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‘CALM’: a promessa cumprida do 5 Seconds of Summer

O quarto álbum de estúdio da banda 5 Seconds of Summer (5SOS) consolida a evolução e a maturidade musical que vem sendo trabalhada desde seu antecessor, Youngblood (2018), e explora novas influências e musicalidades, apresentando ao público o melhor do quarteto australiano. Faixas bem diferentes entre si, mas com uma coerência interna muito grande, são …

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O quarto álbum de estúdio da banda 5 Seconds of Summer (5SOS) consolida a evolução e a maturidade musical que vem sendo trabalhada desde seu antecessor, Youngblood (2018), e explora novas influências e musicalidades, apresentando ao público o melhor do quarteto australiano. Faixas bem diferentes entre si, mas com uma coerência interna muito grande, são o destaque do disco, que possui uma identidade forte e marcante, além de um padrão bem estabelecido — o de quebrar os rótulos de gêneros musicais e elevar seus pontos mais fortes em uma viagem de 12 músicas. 

O disco, lançado em 27 de março, carrega a essência dos quatro integrantes até no nome: CALM — Calum, baixo e vocais; Ashton, bateria e vocais; Luke, vocais e guitarra; e Michael, guitarra e vocais. Ele sintetiza as influências diversas dos membros, além de todas as experimentações que eles vêm fazendo nos seus últimos trabalhos. CALM mostra que os garotos que começaram como uma boyband subestimada são musicistas, compositores e cantores de alto nível, que chegaram nesse momento pensando no futuro sem negar seu passado. 

Composto por 12 músicas, o álbum mescla influências dos anos 70, 80, 90 e 2000, além da presença de gêneros híbridos que misturam pop, rock, eletrônica, R&B e até rap. A presença forte do baixo, da bateria e da guitarra, além do teclado e do violão, lembra que eles são uma banda, no sentido tradicional da palavra: utilizam muito seus instrumentos musicais para compor as melodias que, hoje, podiam ser produzidas eletronicamente. As harmonias, um dos pontos mais fortes da banda, também são muito exploradas em diversas músicas, como em Red Desert, que abre o disco.

Integrantes da 5 Seconds of Summer na divulgação do álbum
Michael Clifford, Luke Hemmings, Ashton Irwin e Calum Hood na divulgação do álbum. [Imagem: Andy De Luca/Divulgação]
O disco pode ser dividido em duas partes, cada uma com seis músicas, assim como na versão em vinil. As seis primeiras faixas constroem a coerência sonora do disco baseadas na mistura de gêneros, o que funciona muito bem. As músicas se complementam e oferecem ritmos marcantes. 

Na segunda metade,  ganham espaço as canções mais calmas e com sonoridades e letras que lembram baladas, além das animadas Not in The Same Way, que gruda na cabeça e fala sobre uma relação mal resolvida, e Thin White Lies, com uma vibe pop e R&B dos anos 2000. 

No Shame, um dos singles do disco, é também um dos destaques, trabalhando com o pop e o rock mais fortemente e guitarra e bateria intensas. Teeth, o segundo single da nova era, lançado ainda no meio de 2019, traz referências dos anos 80 e linhas de baixo bem características, além de uma performance vocal ótima. Old Me segue essa linha, e surpreende por ser diferente do que a banda costuma apresentar — mesmo assim, funciona muito bem e possui a cara do álbum. 

High é o som que fecha o álbum, e tem uma atmosfera calma com letra honesta sobre relacionamentos e egocentrismo. Wildflower traz o baixista Calum Hood nos vocais, e as influências oitentistas e eletrônicas aparecem novamente com força. Nessa mesma pegada eletrônica, Easier se destaca, e foi uma escolha interessante para apresentar a nova fase, ainda no começo do ano passado. Porém, a música se transforma quando tocada ao vivo na versão Live From The Vault, disponível no álbum deluxe. Os instrumentos ganham mais energia e a influência do rock fica mais evidente.

Best Years, Lover of Mine e Lonely Heart — que conta com vocais impecáveis de Luke Hemmings — fecham o setlist, provando a versatilidade e a qualidade do trabalho de identidade marcante da banda australiana, que está sendo redescoberta pelo mundo. 

Assim, 5 Seconds of Summer apresenta seu trabalho mais diverso e genuíno em CALM, uma coerente e muito bem-vinda promessa para o futuro da banda. 

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