Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

E3 2021: Dias 14 e 15

Pela primeira vez em formato totalmente virtual, o maior festival de games do mundo foi marcado pelo contraste entre lançamentos muito aguardados e a frustração em torno de jogos que foram completamente esquecidos por suas desenvolvedoras.

Entre os dias 12 e 15 de junho, ocorreu a  Electronic Entertainment Expo — ou para os gamers de longa data — a E3 2021. Organizada pela Entertainment Software Association (Asmicrososociação de Software de Entretenimento, em português), a feira que recebe o título de maior evento de games do mundo foi composta por apresentações das maiores desenvolvedoras de jogos do planeta — com exceção da Sony, gigante japonesa responsável pela linha de consoles PS. Durante os intensos quatro dias de conferência, as empresas buscaram mostrar ao público e a seus acionistas as principais novidades que chegarão ao mercado. Repleta de fanservices, surpresas, expectativas e, inevitavelmente, decepções, a edição deste ano, mesmo que remota devido à pandemia, entregou aos fãs dos controles, mouses e teclados uma grande experiência e otimismo para as próximas fases. Confira a segunda parte da cobertura realizada pelo Sala33.

Dia 14: Conferência da Take-Two Interactive e Capcom

E3 2021: painel de videoconferência com as telas de oito conferencistas, cinco mulheres e três homens
Painel da Take Two Interactive na E3 2021 não contou com apresentação de jogos [Imagem: Reprodução/YouTube/IGN]

Após dois dias de grandes apresentações, os destaques do terceiro dia da E3 2021 foram mínimos. Até por isso sua cobertura se resumirá aos destaques. No caso da
gigante Take-Two Interactive — produtora responsável por franquias como GTA, Red Dead Redemption, Bully, Nba2k e muito mais —, o que se testemunhou foi um belo gol social e uma bola mais do que fora para todos aqueles que esperavam por, no mínimo, um anúncio. Sim, a produtora não apresentou nenhum jogo, no entanto, usou de seu tempo para tratar sobre a diversidade e a inclusão na indústria de videogame, além de seus respectivos desafios. Uma causa nobre, mas que não agradou muito aos entusiastas do GTA 6.

Por outro lado, a japonesa Capcom programou-se para trazer ao público ao menos um ou outro título. Dentre eles, destacam-se a revelação de River City Girls 2, o anúncio da produção de uma DLC para Resident Evil Village e mais um trailer para Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin.

Dia 15:  Conferência da Nintendo

E3 2021: dois homens asiáticos, vestidos de terno contra um fundo vermelho, representaram a Nintendo
Em apresentação dinâmica com grande revelação ao final, a Nintendo Direct trouxe as novidades da clássica produtora de jogos. [Imagem: Reprodução/YouTube/Nintendo]


Chega enfim o último dia de E3 2021. É esperado, como de costume, a clássica Nintendo Direct — modelo referência para produtoras ao redor do mundo. Aguardava-se o básico: 40 minutos de uma apresentação dinâmica, bem preenchida e, é claro, direta. Para que ninguém morra de curiosidade, vamos aos principais destaques. Dentre eles: a parceria entre
Tekken e Super Smash Bros que entrega o mais novo personagem, o inusitado porém muito aguardado Metroid Dread (Metroid 5); o mais família dos jogos, Mario Party Superstars; o hilário e cafona WarioWare: Get It Together!; um pouco mais de Mario Golf: Super Rush; a homenagem ao clássico de Wii, Super Monkey Ball: Banana Mania, e o tesouro para os amantes de Persona, Shin Megami Tensei 5.

Como de praxe, os amigos de Mario e companhia optaram por aquecer os motores mostrando o mais novo herói do Super Smash Brothers. O nome da vez foi Kazuya Mishima, lutador que desceu do ringue do Tekken para se juntar aos mais importantes nomes do videogame. Após a catarse inicial, foi possível identificar qual trajetória seria percorrida pela Nintendo em sua Direct. Em termos gerais, eles optaram por alternar entre um anúncio maior de duração estendida e uma demonstração mais dinâmica de jogos de menor expressão. 

Os produtores mostraram ao público títulos que chegarão em breve ao Nintendo Switch. A começar por Life is Strange: True Colors & Remastered, Marvel’s Guardians of Galaxy, a frenética batalha entre lesmas Worms Rumble, e o rpg de semideuses Astria Ascending. Após esses títulos secundários, foi anunciado, brevemente, Super Monkey Ball: Banana Mania — com antigas pistas e desafios nostálgicos —, e o Mario Party Superstars. O último contará com cem minigames, personagens clássicos, muita sorte, possíveis términos de relacionamento e brigas familiares intensas. Todos os fatores envoltos pela magia que apenas a Nintendo consegue proporcionar. No entanto, só após esses anúncios foi enfim divulgada a primeira bomba.

