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Vai um jiló aí?

Sentidos do corpo humano interagem para ‘saborear’ a comida e também ajudam o organismo a se defender Por: Carla Monteiro (carlamonteiro02@gmail.com)   Você certamente já ouviu as pessoas dizerem ‘nossa o prato está tão bonito que eu estou comendo com os olhos’ ou então ‘esse cheiro já deu até água na boca’. Pois bem, todo …

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Sentidos do corpo humano interagem para ‘saborear’ a comida e também ajudam o organismo a se defender

Por: Carla Monteiro (carlamonteiro02@gmail.com)

 

jilo1Você certamente já ouviu as pessoas dizerem ‘nossa o prato está tão bonito que eu estou comendo com os olhos’ ou então ‘esse cheiro já deu até água na boca’. Pois bem, todo mundo já passou por essas situações ao menos uma vez na vida. O curioso é que o sentido do corpo responsável por saborear o gosto dos alimentos é o paladar, por que, então, “comemos com os olhos” e o “cheiro nos dá água na boca”?

O nosso corpo possui cinco sentidos, cada um deles tem a sua função e todos são responsáveis por enviar – separadamente –  ao cérebro as percepções do ambiente no qual se está inserido. Na prática, as coisas se tornam um pouquinho mais complexas. Todas as informações sensoriais são enviadas ao cérebro, este, por sua vez, processa o que recebe. O resultado disso são todas as sensações físicas, as quais se dão de maneira integrada.

Assim nos explica a Professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto, Carolina Godinho Retondo. A visão, a audição, o olfato, o tato, como as emoções, a dor, o frio, o calor, as memórias, os pensamentos são todos integrados no nosso cérebro. Nós não sentimos uma única sensação. Sentimos um monte e todas são integradas, formando as nossas percepções”, explica. Ou seja, quando bate aquela fome, é impossível não associar os sentidos e as percepções àquela necessidade do momento. “Assim, ao sentir o cheiro de um bolo saindo do forno, logo se começa a salivar porque os neurônios de várias partes do cérebro estão atuando e fazendo com que se fique com vontade de comer aquele bolo”, comenta Carolina.

Se com alguns alimentos só ao ver a ‘cara’ já bate aquela fome, com outros ouvir o nome dá até arrepios, como o boldo e o jiló, por exemplo. Esses são alimentos de gosto amargo que raras pessoas se sentem a vontade e familiarizadas com esse sabor. Se você está aí pensando que é apenas uma questão de nojinho não gostar de alimentos amargos, saiba que está muito enganado! Segundo a professora Carolina, o repúdio ao gosto amargo está ligado à defesa do organismo. “Na natureza, muitas plantas que possuem o sabor amargo são venenosas, por isso, tendemos a não gostar desse tipo de sabor, é um mecanismo de defesa do organismo”, afirma.

No entanto, a professora reforça que as sensações e percepções do ambiente variam de pessoa para pessoa, pois cada um possui uma memória diferente, um gosto diferente e, também, necessidades diferentes. “Para algumas pessoas, o sabor amargo não é desagradável. Tudo depende das experiências prévias, da cultura e de outros aspectos que são intrínsecos a pessoa que está comendo aquele determinado alimento”, diz.

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