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Ainda dá pra defender Azealia Banks (!)(?)

Protagonista de vários barracos envolvendo outras celebridades pelo Twitter, Azealia Banks desembarcou em São Paulo no mês de junho para apresentar seu novo show, quatro anos após sua primeira apresentação no Brasil. Nesses quatro anos, sua carreira passou por altos e baixos e mesmo seu trabalho sendo bastante elogiado pela crítica musical, ele acabou sendo …

Ainda dá pra defender Azealia Banks (!)(?) Leia mais »

Protagonista de vários barracos envolvendo outras celebridades pelo Twitter, Azealia Banks desembarcou em São Paulo no mês de junho para apresentar seu novo show, quatro anos após sua primeira apresentação no Brasil. Nesses quatro anos, sua carreira passou por altos e baixos e mesmo seu trabalho sendo bastante elogiado pela crítica musical, ele acabou sendo um pouco ignorado pela mídia diante das inúmeras polêmicas em que a rapper novaiorquina se envolve, as quais também acabam dividindo a opinião dos fãs.

A Azealia cantora

A carreira de Banks começa em 2011 quando ela lança seu primeiro single, 212. Feita em parceria com Lazy Jay, a música fez enorme sucesso, e foi eleita a segunda melhor canção do ano pelo jornal britânico The Guardian.

Já em 2012, Azealia lançou seu primeiro EP, “1991”, que, além de seu primeiro single, incluía também as músicas Van Vogue, Liquorice e a faixa título 1991. Novamente, o trabalho da cantora obteve notoriedade e o disco foi eleito um dos melhores de 2012 pela revista Time. No mesmo ano, também foi lançada a mixtape “Fantasea”, contendo 19 faixas inéditas.

A mistura de rap com batidas eletrônicas e o dinamismo e ousadia de suas letras agradaram não apenas o público como também a sua gravadora, que pretendia lançar o primeiro álbum oficial da cantora ainda naquele ano. Porém, devido a uma série de adiamentos e desentendimentos entre Azealia e a Universal Records – os quais, inclusive, levaram ao rompimento de seu contrato com a gravadora – seu primeiro álbum, ‘Broke With Expensive Taste”, só foi lançado apenas em 2014, após conturbadas negociações e uma série de vazamentos feitos pela própria cantora, que já estava bastante irritada com a Universal.

Contendo 12 faixas, o álbum envolvia uma mistura de gêneros musicais que ia do rap ao R&B, com algumas batidas de house. Ele incluía singles lançados no período entre 2012 e 2014 como Yung Rapunxel, Ice Princess e Chasing Time. O disco alcançou o 3º lugar na iTunes Store e ficou entre os melhores álbuns de 2014.

A Azealia que NÃO dá pra defender

Além do talento para a música, Azealia Banks também possui uma enorme habilidade para se meter em brigas. Em 2013, revidando uma crítica do famoso blogueiro americano Perez Hilton pelo Twitter, a cantora o chamou de “bichinha mal resolvida”. A declaração homofóbica incomodou alguns fãs e foi repudiada pela GLAAD (Aliança Gay & Lésbica Contra a Difamação) que em nota declarou: “Independentemente de sua intenção ou sua definição pessoal, o que importa é o sentido dado a essa palavra por aqueles que a ouvem, e os danos que ela causa quando eles fazem.”. Azealia revidou pelo Twitter dizendo que: “Uma ‘bichinha’ não é um cara homossexual. Uma ‘bichinha’ é um cara que age como uma menininha. Tem uma GRANDE diferença” , o que, além de homofóbico, também foi machista, o que só piorou a situação.

azealia telefone

 

Já neste ano, mais uma vez pelo Twitter, Banks se envolveu em mais uma polêmica, dessa vez com o ex- One Direction Zayn Malik. Utilizando termos homofóbicos e xenofóbicos, a  cantora acusou Malik de plágio, o chamando de “bichona” e dizendo que sua mãe era uma “refugiada suja”. Após o episódio, Azealia teve sua conta do Twitter suspensa.

A Azealia que dá pra defender

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Em 2014, durante entrevista para uma rádio americana, Banks fez um grande desabafo sobre sua carreira e também falou sobre questões raciais, referindo-se a rapper australiana Iggy Azalea e a outros rappers brancos, alegando que estes estariam se apropriando da cultura negra, roubando a voz e o espaço de artistas negros. A declaração gerou mais problemas para a cantora, porém a repercussão do assunto foi tamanha que iniciou-se um amplo debate na mídia sobre apropriação cultural na música.

De volta ao estúdio e de volta ao Brasil

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Azealia durante show em São Paulo. Imagem: Reprodução

Neste ano, Azealia voltou aos estúdios e lançou uma nova mixtape, “Slay-Z”. Totalmente independente, o novo disco contém 8 faixas inéditas, entre as quais se destaca The Big Big Beat.

O novo trabalho serviu de base para o show que a cantora fez em São Paulo no último dia 12. Entre as canções do novo trabalho, Banks também cantou hits dos seus discos anteriores e ainda surpreendeu o público cantando Chega de saudade, clássico da música brasileira escrito por Vinicius de Moraes e Tom Jobim.

Enfim, dá ou não dá pra defender?

É difícil dar um veredito. Como artista, Azealia possui um talento enorme, isso é fato, e seu trabalho merece ser devidamente respeitado e valorizado. “Não defender” é ignorar toda a sua produção artística, o que pode ser uma postura um tanto radical. Entretanto, “defender” Banks não significa necessariamente estar de acordo com algumas das atitudes da cantora fora do âmbito profissional, que, as vezes, são realmente um tanto problemáticas e não devem ser totalmente ignoradas.

É possível sim, encontrar um meio termo em que seja possível admirar o trabalho da artista e manter um posicionamento crítico a respeito de suas declarações. De qualquer forma, resta a cada um avaliar os fatos, colocar na balança e tirar suas próprias conclusões.

Por Igor Soares
digorsoares@gmail.com

 

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