Dezenove anos. Este foi o tempo (que curiosamente corresponde à idade do redator desta cobertura) necessário para que Metroid voltasse plenamente para as prateleiras da Nintendo. O clássico imortal que deu nome a um gênero — Metroidvania — recebeu finalmente seu mais novo título: o inesperado Metroid 5 ou, como foi chamado, Metroid Dread. Inesperado, pois desde o final da E3 2017 se aguarda ansiosamente outro título da franquia: o Metroid Prime 4. Entretanto, os anos passaram, os planos se alteraram e, dessa forma, chegou ao público o Dread. Game que segue o tradicional estilo 2D, o novo Metroid coloca a icônica Samus a bordo de uma nave espacial — como de costume — pronta para enfrentar ameaças robóticas que procuram deletar a vida humana, os E.M.M.I.. Nada mais Metroid do que isso.

A partir disso, a Direct seguiu com mais anúncios rápidos (com destaque para a revelação do novo WarioWare) até a segunda grande bomba da conferência: Shin Megami Tensei 5. A clássica franquia de J-RPG ganha seu mais novo título. O quinto volume entrega em seu trailer, junto ao ar sombrio típico da série, o aprimoramento do sistema de combate.  Observa-se o desenvolvimento de uma nova mecânica que consiste em encontrar o ponto fraco do inimigo. Ademais, identifica-se ainda o recurso de recrutar adversários vencidos. É um prato cheio para quem se amarra no gênero.

Rumo ao enigmático final, a produtora japonesa ainda reservou aos ouvintes algumas boas notícias. Dentre elas, o anúncio de Danganronpa Decadence  — uma coleção dos quatro títulos anteriores em um —, o trailer de Fatal Frame: Maiden of Black Water, a confirmação de Tony Hawk Pro Skater 1+2 para o Switch, uma pincelada a mais de Mario + Rabbits Sparks of Hope e, para finalizar, o estratégico Advance Wars 1+2: Reboot Camp.

Nos últimos minutos da conferência, aparece à frente das telas Eiji Aonuma, diretor e produtor de The Legend of Zelda — terceira maior saga da Nintendo. Neste momento, o coração de todo nerd não se aguenta mais. Todos os pensamentos convergem para apenas um ponto: onde está  The Legend of Zelda Breath of the Wild 2? No entanto, essa pergunta não é respondida. Em vez disso, é apresentada a nova expansão de Hyrule Warriors: Age of Calamity. Mesmo que muito interessante — principalmente ao mostrar a famosa motinha do Link utilizada pela própria Zelda — ela passa despercebida pelos mais eufóricos fãs da franquia. Em sequência é mostrado mais um trailer do remake de Skyward Sword, ou seja, nada além de tempo consumido pelo relógio. Por fim, todos os olhos voltam-se para o tão aguardado… The Legend of Zelda Game & Watch System. Sim, a vida de um nintendista nunca é fácil. Não bastava apenas a espera, todos ainda sairiam da Direct de mãos abanando e expectativas frustradas. A menos que…

No melhor estilo Nintendo, a tal cereja do bolo, ou melhor, o bolo inteiro foi reservado para os últimos dois minutos de apresentação (ou no caso desta matéria, os últimos 2 parágrafos). Com o anúncio em alto e bom som feito pelo próprio Eiji Aonuma, as luzes se apagaram, a tela escureceu e foi iniciado o tão aguardado segundo trailer de The Legend of Zelda Breath of the Wild 2 — ainda sem nome definitivo. Sinceramente, seria possível passar parágrafos e parágrafos analisando cada detalhe a ser encontrado no teaser que tem pouco mais de 1 minuto de duração. No entanto, deixemos as teorias para as mentes pensantes de Hyrule e vamos conceder ao teaser, que encerra a participação da Nintendo no festival, o direito de falar por si.



E então, assistiu ao teaser? Simplesmente imperdível, não é mesmo? Como pudemos ver, ele seguiu fielmente os passos dados pelo primeiro trailer — divulgado na E3 2019 — ao apresentar um visual macabro e dispor de trechos tocados de trás para frente. Junto a esse contexto, as novas habilidades apresentadas pelo herói alimentaram a esperança do público em ver a manipulação do tempo — recurso recorrente no mais renomado título da franquia, Ocarina of Time — retornar à saga. Para além disso, vale destacar a ocupação dos céus através de ilhas flutuantes onde, com certeza, se passará parte da trama. Um segundo trailer irretocável e que deixa os fãs do elfo de vestes verdes muito animados para acompanhar as próximas novidades.
The Legend of Zelda Breath of the Wild 2 ainda não tem data confirmada, porém deve chegar ao mercado em meados de 2022.

E3 2021: logomarca dos videogames Xbox, à esquerda, e Nintendo, à direita.
Os maiores nomes da E3 2021: Xbox e Nintendo [Imagem: Reprodução/Site/IGN Brasil]

Desta forma é dado o ponto final na E3 2021. Sem dúvidas foi um ano marcante, atípico, repleto de grandes divulgações e muita esperança para o futuro dos consoles. Quanto ao título imaginário de “vencedor da E3”, bem, isto cabe à avaliação de cada jogador que está aí do outro lado da tela. No entanto, caso fosse possível apontar dois nomes, seriam estes: a Microsoft e suas dezenas de novos exclusivos e a Nintendo — sempre parceira da nostalgia e de estrondosas surpresas. Ano que vem tem mais. 

 

 

*Imagem de capa: Divulgação/Entertainment Software Association

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima