, o que possibilitou focar em mais de uma trajetória, sem sobrecarregar o telespectador. A evolução de Max em lidar com a morte de seu irmão Billy, no final da terceira temporada, e a busca de Eleven por sua identidade própria foram pontos em destaque. Além disso, é possível notar um amadurecimento dos adolescentes, uma vez que a ameaça dessa vez é ainda maior e a perda de pessoas queridas também.

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