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As Filhas do Fogo: road movie argentino com muito sexo explícito

Em As Filhas do Fogo (Las Hijas del Fuego, 2019), da diretora argentina Albertina Carri, um grupo de mulheres cai na estrada numa aventura poliamorosa de muita descoberta, desapego às convenções sociais,  liberdade sexual, diversão e várias formas de relação. No estilo road movie, o longa tem como ponto de partida a cidade de Ushuaia, …

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Em As Filhas do Fogo (Las Hijas del Fuego, 2019), da diretora argentina Albertina Carri, um grupo de mulheres cai na estrada numa aventura poliamorosa de muita descoberta, desapego às convenções sociais,  liberdade sexual, diversão e várias formas de relação. No estilo road movie, o longa tem como ponto de partida a cidade de Ushuaia, capital da província Terra do Fogo, na Patagônia Argentina.

O título do longa faz referência às primeiras mulheres desbravadoras das terras geladas, chamadas de filhas do fogo. Mas também seu sentido pode ser metafórico, levando em consideração a jornada e  as buscas dos personagens por novas experiências e ultrapassar barreiras. Um livro de mesmo título é lido por uma das personagens.

De volta da Antártida, a cineasta Violeta (Disturbia Rocío) planeja gravar um filme pornográfico lésbico. Sua namorada Agustina (Mijal Katzowicz) tem o propósito viajar em direção à casa de sua mãe para impedi-la de vender o automóvel do falecido pai. O casal  conhece uma mulher e acabam se envolvendo sexual e amorosamente. Juntas, as três compram uma velha van escolar e saem em aventura pela Patagônia Argentina, gravando cenas experimentais e conhecendo mulheres ao longo do caminho, que acabam embarcando na jornada de liberdade, conhecimento, desapego e muito sexo.

Sem nenhuma censura e quebrando tabus, as cenas filmam corpos e as relações sexuais entre os personagens. Ao mesmo tempo que a diretora preza por cenas tão cruas, corpos e pessoas são abordados com naturalidade; há uma diversidade de formas, estilos e leveza.

Ao longo do caminho, outras mulheres se juntaram ao trio. [Divulgação]
Se você imagina um pornô tradicional voltado para o público masculino, está enganado. A personagem cineasta  quer capturar as várias formas de prazer feminino e liberdade sexual, havendo uma desconstrução das cenas convencionais de sexo. Mas como capturar o prazer feminino sem objetificá-lo? Como obter um material de qualidade e capturar a essência dele?

No começo do longa, uma das protagonistas diz que “O problema nunca é a representação dos corpos. O problema é como esses corpos se tornam território e paisagem em frente à câmera”. Essa abordagem é trazida tanto na narrativa da personagem cineasta como na da diretora Carri. O drama erótico não é tão rico em diálogos para construir a identidade das personagens: a abordagem visual por si faz essa função. Por outro lado, as atuações deixam a desejar devido a falta de diálogo e do foco ser mais na jornada sexual do que nas características de cada uma. É um filme que, ao final, não se identifica nem o nome de todos os personagens.

O enredo do drama erótico quebra tabus, mesmo dentro da faixa etária do filme, acima de 18 anos. Com tantas cenas de sexo explícito, cenas frontais e cenas experimentais, nem todas ligadas entre si, o filme foge de convenções e, de certa forma, trata o tema com sensibilidade, sutileza e sem se basear em convenções morais. Ao mesmo tempo, é cansativo por ser um filme de quase duas horas, de narrativa pobre, muita subjetividade e muita, mas muitas cenas de sexo, não passando disso.

Sua estreia está prevista para 14 de março. Confira o trailer:

por Luciana Cardoso
lucianacardoso@usp.br

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