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Tóquio 2020 | Ana Marcela Cunha é ouro na Maratona Aquática

Com uma execução de prova quase perfeita, a baiana, de 29 anos, conquista ouro inédito para o Brasil

Ana Marcela Cunha conquistou, na noite de terça-feira (03), a medalha de ouro na Maratona Aquática dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Após quatro ciclos, a brasileira conquistou a tão sonhada medalha olímpica. A nadadora realizou a prova em 1h59min30s08, 0,9 segundos de vantagem sobre a segunda colocada, a holandesa Sharon van Rouwendaal  — campeã olímpica no Rio 2016. O bronze ficou para a australiana Kareena Lee (+1,7). 

A brasileira se manteve entre as primeiras nadadoras durante toda a prova, alternando entre as posições principais em diversos momentos. Nos primeiros quatro quilômetros, a brasileira chegou a estar em quinto lugar, mas logo retomou a liderança ao dispensar a reposição líquida da terceira volta. Com uma hora e meia de corrida, Ana Marcela voltou para a quarta posição, ficando atrás da alemã Leonie Beck, da americana Twichell e da holandesa, nessa ordem. Faltando um quilômetro e meio, a brasileira acelerou as braçadas e aumentou o ritmo. Passou quem estava à frente, e não sobrou chances para ninguém ultrapassá-la.

https://www.instagram.com/p/CSI4w5YN10o/

[Reprodução/Instagram @timebrasil]

“Eu sonhava muito com a medalha olímpica… Eu tô muito, muito, feliz. Quero dizer que todos os brasileiros que ganharam medalha até agora, foram um incentivo muito grande, principalmente o Schefer e o Bruno, por também serem da natação. E é aquela coisa, uma raia, uma chance. Eu deixei escapar por algumas vezes, e hoje pude sair daqui como campeã olímpica”, comentou Ana Marcela à TV Globo, após a disputa.

O ouro de Ana Marcela foi a segunda medalha olímpica do Brasil na modalidade. A primeira foi o bronze de Poliana Okimoto, nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na ocasião, Ana Marcela terminou a prova na décima posição, após sofrer uma intercorrência com sua reposição líquida que afundou na água.

Além das Olimpíadas do Rio, a nadadora também participou dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, no primeiro ano da maratona aquática no programa olímpico. Na sua estreia, com 16 anos, alcançou o quinto lugar na prova. Para Londres 2012, Ana Marcela não conseguiu a classificação, fato frustrante de sua carreira. Agora, o ouro veio para coroar sua trajetória e agregar sua longa lista de conquistas.

A brasileira foi considerada seis vezes a melhor nadadora de águas abertas do mundo; é quatro vezes campeã mundial nas provas de 25 km, e uma vez na prova de 5km. Em 2019, conquistou o primeiro ouro brasileiro na modalidade no Pan-Americano de Lima, somando no total de 33 ouros, 16 pratas e 17 bronzes na sua vitrine de medalhas. 

[Satiro Sodré/Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos]
A maratona aquática é uma prova de velocidade e resistência, com 10 km de percurso. Diferente das piscinas com raias da natação, os atletas realizam a prova em um local aberto. Em Tóquio, a prova ocorreu na Odaiba Park Marine, com o percurso dividido em sete voltas de 1,4 km cada, aproximadamente. Havia 25 atletas na disputa

A cada volta, as nadadoras têm o direito de consumir algum suplemento para repor as energias. Em forma líquida, ou gel, a alimentação é composta com os nutrientes escolhidos por cada atleta, de acordo com sua estratégia de prova. Geralmente, apresentam alta taxa calórica, para suprir os três quilos que as atletas podem perder durante essa prova altamente desgastante. 

A medalha de ouro de Ana Marcela foi o quarto ouro do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, e a 15º medalha no total. Com a sua vitória, o Brasil passa seu recorde de medalhas conquistadas por mulheres em uma edição de Olimpíadas, que eram sete. Com a medalha garantida de Beatriz Ferreira no Boxe, o Brasil passa essa marca, com oito medalhas, até o momento.

*Imagem de capa: [Jonne Roriz/COB]

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